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150 resultados encontrados com uma busca vazia

  • Prêmio Carlos Florence 2025 destaca inovação em fertilizantes e valoriza produção acadêmica

    Promovido pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), o prêmio é voltado para estudantes de graduação, pós-graduação e pós-doutorado que desenvolvem pesquisas com foco em fertilizantes e inovação na agricultura. A edição 2025 do Prêmio Carlos Florence (PCF) está com inscrições abertas. Créditos: ANDA Com premiação de R$ 15 mil , o PCF reconhece trabalhos acadêmicos que promovam soluções sustentáveis para o manejo do solo , o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias ou a gestão eficiente de fertilizantes. A entrega do prêmio acontecerá durante o 12º Congresso Nacional de Fertilizantes , marcado para o dia 2 de setembro de 2025 , em São Paulo. Inscrições e critérios de avaliação As inscrições seguem até o dia 19 de julho de 2025 , por meio do site oficial da ANDA:🔗 www.anda.org.br Podem concorrer artigos, ensaios, monografias, dissertações e teses  com no mínimo 15 páginas. O trabalho deve estar escrito em português e seguir rigorosamente os critérios do edital. Os eixos temáticos contemplados incluem: Tratamento e uso do solo Inovação ou desenvolvimento de produtos Tecnologias de aplicação de fertilizantes Temas ligados ao movimento internacional Nutrientes para a Vida A Comissão Julgadora , composta por especialistas indicados pelo Conselho Curador da ANDA, avaliará os trabalhos com base em três critérios principais: Inovação (40%) Viabilidade e impacto no mercado (40%) Objetividade e clareza (20%) Uma vitrine para o conhecimento Além da recompensa financeira, o PCF poderá proporcionar ao vencedor bolsa de estudos no exterior, viagens técnicas internacionais ou participação em congressos científicos internacionais . Os custos de deslocamento e hospedagem para a cerimônia de premiação serão cobertos pela organização, no caso de o premiado residir fora de São Paulo. O PCF também contribui diretamente para a formação de redes entre a academia, empresas e instituições do setor agrícola, ajudando a fortalecer a pesquisa aplicada à nutrição de plantas, segurança alimentar e sustentabilidade ambiental . Carlos Florence e o legado da ANDA Criado em homenagem ao engenheiro agrônomo Carlos Florence , pioneiro nos estudos sobre adubação no Brasil, o prêmio reafirma o compromisso da ANDA com a formação científica e o avanço da inovação em fertilizantes  — setor estratégico para a produtividade e resiliência do agronegócio nacional. Com mais de sete décadas de atuação, a ANDA lidera debates, ações de capacitação e desenvolvimento tecnológico , como o Congresso Nacional de Fertilizantes , evento que reunirá grandes nomes da pesquisa e da indústria em setembro. Fonte: Congresso Brasileiro de Fertilizantes - Anda

  • Embrapa mapeia regiões com maior potencial agrícola no Brasil

    Estudo desenvolvido pela Embrapa apresenta um retrato detalhado da aptidão agrícola das terras brasileiras, destacando onde estão localizadas as áreas com maior potencial para a produção sustentável de alimentos. Mapa de Aptidão Agrícola. Fonte: Geoinfo O levantamento é fruto da atualização do sistema de avaliação de aptidão agrícola das terras do país, que agora conta com uma base de dados mais refinada e acessível ao público por meio da plataforma GeoInfo. O novo mapeamento combina informações sobre relevo, solo e clima, e revela que o Brasil possui aproximadamente 49% de seu território com algum nível de aptidão para agricultura mecanizada , seja ela de uso restrito ou moderado. Dentre essas áreas, o maior destaque vai para o bioma Cerrado , que concentra uma expressiva parte das terras mais indicadas para a expansão da produção com menor limitação técnica. 🔍 Onde estão as melhores terras? Segundo o novo mapa, os estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão, Pará, Bahia e parte de Minas Gerais  possuem as maiores extensões de terras classificadas como aptas para uso agrícola mecanizado. A nova classificação inclui seis categorias principais de uso e subdivisões em tipos de limitação (climática, física e química), o que permite uma análise precisa para planejamento agrícola, definição de políticas públicas e investimentos sustentáveis no setor. “O sistema anterior, que vinha sendo utilizado desde os anos 1980, precisava ser modernizado. Agora, temos uma abordagem mais integrada, com tecnologias geoespaciais e critérios atualizados”, explicou o pesquisador Luiz Maurício da Silva , da Embrapa Solos, responsável técnico pelo projeto. 🌎 Plataforma GeoInfo: acesso livre e gratuito O novo sistema está disponível no portal GeoInfo  da Embrapa, uma plataforma pública que reúne mapas interativos, bancos de dados geográficos e documentos técnicos sobre solos, uso da terra e outros recursos naturais do Brasil. A ferramenta permite que pesquisadores, gestores públicos, agricultores e investidores consultem informações específicas por estado, município ou bacia hidrográfica, podendo até exportar os dados para sistemas de informação geográfica (SIG). Um dos objetivos centrais da iniciativa é democratizar o acesso a informações estratégicas para o planejamento territorial  e promover o uso sustentável do solo. 🌿 Agricultura sustentável e segurança alimentar A avaliação da aptidão agrícola é considerada essencial para garantir a expansão sustentável da produção de alimentos  no Brasil. Ao identificar quais regiões são mais adequadas para cultivo, é possível evitar a conversão de áreas frágeis, como florestas ou regiões suscetíveis à erosão, além de orientar práticas que respeitem os limites naturais do território. “A agricultura brasileira já ocupa áreas amplas, mas esse estudo mostra que há margem para expansão com base científica, especialmente se priorizarmos a recuperação de áreas já alteradas e o uso responsável dos recursos naturais”, completou Silva. 🔗 Acesse o mapa O novo sistema de aptidão agrícola das terras brasileiras pode ser consultado diretamente na plataforma GeoInfo da Embrapa:🔗 geoinfo.dados.embrapa.br Fonte: Globo Rural

  • Parceria comercial quer levar internet a mais de 2 milhões de hectares do agro brasileiro

    A empresa de tecnologia Virtueyes, especializada em Internet das Coisas (IoT), firmou uma parceria estratégica com a multinacional chinesa Huawei para ampliar a cobertura de internet em regiões rurais do país. Parceria prevê a instalação de mais de 100 torres de sinal de internet. Créditos: ChatGPT A meta é ambiciosa: instalar mais de 100 torres de redes privativas 4G  até o final de 2025, conectando mais de 2 milhões de hectares  produtivos — especialmente nas áreas críticas de conectividade, como o Matopiba  (Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia). Segundo Shandrus Carvalho , vice-presidente da Virtueyes, a presença de “ desertos digitais ” no agro ainda compromete não só a operação, mas também a eficiência da gestão, do planejamento e da tomada de decisões em tempo real . Ao oferecer uma solução robusta e de alta performance, a empresa busca eliminar esse gargalo que, segundo o executivo, tem limitado o potencial tecnológico de diversas fazendas de médio e grande porte. A tecnologia de redes privativas da Huawei , com maior amplitude de cobertura e menor latência, será essencial para viabilizar o uso de sensores, telemetria, estações meteorológicas conectadas, drones agrícolas e até máquinas autônomas — cuja operação depende de conectividade estável. "A segurança dos dados e a baixa latência são diferenciais essenciais para o avanço da agricultura de precisão." - Carlos Roseiro, diretor da Huawei. 🌐 Agricultura inteligente começa com conexão estável A Virtueyes foi recentemente autorizada pela Anatel a operar como rede móvel virtual (MVNO) , e está investindo R$ 40 milhões  para expandir sua atuação no agro, dos quais R$ 10 milhões são dedicados exclusivamente à infraestrutura rural . Além das torres fixas, a empresa está desenvolvendo torres móveis acopladas em carretas , permitindo que regiões de difícil acesso também recebam sinal, de forma ágil e flexível. Embora o foco inicial esteja no Matopiba, a empresa já tem projetos em andamento em Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais e Paraná , estados que concentram uma parcela relevante da produção agrícola nacional. 📊 Dados reforçam a demanda O avanço da Virtueyes e Huawei se dá em um momento estratégico. De acordo com o Indicador de Conectividade Rural (ICR) , divulgado na Agrishow 2025 pela ConectarAGRO e UFV, apenas 33,9% das áreas rurais brasileiras possuem cobertura de 4G/5G , embora o número tenha saltado de 18,7% em apenas um ano. Apesar do crescimento, dois terços do campo ainda vivem à margem da inclusão digital , o que afeta diretamente a adoção de tecnologias como agricultura de precisão, sensoriamento remoto e máquinas conectadas . Empresas como John Deere  e Starlink  também têm apostado em soluções complementares: a primeira, integrando conectividade em seus equipamentos e firmando parcerias com bancos como o Bradesco para financiar a inclusão tecnológica no campo; a segunda, oferecendo internet via satélite com planos acessíveis para pequenos e médios produtores , especialmente em regiões sem estrutura para torres. 🚜 Produzir com dados, decidir com inteligência A crescente demanda por eficiência, rastreabilidade e sustentabilidade no agro  faz com que conectividade não seja mais um luxo, mas um requisito básico para competitividade . Grandes produtores de soja, milho e algodão — segmentos com margens cada vez mais apertadas — já compreenderam que a gestão inteligente de dados impulsiona os resultados . A conectividade rural está deixando de ser promessa e se tornando infraestrutura essencial para o futuro da produção agrícola brasileira . Iniciativas como a da Virtueyes e Huawei não apenas ajudam a preencher os vazios de sinal, mas criam as bases para um agro mais eficiente, sustentável e competitivo . Fonte: Globo Rural

  • SciBiz Conference 2025

    De 16 a 18 de junho, o SciBiz Conference transforma o Campus Cidade Universitária da USP, em São Paulo, em um hub de conexões entre ciência, inovação, empreendedorismo e impacto socioambiental. SciBiz Conference 2025. Créditos: AUSPIN O evento reunirá startups, pesquisadores, executivos, investidores e estudantes  para dialogar sobre soluções tecnológicas voltadas à urgência climática, transição energética e sustentabilidade  — temas centrais da edição deste ano. A conferência, que ocorre nas instalações do CDI/USP , tem como pano de fundo a aproximação da COP-30  e reafirma o papel da ciência na geração de startups DeepTech  com potencial de transformar setores como meio ambiente, saúde, engenharia e energia . 💡 Por que participar? O SciBiz Conference é uma das principais vitrines de inovação universitária e empresarial do país , atuando como um ponto de encontro entre conhecimento acadêmico e soluções que respondem às demandas urgentes da sociedade. 🌍 Painéis em Destaque No dia 16 de junho (segunda-feira) , dois painéis principais mostrarão casos concretos de inovação aplicada , com participação de centros de pesquisa de excelência e startups de alto impacto: 🧪 Painel 01 – Saúde e Meio Ambiente ⏰ Das 13h30 às 15h15 EMBRAPII – Biocontroladores de Pragas Agrícolas 👨‍🔬 Prof. Ítalo Delalibera 🚀 Startup: Biogenesis – Jeferson Klein CPA – SparcBIO 👨‍🔬 Prof. José Parra 🚀 Startup: Koppert CEPID – Genoma 👩‍🔬 Profa. Mayana Zatz 🚀 Startups: Vyro Bio e XenoBR – Ernesto Goulart 🎤 Moderação: Kelly Lira ⚙️ Painel 02 – Engenharia ⏰ Das 15h45 às 17h30 EMBRAPII – CICS 👨‍🔬 Prof. Vanderley John 🚀 Startup: CIVITA – Thiago Melo CPA – RCGI 👨‍🔬 Ruy Rede 🚀 Startup: Carbonic – Pedro Vidinha CEPID – CePOF 👨‍🔬 Prof. Jarbas Castro Neto 🚀 Startup: EMIpharma – Ana Paula 🎤 Moderação: Kelly Lira 🗣️ Todos os painéis contarão com interação da plateia  — uma oportunidade única para conectar ideias e formar parcerias estratégicas . 🎟️ Inscrições abertas 🔗 Garanta sua vaga aqui 📍 Serviço 📅 Data:  16 a 18 de junho de 2025 📌 Local:  Centro de Difusão Internacional da USP (CDI USP) 📍 Endereço:  Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues – Campus Cidade Universitária, Butantã – São Paulo (SP) 📲 Acompanhe as novidades sobre inovação e empreendedorismo com a Agência USP de Inovação (AUSPIN)  em https://linktr.ee/AUSPIN

  • Diversidade e Sustentabilidade: USP inaugura centro dedicado à preservação das línguas e culturas indígenas

    O Brasil figura entre os países mais multilíngues do planeta, abrigando hoje 274 línguas indígenas que representam “bibliotecas vivas” de saberes sobre o território, a natureza e as práticas culturais dos povos originários. O Centro de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas será coordenado pelo Museu da Língua Portuguesa e pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da USP - Créditos: Mongabay Brasil A iniciativa tem como missão central preservar, documentar e difundir a diversidade linguística e os saberes tradicionais dos povos indígenas brasileiros — muitas delas em risco de desaparecer. A cerimônia de inauguração foi realizada no auditório do Museu da Língua Portuguesa, com a presença de autoridades, pesquisadores e lideranças indígenas. Durante o evento, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara , destacou a importância simbólica e prática do centro: “Cada língua indígena é uma biblioteca viva, uma cosmovisão. Esse centro nasce como resistência e reexistência, como semente que vai germinar conhecimento, políticas públicas e reconhecimento.” O centro pretende atuar em estreita colaboração com as comunidades originárias , promovendo a inclusão de especialistas indígenas nas pesquisas e respeitando seus conhecimentos tradicionais. 🌎 Expansão da rede de centros e a internacionalização do conhecimento A criação do Centro de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas se soma a uma série de novos centros interdisciplinares  instituídos pela USP com apoio da Fapesp, voltados para temas da agenda global , como mudanças climáticas, sustentabilidade e inclusão sociocultural. A cerimônia de lançamento do Centro de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas aconteceu no dia 20 de maio, no Museu da Língua Portuguesa – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens Segundo o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior , esses novos centros representam a evolução da universidade para além da ciência tradicional: “Estamos ampliando o papel da USP como uma universidade que dialoga com diferentes saberes, culturas e territórios. A parceria com comunidades indígenas e instituições internacionais é parte essencial para construirmos um modelo de pesquisa comprometido com a transformação social.” 📚 Educação, ciência e reconhecimento O novo centro não será apenas um repositório linguístico e cultural, mas atuará também como ferramenta educacional , contribuindo para a criação de materiais pedagógicos bilíngues , formação de professores, políticas públicas e ações voltadas ao reconhecimento dos direitos linguísticos e culturais dos povos originários . 🌾Linguagem e Agricultura As línguas indígenas armazenam conhecimentos milenares sobre cultivo, coleta e manejo de ecossistemas tropicais — saberes fundamentais para a agroecologia e a segurança alimentar: Práticas sustentáveis : em várias regiões das Américas, comunidades indígenas mantêm sistemas agrícolas adaptados localmente, preservando solos, nutrientes e biodiversidade. Transmissão oral : termos específicos para plantas, solos, ciclos hidrológicos e de polinização revelam uma “taxonomia ecológica” própria, essencial para projetos de agricultura regenerativa. Resiliência climática : o conhecimento linguístico integra as estratégias de manejo de água e solo que ajudam populações tradicionais a enfrentar secas e inundações. 🔍 Agenda global Com o lançamento de centros voltados à biodiversidade, agricultura sustentável, energias renováveis, e agora à diversidade linguística e cultural, a USP se firma como um referencial acadêmico plural, interdisciplinar e internacionalizado . As novas unidades de pesquisa são a expressão do compromisso da universidade com iniciativas que entrelaçam ciência, tradição e justiça social . Fonte: Jornal da USP

  • Unilever lança programa de agricultura regenerativa para produção de soja no Cerrado

    Em parceria com a CJ Selecta, a empresa lançou o programa Renova Terra, uma iniciativa que pretende converter até 45 mil hectares de soja no Cerrado brasileiro para práticas de agricultura regenerativa. A Unilever pretende implementar a agricultura regenerativa em 1 milhão de hectares no mundo até 2030. Créditos: Portal do Agronegócio A marca Hellmann’s, referência global em condimentos, deu um passo importante rumo à sustentabilidade agrícola . Com investimento de € 5,5 milhões , o programa tem como objetivo abastecer entre 70% e 90% da demanda de óleo de soja utilizado pela Hellmann’s no Brasil  a partir de cadeias produtivas regenerativas, alinhadas às diretrizes de conservação do solo, sequestro de carbono e preservação da biodiversidade. 🔁 O que é agricultura regenerativa? Segundo a definição do IUCN (International Union for Conservation of Nature), a agricultura regenerativa é um conjunto de práticas agrícolas que restauram ecossistemas degradados , aumentando a fertilidade do solo, a biodiversidade e o sequestro de carbono atmosférico. Entre as técnicas mais comuns estão: Plantio direto  (sem revolvimento do solo); Cobertura vegetal contínua ; Rotação de culturas ; Integração lavoura-pecuária ; Redução de insumos químicos . Essas práticas não apenas melhoram a saúde do solo , mas também oferecem benefícios econômicos e climáticos para os produtores e a sociedade. 📊 Evidências científicas do impacto regenerativo Estudos recentes reforçam os efeitos positivos da agricultura regenerativa: Uma revisão de Villat & Nicholas (2024), da Regenerative Viticulture Foundation , mostrou que o uso combinado de práticas como plantio direto e cobertura de solo  pode aumentar significativamente o estoque de carbono no solo , especialmente em áreas agrícolas degradadas. A meta-análise de Smith et al. (2023), publicada na Agriculture, Ecosystems & Environment , identificou que sistemas regenerativos mitigam perdas de carbono e promovem maior estabilidade climática no longo prazo , em comparação com métodos convencionais. Já a modelagem espacial do estudo de Doe et al. (2022), em áreas rurais dos EUA, apontou que a transição para práticas regenerativas pode triplicar o potencial de sequestro de carbono em solos agrícolas , contribuindo de forma relevante para metas climáticas. “A crise ambiental está aí. O meio ambiente está pedindo, e a gente precisa atuar. Essa é uma maneira de garantirmos alimento para o futuro”, disse Rodrigo Visentini, presidente da Unilever Alimentos no Brasil. 🚜 Região-alvo e parcerias técnicas O projeto Renova Terra será lançado oficialmente em Uberlândia (MG)  e deverá envolver cerca de 45 produtores  das regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Noroeste de Minas e Sudoeste Goiano , onde a CJ Selecta  concentra suas operações. A empresa, com fábrica em Araguari (MG) , processa soja para produzir concentrado proteico (SPC), óleo refinado, lecitina, etanol de soja e fertilizantes organominerais . “Além de reduzir custos logísticos, fomentar a produção local diminui as emissões associadas ao transporte”, destaca Patrícia Regina Campos Sugui , gerente de ESG da CJ Selecta. O programa contará com o suporte técnico da organização TechnoServe , parceira global da Unilever, responsável por implementar o modelo regenerativo junto aos produtores. Cada participante terá acompanhamento técnico personalizado, apoio financeiro para transição das práticas agrícolas  e acompanhamento contínuo por cinco anos. 🌍 Alinhamento com metas globais O investimento no Cerrado brasileiro integra a meta da Unilever de implementar agricultura regenerativa em 1 milhão de hectares até 2030 , como parte do compromisso corporativo com clima, solo e segurança alimentar . Além disso, a iniciativa fortalece a transição da indústria alimentícia para cadeias de valor mais sustentáveis e transparentes, posicionando o Brasil como protagonista no fornecimento de insumos regenerativos para marcas globais . Fonte: Globo Rural

  • Natureza e nanotecnologia: caminhos convergentes para aumentar a segurança alimentar

    Com os desafios globais da produção de alimentos em um planeta sob estresse climático, estratégias que integram tecnologia e conservação da natureza têm ganhado destaque entre pesquisadores e formuladores de políticas. Tecnologias de nanoengenharia podem potencializar processos naturais. Créditos: mitrascs Uma dessas estratégias é a combinação entre nanotecnologia e Soluções Baseadas na Natureza (SbN)  — abordagem que tem mostrado resultados promissores em aumentar a resiliência agrícola e mitigar impactos ambientais . 🍃 O que são Soluções Baseadas na Natureza? De acordo com a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) , as SbN são ações que buscam proteger, restaurar e gerenciar de forma sustentável os ecossistemas naturais ou modificados , enfrentando desafios sociais como a insegurança alimentar, mudanças climáticas e perda de biodiversidade. Na agricultura, isso se traduz em práticas como o uso de microrganismos benéficos do solo , substituição de pesticidas químicos por compostos botânicos ou inimigos naturais , e técnicas de reflorestamento associadas à restauração ecológica . 🧪 Nanotecnologia aliada à agricultura sustentável Em paralelo, a ciência dos materiais  tem oferecido ferramentas de apoio para maximizar os efeitos positivos das SbN. Um exemplo é o uso de nanopartículas biodegradáveis , como as feitas de quitosana  — um polímero natural obtido da quitina (encontrada no exoesqueleto de crustáceos e fungos). Essas partículas podem ser usadas para encapsular compostos bioativos , como o óxido nítrico (NO)  ou ácido giberélico , que regulam o crescimento vegetal, promovem o desenvolvimento de raízes e aumentam a tolerância das plantas a condições de estresse hídrico (como a seca). Soluções Baseadas na Natureza promovem a resiliência dos ecossistemas, restabelecem o equilíbrio ambiental e mitigam os impactos das mudanças climáticas. Créditos: ChatGPT 🔬 Aplicações práticas: do laboratório ao campo No Brasil, projetos como o RESTORE , parceria entre instituições do país, França e Alemanha, têm isolado microrganismos do solo em florestas nativas , para testá-los como promotores de crescimento vegetal em mudas de espécies arbóreas. Os resultados demonstraram maior desenvolvimento das plantas e aumento da capacidade de sequestro de carbono , com destaque para a resistência à seca . Enquanto isso, o uso de nanotecnologia vem sendo testado em estufas e viveiros , com objetivo de avançar para a produção em larga escala  de inoculantes e biomateriais aplicáveis à agricultura comercial. 🌍 Um passo para a segurança alimentar global A combinação de SbN e nanotecnologia pode ser estratégica para promover práticas agrícolas resilientes, com menor uso de insumos sintéticos e maior adaptação climática . Segundo uma revisão sistemática publicada na PubMed , o uso dessas soluções tem se mostrado eficaz em melhorar diferentes dimensões da segurança alimentar: desde a disponibilidade e qualidade de alimentos , até a redução de riscos associados à produção agrícola . Apesar dos avanços, ainda há barreiras à adoção dessas tecnologias em comunidades mais vulneráveis , segundo análise publicada pela Phys.org . Investimentos em políticas públicas, capacitação e popularização dessas abordagens são fundamentais para ampliar seu impacto. Fontes: GGN / Phys.org / PUBMED

  • 🌾 Pesquisadores brasileiros desenvolvem sistema de controle biológico em grânulos para aplicação direta no solo

    Uma equipe formada por cientistas da Embrapa , UNESP , UFSCar  e USP  desenvolveu uma nova formulação de controle biológico com potencial para facilitar o uso de microrganismos no combate a fungos patogênicos na agricultura. Os pesquisadores utilizaram a farinha de arroz como substrato do experimento, um subproduto muitas vezes desperdiçado na indústria. Fonte: Meteored O estudo foi publicado na revista científica Applied Microbiology and Biotechnology , sob o título Innovative sustainable bioreactor-in-a-granule formulation of Trichoderma asperelloides , e destaca o uso de resíduos agroindustriais como matéria-prima , como a farinha de arroz quebrado  — subproduto da cadeia do arroz frequentemente desperdiçado — na produção da formulação. O sistema é baseado em um conceito chamado de “biorreator em um grânulo” , onde fungos benéficos como o Trichoderma asperelloides  são encapsulados em pequenos grânulos secos , prontos para serem aplicados diretamente ao solo. ⚙️ Como funciona o grânulo? Cada grânulo funciona como uma “minifábrica” natural  que, ao entrar em contato com o solo e a umidade, reativa o fungo encapsulado , iniciando sua multiplicação e o controle de pragas como o Sclerotinia sclerotiorum , causador do mofo branco em várias culturas. Crescimento de Trichoderma em substrato de arroz. Fonte: Meteored Esse sistema elimina a necessidade de extração e purificação dos esporos do fungo, processo comum na produção de bioinsumos, reduzindo custos e simplificando a logística de produção . Além disso, os compostos bioativos produzidos durante a fermentação permanecem ativos no grânulo , aumentando sua eficácia no controle biológico. 🔬 Benefícios e características da nova formulação Matéria-prima reaproveitada : uso de arroz quebrado, contribuindo para a redução de desperdícios na indústria de alimentos. Alta estabilidade : os grânulos mantêm sua viabilidade por até 24 meses , mesmo sob refrigeração. Liberação gradual do microrganismo , o que prolonga a ação no campo . Fácil manuseio e aplicação : não requer equipamentos específicos ou técnicas complicadas. Redução do uso de fungicidas químicos , favorecendo a transição para uma agricultura mais limpa. Ingredientes testados incluem bentonita  (argila) e compostos orgânicos que favorecem a sobrevivência do fungo. 🌱 Agricultura regenerativa e uso racional de recursos O sistema tem aplicabilidade em práticas agroecológicas e produção orgânica , onde o uso de microrganismos já é valorizado, mas esbarrava em limitações logísticas e de custo. Ao utilizar materiais alternativos e abundantes, como subprodutos da cadeia do arroz, a nova abordagem contribui para uma agricultura mais acessível, autônoma e ambientalmente responsável . Para o Brasil — um dos maiores produtores agrícolas do mundo — tecnologias desse tipo ampliam o acesso ao controle biológico de forma prática e economicamente viável , com impactos positivos sobre o manejo de doenças e a sustentabilidade dos sistemas de produção . Fontes: Applied Microbiology and Biotechnology / Meteored

  • ICVCalc-Embrapa: ferramenta promove sistematização de dados e facilita avaliação ambiental da agricultura

    Batizada de ICVCalc-Embrapa, a plataforma organiza, processa e interpreta dados sobre consumo de recursos e emissões, auxiliando na construção de inventários ambientais compatíveis com padrões internacionais. Sistema organiza e processa dados para se estimar impactos ambientais de produtos do campo, pela abordagem da Avaliação do Ciclo de Vida. Créditos: Embrapa A Embrapa Meio Ambiente  lançou uma ferramenta digital que promete revolucionar a forma como os produtores rurais e pesquisadores avaliam o impacto ambiental da produção agrícola no Brasil . “Ela pode servir como ferramenta para gestão ambiental de empreendimentos agrícolas, concorrendo para o aumento da sustentabilidade da agricultura brasileira”, explica a pesquisadora Marília Folegatti , uma das idealizadoras da iniciativa. 🌍 O que é a ICVCalc-Embrapa? A ICVCalc é um sistema online que automatiza uma das etapas mais complexas da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) : a análise de inventário , que envolve a coleta e organização de dados sobre: Consumo de insumos (água, energia, fertilizantes); Emissões de gases de efeito estufa (GEE); Resíduos sólidos e líquidos gerados; Subprodutos e coprodutos das atividades agrícolas. Esses dados são inseridos de forma padronizada em planilhas específicas , permitindo a geração de relatórios técnicos que podem ser exportados em formato CSV , compatíveis com o banco de dados ecoinvent , principal referência mundial em ACV. 🌾 Aplicações práticas e impacto no agronegócio A ferramenta é adaptada para diversas culturas — temporárias, semiperenes e perenes — e atende demandas reais do campo, como: Acesso a mercados de carbono ; Cumprimento de normas ambientais ; Elaboração de planos de mitigação de impactos ambientais ; Gestão sustentável  de propriedades e cadeias produtivas. A plataforma também está sendo apontada como uma importante aliada na formulação de políticas públicas  e no planejamento estratégico de empresas agroindustriais  que buscam aliar produtividade e responsabilidade ambiental. 📊 Por que essa inovação é importante? Com a intensificação das pressões por uma agricultura mais limpa e eficiente, ferramentas como a ICVCalc contribuem para: Aumentar a competitividade do agro brasileiro  no mercado internacional; Tornar a sustentabilidade mensurável e auditável ; Fortalecer a reputação ambiental  de marcas e produtores; Facilitar o acesso ao financiamento verde  e certificações socioambientais. Além disso, ela democratiza o uso de tecnologias de avaliação ambiental, antes restritas a especialistas com acesso a softwares caros e complexos. 🔬 Pesquisa aplicada para resultados reais O desenvolvimento da ICVCalc-Embrapa foi conduzido por uma equipe multidisciplinar da Embrapa Meio Ambiente, com foco na criação de soluções práticas, acessíveis e alinhadas à realidade do agricultor brasileiro . Segundo a equipe, a meta é estimular o uso da Avaliação do Ciclo de Vida no campo , promovendo uma transição mais inteligente e sustentável da produção agrícola. “Com a ICVCalc, o produtor pode entender melhor o impacto da sua atividade e tomar decisões baseadas em dados, contribuindo para um agro mais verde e competitivo”, destaca Folegatti. Para o setor pecuário, a Embrapa também está finalizando uma ferramenta específica: a Calculadora de Pegada de Carbono da Pecuária , desenvolvida em conjunto pelas unidades Pecuária Sudeste, Gado de Corte e Meio Ambiente . Fonte: Portal Embrapa / Canal Rural

  • Mariangela Hungria é premiada com o Nobel da Agricultura

    Engenheira agrônoma e pesquisadora da Embrapa, foi agraciada com o Prêmio Mundial da Alimentação 2025, conhecido como o “Nobel da Agricultura”, por sua contribuição extraordinária ao desenvolvimento de insumos biológicos que transformaram a produtividade agrícola no Brasil. Aos 67 anos, Mariangela tornou-se a quarta brasileira a conquistar o prêmio desde sua criação, em 1986. - Créditos: BBC A cerimônia de premiação foi realizada em Des Moines, Iowa (EUA) , sede da organização internacional World Food Prize Foundation. “Foram mais de 40 anos acreditando que os biológicos seriam uma solução real e eficiente para a agricultura. Persistência foi o diferencial”, declarou Mariangela à BBC Brasil. 🌱 Inovação com base na natureza: os bioinsumos Ao longo de sua carreira, Mariangela liderou pesquisas que criaram tratamentos biológicos para sementes , com base em bactérias benéficas do solo — os chamados inoculantes . Seu foco principal foi a promoção da fixação biológica de nitrogênio (FBN) , processo que utiliza bactérias para converter o nitrogênio do ar em uma forma que as plantas conseguem absorver, dispensando o uso de fertilizantes químicos. Essas tecnologias foram aplicadas com grande sucesso em culturas de soja, feijão e milho , elevando a produtividade em até 8% e reduzindo drasticamente a emissão de gases de efeito estufa . Estima-se que os bioinsumos desenvolvidos por Hungria já tenham sido utilizados em mais de 40 milhões de hectares no Brasil , economizando até US$ 25 bilhões por ano  em fertilizantes e evitando a emissão de 230 milhões de toneladas de CO₂ equivalente  anualmente. 🔬 Pioneirismo científico e impacto global Considerada a “ mãe da microbiologia agrícola brasileira ”, Mariangela Hungria tem mais de 500 publicações científicas  e foi responsável por lançar o primeiro manual em português sobre microbiologia do solo nos trópicos . Também foi pioneira no uso de Azospirillum brasilense , uma bactéria que, em combinação com rizóbios, dobrou a produtividade de leguminosas  como soja e feijão. “Sem essas bactérias, a soja brasileira não seria economicamente viável”, destaca a pesquisadora. Com isso, o Brasil tornou-se o maior produtor e exportador de soja do mundo , utilizando tecnologia limpa e acessível, com produção nacional de insumos biológicos — um diferencial ainda mais estratégico após as restrições de fornecimento global causadas pela pandemia e pela guerra na Ucrânia. 👩‍🔬 Uma trajetória de superação e paixão pela ciência Natural de Itapetininga (SP) , Mariangela se encantou pela ciência ainda criança, incentivada pela avó, professora de ciências. Graduou-se em Engenharia Agronômica na Esalq/USP , onde consolidou seu interesse pela microbiologia do solo. Realizou mestrado, doutorado e pós-doutorado  em instituições nos Estados Unidos e Espanha. Atualmente, é professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL) , bolsista de produtividade do CNPq , membro da Academia Brasileira de Ciências  e comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico . Apesar do reconhecimento, Mariangela relembra os desafios que enfrentou como mulher, mãe e pesquisadora. “Enfrentei preconceitos por ser mãe jovem e por ter uma filha com necessidades especiais, mas nunca deixei de acreditar no impacto da ciência”, afirma. 🌍 Uma agricultura mais feminina e sustentável Para Mariangela, a agricultura do futuro será feminina  — baseada no cuidado com o solo, o meio ambiente e as pessoas. Ela acredita que o Brasil está à frente no uso de bioinsumos, mas ainda tem espaço para crescer: atualmente, esses produtos representam apenas 10% do mercado de fertilizantes  no país. “Produzimos alimento para quase 1 bilhão de pessoas, mas ainda convivemos com a insegurança alimentar. Produzir mais é importante, mas distribuir melhor e de forma sustentável é o verdadeiro desafio”, conclui. 🏆 O Prêmio Mundial da Alimentação Criado pelo cientista Norman Borlaug, Nobel da Paz de 1970 e pai da Revolução Verde, o World Food Prize  reconhece pessoas que promovem soluções para combater a fome e melhorar a qualidade da produção de alimentos. Mariangela junta-se agora a nomes como Edson Lobato, Alysson Paolinelli e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , únicos brasileiros laureados anteriormente. Fontes: BBC / DW

  • GES e STAC promovem workshop internacional com alunos da China Agricultural University sobre agricultura

    No dia 3 de abril de 2025 aconteceu o “Workshop About Agricultural Research – CAU-USP Joint College”, um evento de extensão que uniu ciência, cultura e internacionalização em torno de um tema central: a pesquisa agrícola no contexto global. Alunos da CAU e do GES, participantes do Workshop. Créditos: Renan Umburanas A atividade foi conduzida integralmente em inglês  e contou com a participação de 50 pessoas , entre estudantes, professores e membros da comunidade acadêmica. O workshop foi protagonizado por alunos da China Agricultural University (CAU) , que atualmente realizam dupla titulação de mestrado na Esalq/USP  como parte da parceria institucional entre as duas universidades. A iniciativa contou com o apoio do Grupo de Extensão em Soja , que coordenou a organização do encontro. 🌾 Pesquisa agrícola sob perspectivas internacionais Durante o evento, os alunos chineses apresentaram os projetos de pesquisa em agricultura  que vêm desenvolvendo durante seu mestrado no Brasil, abordando temas como: Sistemas de cultivo sustentável; Manejo de solos tropicais; Inovação tecnológica na produção de grãos; Desafios comuns entre Brasil e China em segurança alimentar e uso de recursos naturais. As apresentações também foram oportunidades para os participantes da Esalq conhecerem as estruturas de pesquisa e ensino da CAU , considerada uma das principais universidades agrícolas da Ásia  e parceira estratégica da USP no desenvolvimento de pesquisas em agricultura tropical. 🏮 Intercâmbio cultural e enriquecimento acadêmico Os alunos chineses apresentaram o desenvolvimento de seus projetos. Créditos: Renan Umburanas Além do conteúdo técnico, os estudantes compartilharam aspectos da cultura chinesa , como tradições, gastronomia, sistema educacional e o cotidiano universitário na CAU. Esse momento promoveu diálogo intercultural , ampliando a compreensão mútua entre os países e incentivando o engajamento da comunidade estudantil brasileira com programas de internacionalização. Ao final do evento, houve uma sessão de perguntas, troca de experiências e interação entre os alunos apresentadores e o público , promovendo um ambiente aberto e colaborativo. 🤝 Fortalecendo a internacionalização O workshop se insere em uma estratégia mais ampla do STAC para estimular o uso de inglês em eventos acadêmicos , fomentar a cooperação internacional  e integrar estudantes estrangeiros às atividades de ensino, pesquisa e extensão. A iniciativa reforça também os objetivos da universidade em alinhar suas ações aos eixos do desenvolvimento humano e tecnológico , promovendo uma formação multidisciplinar, conectada e globalizada.

  • Bioinsumo desenvolvido na ESALQ/USP auxilia no combate a pragas e reduz o uso de agrotóxicos em milharais

    Pesquisa usa microbiota da lagarta-de-cartucho para criar defesa natural na planta e solução pode chegar ao campo em poucos anos. Pulverização aérea de agrotóxicos — Foto: Agência Brasil Um estudo desenvolvido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) , em Piracicaba (SP), abre caminho para uma nova estratégia no combate à lagarta-do-cartucho , principal praga do milho no Brasil. A pesquisa, liderada pela engenheira agrônoma Diandra Achre , utiliza bactérias naturais associadas ao inseto para estimular a defesa da planta , criando um bioinsumo que poderá reduzir drasticamente o uso de agrotóxicos  no cultivo do grão. 🧬 Como funciona a defesa natural? A tecnologia se baseia em um processo inovador: a transferência de bactérias da microbiota intestinal da própria lagarta para o milho . Em seu ambiente original, essas bactérias beneficiam o inseto. Mas, quando aplicadas à planta, elas assumem um novo papel: ✔️ Promovem o crescimento do milho ; ✔️ Ativam mecanismos de defesa da planta ; e ✔️ Preparam o milho para se defender da lagarta com mais eficiência . "Fazemos a transferência dessa bactéria para a planta. Quando a lagarta se alimenta do milho tratado, começa a ativar sua resposta de defesa, que pode reduzir drasticamente os danos causados",  explica Diandra Achre. Explicação de como funciona o bioinsumo que ajuda planta do milho a combater lagarta-de-cartucho — Esquema: Diandra Achre Nos testes em laboratório, a aplicação resultou na morte de até 100% das larvas , enquanto nos testes de campo houve uma redução de até 50% nos danos causados pela praga . 🌿 O que são bioinsumos e por que são importantes? Bioinsumos  são produtos de origem biológica (como microrganismos, extratos vegetais ou substâncias naturais) que atuam na proteção e no desenvolvimento das culturas agrícolas . Eles podem substituir, complementar ou reduzir o uso de insumos químicos, como fertilizantes e pesticidas. Benefícios dos bioinsumos incluem : Redução do impacto ambiental; Diminuição da dependência de agrotóxicos; Estímulo à biodiversidade do solo; Maior segurança para o produtor e consumidor. “Não se trata apenas de reduzir o uso de agrotóxicos, mas também de diminuir o número de aplicações, o custo com combustível, água e mão de obra”,  ressalta a pesquisadora. 💡 Da universidade para o campo O projeto de Diandra - que recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) - é um exemplo de como a ciência universitária pode gerar inovação com aplicação prática no agronegócio . Com apoio técnico e institucional, o bioinsumo contra a lagarta-de-cartucho pode se tornar uma solução escalável para produtores de milho de todo o Brasil. “Estamos finalizando os estudos de formulação e escalonamento. Nossa meta é lançar um produto acessível, eficaz e sustentável para o agricultor”,  afirma Diandra. 🌍 Um passo a mais pela sustentabilidade no campo Iniciativas como esta fortalecem a agenda de agricultura sustentável  no Brasil, promovendo tecnologias de baixo impacto e de alta eficiência , alinhadas às demandas atuais por segurança alimentar, conservação ambiental e inovação. 📉 Menos agrotóxicos. 📈 Mais produtividade. 🌱 E um futuro mais verde no campo. Fontes: G1 / Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"

  • STAC School and Tech Tour é Reconhecido Como Programa Destaque pela China Agricultural University

    O Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC/USP) recebeu dois certificados de excelência da China Agricultural University (CAU) pela organização do evento STAC School and Tech Tour, edição 2024. Alunos e Funcionários da China Agricultural University que participaram do II STAC School and Tech Tour. Certificado emitido pela CAU ao STAC. Por meio de votação direta dos estudantes internacionais participantes , o programa foi premiado com o título de “Outstanding Program” (Programa Destaque)  e também foi eleito o “Most Popular Program” (Programa Mais Popular)  no contexto da avaliação anual do “Undergraduate Global Competence Enhancement Program”  da CAU, realizado em novembro de 2024​. O que é o STAC School and Tech Tour? O STAC School and Tech Tour  é um evento de imersão acadêmica que reúne estudantes de graduação de universidades de todo o mundo , oferecendo capacitação, experiências práticas e debates sobre a agricultura sustentável no Brasil . Atividades práticas promovidas pelo Programa STAC School and Tech Tour. Realizado no campus da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), bem como em empresas e centros de pesquisa parceiros, o programa promove: ✅ Visitas técnicas a fazendas-modelo, institutos de pesquisa e empresas da agroindústria; ✅ Palestras e Workshops com pesquisadores e lideranças do agro; ✅ Aulas sobre disciplinas que abordam o contexto da agricultura brasileira e mundial; ✅ Interação multicultural entre alunos e profissionais globais. “Este reconhecimento reflete o impacto positivo do programa na formação de uma visão global e sustentável da agricultura, aliando ciência, prática e troca cultural”,  destaca o Prof. Durval Dourado Neto. China Agricultural University (CAU) Fundada em 1905, a China Agricultural University  é considerada a principal instituição de ensino superior em ciências agrícolas da China, classificada entre as melhores do mundo na área de ciências agrárias, biotecnologia e ciências ambientais . A CAU mantém programas robustos de cooperação internacional , incluindo intercâmbios, missões técnicas e parcerias acadêmicas com instituições brasileiras como a USP, a Embrapa e outras universidades latino-americanas. O Undergraduate Global Competence Enhancement Program , programa responsável pela premiação, busca ampliar as competências globais de estudantes de graduação chineses por meio de vivências internacionais , com ênfase em iniciativas inovadoras, inclusivas e integradas à realidade dos países parceiros . A premiação recebida pelo STAC atesta o papel do Brasil como líder global na difusão do conhecimento sobre agricultura tropical sustentável  e reforça os laços de colaboração entre Brasil e China no desenvolvimento agrícola. O papel do STAC na agricultura tropical sustentável O STAC  atua como um hub de pesquisa, educação e extensão focado na promoção de sistemas produtivos sustentáveis, resilientes e adaptados às condições tropicais . Com sede na Esalq/USP, o STAC integra pesquisadores de diversas áreas, promovendo: 🔬 Pesquisas aplicadas em manejo, conservação e uso sustentável do solo e da água; 🌾 Desenvolvimento e difusão de tecnologias agropecuárias sustentáveis; 🎓 Difusão do conhecimento por meio de palestras e eventos, cuja temática central é a sustentabilidade; 🤝 Parcerias globais para cooperação científica e intercâmbio de conhecimento. O reconhecimento internacional do STAC School and Tech Tour reforça sua missão de construir pontes entre ciência, sociedade e mercado global , formando profissionais preparados para enfrentar os desafios da segurança alimentar e da sustentabilidade no século XXI .

  • Nova plataforma fortalece a presença internacional do agro brasileiro

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou oficialmente o ConectAgro , uma plataforma interativa que promete transformar a forma como o agronegócio brasileiro acessa e compartilha informações estratégicas para a exportação e a atuação internacional. Nova ferramenta interativa desenvolvida para fortalecer o fluxo de informações e ampliar as exportações e a presença internacional do agronegócio brasileiro - Fonte: Gov.br A ferramenta chega para somar aos esforços do governo em consolidar o Brasil como um dos maiores fornecedores globais de alimentos, conectando produtores, exportadores e representantes diplomáticos de maneira integrada. ➡️ O que é o ConectaAgro? O ConectAgro reúne, em um único ambiente digital, informações atualizadas sobre intercâmbio comercial, feiras internacionais, eventos setoriais e a atuação dos 40 adidos agrícolas brasileiros distribuídos em 38 postos ao redor do mundo . Esses adidos são peças-chave na diplomacia agrícola, ajudando a abrir mercados, resolver barreiras técnicas e fortalecer o relacionamento do Brasil com os parceiros comerciais internacionais. “O ConectAgro é mais um passo para garantir que o Brasil continue sendo um dos protagonistas no mercado global de alimentos, atuando de forma ágil e estratégica” , destacou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Ele enfatizou que a plataforma se integra a outras iniciativas importantes como AgroInsight, Passaporte Agro, Caravana do Agro Exportador e o Pool de Tradings , formando um ecossistema completo de apoio ao exportador brasileiro. Com Adidos posicionados em locais estratégicos do globo, o Brasil mantém uma presença ativa em mercados considerados prioritários - Fonte: Gov.br ➡️ A importância estratégica da ferramenta Com 348 novos mercados abertos  desde o início do atual governo, a necessidade de informações rápidas e confiáveis  nunca foi tão crítica. "O ConectAgro ajuda o exportador a aproveitar oportunidades e tomar decisões mais assertivas e competitivas, alinhadas às demandas dos mercados internacionais ", comentou o Secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua . Além do suporte digital, os adidos agrícolas atuam como representantes do Brasil em fóruns globais e eventos estratégicos , participando de feiras, rodadas de negócios e missões empresariais que elevam a visibilidade do agro nacional e fortalecem parcerias comerciais mundo afora. ➡️ Integração institucional O ConectAgro também se articula com outras instituições como ApexBrasil, Embaixadas, Itamaraty (MRE) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) , garantindo uma abordagem coordenada e multifacetada na promoção do agronegócio brasileiro. Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

  • E-metanol: combustível verde que pode transformar a indústria e a mobilidade global

    Em meio à crescente pressão por descarbonização e eficiência energética, o e-metanol  surge como uma das soluções mais promissoras para reduzir as emissões globais de carbono. E-metanol: solução de baixo carbono que pode ser usada em processos industriais ou como combustível. Créditos: Biodiesel Brasil. Também conhecido como metanol verde , ele é produzido a partir de hidrogênio verde  (obtido via eletrólise da água com uso de fontes renováveis) e dióxido de carbono capturado , criando um ciclo virtuoso: transforma um gás de efeito estufa em um novo combustível limpo. O e-metanol vem ganhando destaque em setores como transporte marítimo, aviação e indústria química, devido à sua versatilidade e compatibilidade com a infraestrutura existente . A produção global ainda é incipiente, mas grandes players já apostam forte nessa nova matriz energética. 🌱 O que é o e-metanol e como ele é produzido? O e-metanol  é uma versão sintética e renovável do metanol tradicional, que historicamente é produzido a partir de gás natural. Sua diferença reside na origem limpa das matérias-primas : Hidrogênio verde : obtido por meio de eletrólise da água com eletricidade gerada por fontes renováveis (solar, eólica etc.); CO₂ capturado : pode vir de processos industriais ou diretamente da atmosfera, fechando o ciclo do carbono. O processo químico de síntese é bem conhecido e permite que o e-metanol seja usado como: Combustível para transporte marítimo e terrestre; Matéria-prima para plásticos e produtos químicos; Insumo para geração de energia elétrica e térmica. 🔋 Petrobras e European Energy Em março de 2024, a Petrobras  deu um passo estratégico ao anunciar um acordo de princípios com a European Energy , líder dinamarquesa em energia renovável, para desenvolver projetos de e-metanol no Brasil . A parceria busca consolidar o país como um polo global de produção, aproveitando nossa abundância de recursos renováveis  e o potencial para captura de CO₂. A previsão é que esses projetos entrem em operação nos próximos anos, mirando especialmente o mercado de exportação para a Europa , onde regulamentações ambientais estão cada vez mais rígidas. 🚢 Por que o e-metanol é tão promissor? A Organização Marítima Internacional (IMO)  estabeleceu metas ambiciosas de descarbonização para o setor naval, um dos maiores emissores globais. O e-metanol tem se destacado como combustível alternativo de eleição  por várias razões: Pode ser usado em motores existentes com pequenas adaptações; Possui alta densidade energética; É menos tóxico e mais seguro de manusear do que outros combustíveis sintéticos. Empresas como Maersk  já anunciaram a compra de navios movidos a e-metanol, e a tendência é que essa demanda se amplie rapidamente. De acordo com a Iberdrola , gigante espanhola da energia renovável, o metanol verde também desempenhará papel-chave na indústria química e de fertilizantes , setores difíceis de descarbonizar. Além disso, o e-metanol pode ser reconvertido em hidrogênio , servindo como um “vetor energético” eficiente para transporte e armazenamento de energia renovável. A empresa ressalta que, para atingir escala global, é necessário reduzir custos  e ampliar investimentos em infraestrutura e pesquisa  — desafios que já estão no radar de governos e empresas. O Brasil, com sua vasta matriz energética limpa e expertise agrícola e industrial, está bem-posicionado para se tornar um líder mundial na produção de e-metanol . A união entre empresas como Petrobras, parceiros internacionais e políticas públicas voltadas para a transição energética será determinante para que essa promessa se torne realidade nos próximos anos. Fontes: Agro Estadão / Petrobras / Iberdrola

  • Centro de Treinamento da Esalq/USP inaugurado têm o objetivo de formar talentos para o setor agrícola

    Novo espaço fortalece a formação de talentos para o agronegócio com foco em tecnologia, sustentabilidade e aproximação com a comunidade Centro de Treinamento inaugurado na fazenda Areão fortalece a parceria entre Easlq/USP, John Deere e Grupo Terraverde. Fonte: ESALQNET Foi inaugurado na Fazenda Areão , área experimental da Esalq/USP  em Piracicaba (SP), o novo Centro de Treinamentos de Piracicaba , uma iniciativa estratégica da parceria entre a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) , a John Deere , o Grupo Terraverde  e a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) . O espaço representa um marco na integração entre a academia e o setor produtivo, com foco no desenvolvimento de talentos, capacitação técnica e avanços em agricultura digital . Com um investimento conjunto de R$ 6 milhões, o centro é parte do Convênio de Cooperação Institucional  iniciado em 2022 e, desde então, já contribuiu com a formação de mais de 2 mil pessoas . Agora, com a nova estrutura, a expectativa é ampliar significativamente o alcance e o impacto dos treinamentos. 🧠 Formação técnica com foco na prática Localizado em um espaço de 1.500 m² , o centro conta com: Cinco salas de aula; Auditório para 130 pessoas; Refeitório; Área coberta para treinamentos com máquinas; 20 hectares de área aberta para práticas agrícolas; Um moderno Centro de Soluções Conectadas (CSC) , onde os alunos simulam operações conectadas com uso de dados em nuvem, gestão remota de frotas e integração com o ecossistema da John Deere. O local será utilizado inicialmente por docentes e alunos da Esalq/USP , em cursos de graduação, mestrado e doutorado, além de colaboradores da John Deere e da rede de concessionários . Também estão previstas capacitações para produtores rurais e, futuramente, para alunos de escolas do ensino fundamental e médio da região , ampliando o impacto social da iniciativa. 🌱 Pesquisa aplicada e agricultura digital O convênio também tem como meta o incentivo à pesquisa científica aplicada, especialmente nas áreas de: Modelagem e inteligência artificial ; Máquinas agrícolas e mecanização ; Agricultura digital e conectividade no campo . A integração entre pesquisadores da Esalq/USP  e especialistas da John Deere  fomentará um ecossistema de inovação e desenvolvimento, fortalecendo a atuação da universidade como polo de excelência em formação e pesquisa agrícola . “A criação do centro surgiu de um modelo de negócio inovador, pensado para atender às reais necessidades do mercado. Estamos oferecendo aos estudantes uma formação conectada com o futuro do agro”,  afirma Cláudio Trevizan , gerente regional de Gestão de Conhecimento da John Deere. 🤝 Parceria que fortalece ensino, pesquisa e extensão A diretora da Esalq/USP, professora Thais Vieira , destacou a relevância do centro no cumprimento de três objetivos estratégicos da instituição: Atração e formação de talentos , tanto na graduação quanto na pós-graduação; Fomento à pesquisa científica e tecnológica aplicada à agricultura ; Aproximação com a comunidade local e com o setor produtivo agrícola . “Esse centro está perfeitamente alinhado ao futuro da Esalq. Vamos conectar ensino, pesquisa e extensão com o que há de mais atual em tecnologia para o campo” , afirmou. 🔧 Terraverde e Fealq: pilares operacionais da iniciativa O Grupo Terraverde , concessionário da John Deere, será responsável pela operação do espaço e realização de treinamentos práticos com produtores e técnicos . Já a Fealq  atuará na gestão administrativa e financeira  do convênio, incluindo a coordenação de projetos, bolsas de estudo e ações formativas. “É gratificante participar de um projeto que alia pesquisa aplicada e soluções práticas. Estamos vendo a troca de conhecimento gerar resultados concretos para toda a cadeia do agronegócio” , pontua Eduardo Cunali Defilippi , CEO do Grupo Terraverde. 🌎 Centro de Treinamentos em rede Com a inauguração do Centro em Piracicaba, a John Deere passa a contar com seis unidades de capacitação no Brasil , localizadas em: Campinas (SP) Ribeirão Preto (SP) Goiânia (GO) Horizontina (RS) Várzea Grande (MT) Piracicaba (SP) Essa rede fortalece a estratégia da empresa de democratizar o acesso à capacitação e à inovação tecnológica no campo , consolidando o Brasil como referência em tecnologia agrícola e formação de profissionais de excelência . Fonte: Centro de Treinamento inaugurado na fazenda Areão

  • Projeto cria ferramenta inédita para diagnóstico e monitoramento dos biomas brasileiros

    Desenvolvido Pelo Grupo de Políticas Públicas (GPP/ESALQ), em parceria com o STAC/USP e o CNPq, Monitor de Sustentabilidade permite acesso público a indicadores ambientais, sociais e econômicos de todos os municípios do Brasil O estudo aplica a Matriz de Agricultura Sustentável (Sustainable Agriculture Matrix – SAM). Fonte: Monitor de Sustentabilidade O projeto “Biomas Tropicais: Sistemática de diagnóstico e monitoramento dos biomas brasileiros, visando o desenvolvimento sustentável e gestão estratégica do território” , desenvolvido pelo GPP/USP, em parceria com o STAC/USP e o CNPq , representa um avanço significativo na forma como o Brasil avalia, planeja e acompanha o uso do seu território. Coordenado pelo professor Durval Dourado Neto , a iniciativa resultou no lançamento do Monitor de Sustentabilidade , uma plataforma interativa e aberta ao público  que oferece uma visão ampla e detalhada sobre o desempenho sustentável de todos os municípios brasileiros. A ferramenta é fruto do trabalho do Grupo de Pesquisa Públicas (GPP/ESALQ) , com apoio técnico e científico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) . O objetivo central do projeto é fornecer subsídios técnicos e confiáveis para o desenvolvimento de políticas públicas, estratégias territoriais e ações sustentáveis  em escala nacional, regional e local. 🌱 O que é o Monitor de Sustentabilidade? O Monitor de Sustentabilidade  é uma plataforma online, gratuita e de fácil navegação, desenvolvida para avaliar o desempenho dos municípios brasileiros nas dimensões ambiental, social e econômica , a partir de uma metodologia rigorosa e baseada em ciência de dados. A ferramenta permite: Visualizar indicadores de sustentabilidade por município  ou região; Comparar resultados entre estados, biomas e microrregiões ; Acompanhar o desempenho temporal  de indicadores críticos; Baixar relatórios e dados para pesquisa, planejamento e tomada de decisão . Acesse: https://monitor.gppesalq.agr.br 🔍 Metodologia baseada em dados robustos e transparentes A construção dos indicadores do Monitor segue uma abordagem científica clara e replicável. Os dados são organizados em três eixos principais : Eixo Ambiental : uso e cobertura do solo, qualidade da vegetação nativa, pressão de uso da terra, degradação, entre outros. Eixo Econômico : produtividade agropecuária, renda média, emprego formal, PIB agrícola e desenvolvimento regional. Eixo Social : indicadores de educação, saúde, vulnerabilidade, saneamento e acesso a serviços públicos. Esses dados são padronizados, integrados e analisados com base na lógica da sustentabilidade territorial , permitindo diagnósticos precisos para cada município. Participantes do painel de divulgação de resultados do projeto, que ocorreu no último dia 25. Fonte: Youtube “A ferramenta oferece uma visão integrada que apoia a gestão territorial com base em evidências. É ciência aplicada à formulação de estratégias sustentáveis” , destaca o professor Durval Dourado Neto , coordenador do projeto. 🌎 Aplicações práticas e apoio à gestão pública O Monitor tem sido utilizado por gestores públicos, pesquisadores, organizações da sociedade civil e planejadores territoriais  como um instrumento de: Análise de políticas públicas locais e regionais ; Planejamento estratégico de uso da terra ; Avaliação de sustentabilidade em projetos de infraestrutura e produção agrícola ; Educação ambiental e capacitação técnica de lideranças locais . A interface intuitiva do sistema permite filtrar e consultar dados por biomas, estados e regiões , além de possibilitar o download de dashboards personalizados . A parceria com o CNPq  foi essencial para viabilizar a pesquisa e estruturação da base de dados do Monitor. O apoio institucional garantiu rigor técnico e compromisso com a aplicabilidade social dos resultados , ampliando o impacto da ferramenta no planejamento e monitoramento do território nacional. O Monitor de Sustentabilidade representa um avanço inédito na sistematização e transparência de dados sobre os biomas brasileiros . Mais do que uma plataforma de consulta, é um instrumento estratégico de transformação territorial , capaz de orientar políticas públicas, iniciativas privadas e decisões técnicas rumo a um modelo de desenvolvimento equilibrado, sustentável e baseado em ciência . 🔍 Conheça o grupo responsável: https://www.gppesalq.agr.br/sobre

  • Geomembranas otimizam irrigação agrícola e reduzem custos com energia e uso da água

    Tecnologia promove economia de até 60% no uso de energia e ajuda a conservar recursos hídricos em tempos de estiagem e mudanças climáticas As geomembranas permitem o controle mais preciso da lâmina d’água. Fonte: Compre Rural Com os avanços da agricultura moderna e o aumento das exigências ambientais, a eficiência no uso da água  se tornou um dos pilares da produção agropecuária. Uma das soluções que vem ganhando destaque nesse cenário é o uso da geomembrana em reservatórios de irrigação , tecnologia que alia economia, sustentabilidade e segurança operacional . Segundo Everardo Mantovani , especialista em irrigação e consultor do Grupo Nortène, o uso de geomembranas tem se consolidado como alternativa fundamental para produtores que buscam reduzir desperdícios de água, controlar melhor a irrigação e diminuir os custos com energia elétrica . “Essa solução evita perdas, assegura a conservação da água e proporciona maior previsibilidade para os produtores”, afirma Mantovani. 💧 O que são as geomembranas? As geomembranas  são membranas sintéticas impermeáveis , geralmente feitas de polímeros como polietileno de alta densidade (PEAD)  ou cloreto de polivinila (PVC) , utilizadas para impedir o vazamento de líquidos ou gases em diversas aplicações, como: Reservatórios agrícolas de irrigação; Contenção de resíduos industriais; Tanques de piscicultura e aterros sanitários. Sua aplicação no agronegócio ganhou força nas últimas décadas com o avanço da agricultura irrigada  e o aumento da preocupação com a segurança hídrica  e a gestão sustentável de recursos naturais . Estudos da Associação Brasileira de Geossintéticos (IGS Brasil)  apontam que o uso de geomembranas pode reduzir em mais de 90% as perdas de água por infiltração  em reservatórios descobertos. 💡 Eficiência econômica De acordo com levantamentos técnicos apresentados por Mantovani, o uso de geomembranas pode gerar: Economia de até 60% no consumo de energia  com irrigação; Redução drástica nas perdas hídricas  por lixiviação; Diminuição da necessidade de captação direta de mananciais , favorecendo a preservação ambiental. “O investimento inicial representa cerca de 7% do custo total de um sistema de irrigação com pivô central e é amortizado em menos de dois anos devido à economia na conta de luz e à redução de perdas”, explica o consultor. Em termos práticos, isso significa que a eficiência energética pode subir até 4% ao ano , otimizando o desempenho da produção e contribuindo para a rentabilidade no campo. 🌿 Sustentabilidade e menor impacto ambiental Além dos ganhos operacionais, a geomembrana é um aliado importante na preservação dos recursos naturais . Ao permitir o armazenamento mais eficiente da água , a tecnologia: Reduz a captação excessiva de mananciais; Minimiza o impacto de estiagens prolongadas; Garante o funcionamento contínuo do sistema de irrigação mesmo em períodos de escassez. Essa abordagem sustentável também atende às novas exigências legais , já que alguns estados brasileiros passaram a exigir o uso de geomembranas  como pré-requisito para a concessão de outorgas de uso da água . ⚠️ Segurança técnica e conformidade com normas Para garantir o desempenho ideal das geomembranas, a instalação deve seguir padrões rigorosos estabelecidos pela norma técnica NBR 16199/2020 , que regula projetos e execução de impermeabilizações com geossintéticos. “A má instalação ou o uso de materiais de baixa qualidade pode comprometer todo o sistema, levando ao rompimento do reservatório, perdas de safra e até crimes ambientais”, alerta Mantovani. Um exemplo recente citado pelo especialista ocorreu em Uberlândia (MG) , onde o rompimento de um reservatório mal impermeabilizado resultou em multa de quase R$ 700 mil  para o produtor rural responsável. 📈 Crescimento da agricultura irrigada e adoção de geomembranas O Oeste baiano , maior polo de irrigação do Brasil, ilustra bem o crescimento do setor. Dados do Mapa (Ministério da Agricultura)  mostram que a área irrigada por pivôs centrais  no país cresceu quase 15% em 2024 , movimento impulsionado pela busca por soluções sustentáveis e eficientes — como as geomembranas. Além da agricultura, a tecnologia tem sido cada vez mais utilizada em: Tanques de piscicultura (tilápias) ; Barragens e viveiros de aquicultura ; Armazenamento de fertilizantes líquidos e efluentes . 🌱💧 Economia, segurança e sustentabilidade — tudo começa com uma boa base. E, no campo, essa base agora é impermeável. Fonte: Geomembrana revoluciona a irrigação e reduz custos no campo

  • Prêmio Fundação Bunge 2025 celebra 70 anos

    Reconhecimento valoriza cientistas que atuam em Gestão de Risco Climático e na preservação dos conhecimentos de povos tradicionais O Prêmio chega a sua 70ª edição com novos e relevantes temas. Fonte: Bunge Em 2025, o tradicional Prêmio Fundação Bunge  completa 70 anos com uma edição especial voltada a desafios da atualidade: a emergência climática  e a valorização dos saberes ancestrais dos povos tradicionais . O prêmio destaca a importância de uma ciência comprometida com o futuro da produção de alimentos e a conservação dos recursos naturais. "Estamos colocando luz sobre dois temas fundamentais: a gestão do risco climático na produção de alimentos e os saberes e práticas dos povos tradicionais e sua relevância na preservação ambiental" , afirma o gerente de projetos da Fundação Bungue, Leandro Morilha. 🌿 Temas estratégicos para um cenário climático desafiador A edição 2025 do Prêmio Fundação Bunge se debruça sobre duas áreas essenciais para o desenvolvimento sustentável da agricultura : Gestão do risco climático na produção de alimentos : busca reconhecer cientistas que trabalham com estratégias de adaptação, resiliência e inovação tecnológica para minimizar os impactos das mudanças do clima na segurança alimentar. Saberes e práticas dos povos tradicionais : homenageia pesquisadores que atuam na valorização do conhecimento de comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas, fundamentais para a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais. “São temas que se complementam. Não há como avançar na produção sem respeitar a biodiversidade. Muitas respostas estão justamente nesses saberes tradicionais” , ressalta o gerente da Fundação Bunge. 🏆 Duas categorias: Vida e Obra e Juventude A premiação está estruturada em duas categorias: Vida e Obra : destinada a pesquisadores(as) com trajetória consolidada e relevante contribuição científica ao longo da carreira. Juventude : voltada a jovens cientistas com até 35 anos que demonstram forte potencial inovador e compromisso com os temas do ano. No total, quatro pesquisadores serão contemplados  (dois em cada tema), com premiações de R$ 200 mil para Vida e Obra  e R$ 80 mil para Juventude . 🧪 Indicações feitas pelas instituições científicas O processo de inscrição no Prêmio Fundação Bunge não é feito diretamente pelos pesquisadores. As indicações devem ser realizadas por instituições de ensino e pesquisa brasileiras , como universidades, centros científicos e órgãos de extensão rural. “A academia valoriza a própria academia. Os nomes indicados e os vencedores são escolhidos por um comitê formado por pesquisadores renomados. É a ciência reconhecendo a ciência” , destaca Leandro Morilha. O prazo para as indicações vai até o final de maio de 2025 . Não há limite de candidatos por instituição e a média anual de submissões gira em torno de 150 nomes . 🌎 Prêmio histórico, com impacto nacional Considerado um dos mais longevos do país em reconhecimento científico, o Prêmio Fundação Bunge já homenageou nomes de referência como Mariangela Hungria , Durval Dourado Neto , Maurício Cherubin  e Elisabete Nadai  — muitos deles com atuação em ciências agrárias, solos, biotecnologia e agroecologia . Ganhadores do Prêmio Fundação Bunge 2024. Créditos: Feedfood “Além de visibilidade científica, o prêmio também oferece apoio financeiro e fortalece redes de pesquisa e inovação” , reforça Morilha. A iniciativa integra o compromisso da Fundação Bunge com o desenvolvimento sustentável e a transformação social por meio do conhecimento. A edição 2025 convida a comunidade acadêmica a destacar cientistas que estão construindo caminhos para um futuro mais resiliente, justo e ecologicamente equilibrado , reconhecendo tanto a excelência acadêmica quanto o valor ancestral dos povos que preservam nosso patrimônio natural. Fonte: Esalq Notícias 416/2025 - Prêmio Bunge 2025

  • IoT otimiza certificação sustentável de cafeicultura familiar

    Tecnologia desenvolvida pela Embrapa Agricultura Digital visa agregar valor à produção e tornar o processo de certificação mais acessível e eficiente Agricultura de precisão, irrigação e processos de certificação de sustentabilidade devem conferir vantagem competitiva à cafeicultura familiar de montanha. Créditos: perfectdailygrind.com A cafeicultura familiar e mecanizada do Brasil  está prestes a dar um salto tecnológico com a aplicação da Internet das Coisas (IoT)  para otimizar processos de certificação da sustentabilidade , especialmente em duas importantes regiões produtoras: Caconde (SP)  e Paraguaçu (MG) . A iniciativa é liderada pela Embrapa Agricultura Digital , com financiamento do Consórcio Pesquisa Café , e visa transformar dados agrícolas em indicadores confiáveis para rastreabilidade e certificação de boas práticas. Segundo a pesquisadora Célia Grego , líder do projeto, os sensores IoT integrados a modelos estatísticos e geoestatísticos  permitirão o monitoramento em tempo real de variáveis como solo, água e plantas. Isso viabilizará uma avaliação contínua das lavouras, especialmente em fases críticas do ciclo do café , auxiliando produtores de pequeno e médio porte a atingirem padrões de certificação com maior facilidade. “Queremos promover a inclusão digital dos cafeicultores, simplificando a certificação e aumentando a competitividade da produção sustentável” , destaca Célia Grego. 🌐 O que é IoT e por que ela está revolucionando a agricultura? A Internet das Coisas (IoT)  refere-se à conexão de dispositivos físicos à internet para coletar e trocar dados automaticamente . Na agricultura, sensores IoT monitoram variáveis ambientais e operacionais em tempo real, otimizando o uso de recursos e melhorando a produtividade. 📈 Como a IoT contribui para a agricultura: Gestão inteligente da irrigação  e uso racional da água Monitoramento do microclima  e previsão de riscos de pragas ou doenças Acompanhamento de produtividade e nutrição do solo Rastreamento da produção para fins de certificação e exportação De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) , o uso de tecnologias digitais como a IoT é fundamental para alcançar metas de sustentabilidade, segurança alimentar e adaptação climática  nas cadeias produtivas. 🌱 Certificação baseada em dados: agilidade e transparência O projeto também prevê a tokenização de dados sensíveis  — tecnologia que confere mais segurança, transparência e rastreabilidade às informações coletadas nas propriedades. O modelo será validado ao longo de dois anos, com foco em agricultura de precisão e manejo hídrico eficiente . As ações se concentram em duas frentes: Cafeicultura familiar de montanha , na região de Caconde/SP, onde as propriedades são menores e de difícil mecanização. Cafeicultura mecanizada , em Paraguaçu/MG, representativa de áreas com produção intensiva e tecnologia de ponta. Essas regiões são também polos do programa Semear Digital , coordenado pela Embrapa com apoio da Fapesp , que promove a transformação digital no campo. “Vamos transferir os resultados, metodologias e aplicativos diretamente aos produtores, capacitando agentes multiplicadores e fortalecendo a adoção de boas práticas” , afirma Grego. ☕ Café certificado: mais que qualidade, gestão e renda A Fazenda Santa Cruz , no sul de Minas Gerais, é um exemplo bem-sucedido de adoção da certificação. Há 14 anos, sua produção é certificada — um diferencial que trouxe benefícios além da imagem de qualidade. “A certificação organiza a gestão da fazenda. Os treinamentos em uso de defensivos, condições de trabalho e rastreabilidade agregam valor e melhoram a renda mensal da família” , destaca Josiane Moraes da Silva , produtora e parceira no projeto. Ela reforça que o custo de implantação se paga com o retorno obtido, já que a saca de café certificada recebe um valor superior no mercado . 📊 Agricultura de precisão e zoneamento intra-talhão O novo projeto se baseia em dados obtidos em ações anteriores, como o projeto Agricultura de Precisão em Café , encerrado em 2024. Nele, foram mapeadas três safras em fazendas do sul mineiro , com análises detalhadas sobre: Solo e relevo Índices de vegetação Produção e microclima Essas informações permitiram identificar variações dentro dos talhões , antes tratados de forma uniforme, possibilitando um manejo diferenciado e mais eficiente . “Com altas temperaturas na florada, a planta pode florescer e não vingar. Ao monitorar dados climáticos e agronômicos, é possível ajustar práticas como a renovação da área” , explica Josiane. O uso de IoT na agricultura  reforça o compromisso do Brasil com a produção sustentável, a inclusão digital no campo e a valorização do pequeno e médio produtor. Com acesso a dados em tempo real, técnicas de precisão e integração digital , os cafeicultores poderão conquistar certificações com mais agilidade, confiabilidade e retorno econômico . ☕🌿 A agricultura digital não é mais o futuro — ela já está nas lavouras de café do Brasil. Fonte: Certificação da sustentabilidade da cafeicultura familiar e mecanizada será otimizada por meio de IoT

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