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  • Intercâmbio Acadêmico: Alunos da CAU Vivenciam a Agricultura Tropical no Brasil

    Como parte das atividades extensionistas do intercâmbio acadêmico entre a China Agricultural University (CAU) e a Universidade de São Paulo (USP), organizado pelo STAC, os alunos chineses do programa de dupla titulação em Agronomia e Melhoramento Genético visitaram a Fazenda Escola do Centro Universitário FAG, em Cascavel, Paraná. O Centro Universitário FAG recebeu sete estudantes da China Agricultural University (CAU), de Beijing, para uma visita à Fazenda Escola. Fonte: FAG Conexão Internacional e Aprendizado na Prática Os sete mestrandos da CAU permanecerão no Brasil por seis meses, realizando estágios na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), aprofundando seus conhecimentos sobre fitotecnia e agricultura tropical. A visita à FAG, organizada em conjunto com o STAC, teve como objetivo apresentar técnicas de plantio e manejo agrícola utilizadas na região oeste do Paraná, além de proporcionar uma experiência imersiva na realidade do agronegócio brasileiro. Durante a visita, os estudantes foram recepcionados pelo reitor do Centro FAG, Assis Gurgacz, e por outros membros da instituição. O STAC esteve representado pelo seu vice-coordenador, que auxiliou com a tradução e o aprofundamento das discussões técnicas. A programação incluiu um tour pela Fazenda Escola, onde os alunos conheceram laboratórios, áreas experimentais e diferentes sistemas produtivos. Destaques da Experiência Um dos momentos mais marcantes foi a visita ao pomar, onde os alunos tiveram contato direto com frutas tropicais, incluindo a pitaya, que experimentaram pela primeira vez. Para muitos deles, essa foi uma vivência única e enriquecedora. Alunos intercambistas provaram frutas, como a pitaya, durante a visita técnica. Fonte: FAG É minha primeira vez no Brasil, e tudo é muito novo e interessante. A visita de hoje está sendo uma ótima experiência para mim." - Lu Wanyue, uma das mestrandas participantes. Fortalecendo Parcerias e o Conhecimento em Agricultura Tropical O STAC reforça seu compromisso em promover a troca de conhecimento e cooperação internacional, contribuindo para a formação de pesquisadores com uma visão global sobre a agricultura tropical sustentável. Essa agenda extensionista permite que estudantes estrangeiros compreendam melhor os desafios e oportunidades desse setor no Brasil, ao mesmo tempo em que fortalece laços entre instituições de ensino e pesquisa. Fonte: https://www.fag.edu.br/noticia/21419

  • Embrapa lança livro sobre avanços da agricultura digital e de precisão

    A Embrapa lançou recentemente o terceiro livro da Rede de Agricultura de Precisão (AP), intitulado "Agricultura de Precisão: Um Novo Olhar na Era Digital" , consolidando-se como um marco na aplicação de tecnologias digitais no agronegócio brasileiro. Edição reúne os resultados alcançados in loco na produção das principais cadeias do agro, como milho, soja, trigo, cana e pastagem. Crédito: My Images A obra foi apresentada durante o 10º Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão e Digital (ConBAP), realizado em Ribeirão Preto, São Paulo, pela Associação Brasileira de Agricultura de Precisão e Digital (AsBraAP). O evento destacou inovações para uma agricultura sustentável e de alta performance. Contribuições da Obra A publicação, que encerra uma trilogia iniciada em 2011, compila os resultados de 15 anos de pesquisa em diferentes biomas e cadeias produtivas no Brasil. O livro conta com 600 páginas e 90 capítulos , organizados em cinco seções: culturas anuais, perenes, pecuária, sistemas integrados e tecnologias. Mais de 300 autores de 20 instituições nacionais e internacionais participaram da elaboração, evidenciando um esforço colaborativo e interdisciplinar. Segundo Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, o livro representa um divisor de águas no setor. Ele apresenta avanços no uso de tecnologias digitais, como drones, automação, geoprocessamento e irrigação de precisão, que têm transformado práticas agrícolas, tornando-as mais sustentáveis e produtivas. Destaques da Agricultura Digital O pesquisador Luís Henrique Bassoi, da Embrapa Instrumentação, ressalta que a agricultura digital em combinação com a de precisão vem contribuindo significativamente para a gestão de variabilidade nas propriedades rurais. Estudos recentes mostram ganhos de produtividade de até 8% no milho e 3% no algodão em fazendas no Mato Grosso e Paraná, com o uso de semeadura em taxa variável. O livro, com 600 páginas, aborda os seguintes temas: culturas anuais, perenes, pecuária, sistemas integrados e tecnologias. Fonte: Canal Rural Além disso, o livro aborda experimentos realizados diretamente em áreas de produção ( on-farm ), com foco em culturas como algodão, milho, soja, trigo, cana-de-açúcar e pastagens, além de plantas perenes como videiras e macieiras. Tecnologias disruptivas e metodologias inovadoras também são discutidas, destacando seu papel na evolução da agricultura. Impacto na Agricultura Brasileira Desde 2009, a Rede de Agricultura de Precisão da Embrapa tem promovido a disseminação do conceito de AP, permitindo que os produtores brasileiros adotem práticas mais assertivas, aplicando insumos de forma racional, reduzindo custos e minimizando impactos ambientais. José Manoel Marconcini, chefe-geral da Embrapa Instrumentação, destaca que a trilogia simboliza os 40 anos de história da unidade, que será celebrada em dezembro de 2024. Ele reforça a importância do tema para manter a competitividade da agricultura brasileira, contribuindo para sua sustentabilidade e resiliência. Acesso Gratuito O livro está disponível gratuitamente online e pode ser acessado aqui . Ele é indicado para pesquisadores, estudantes, produtores e todos os interessados no avanço da agricultura digital e de precisão. Fonte: https://www.canalrural.com.br/agricultura/livro-da-embrapa-sobre-agricultura-de-precisao-na-era-digital-ja-esta-disponivel-para-download/

  • Brasil reforça compromisso com bioeconomia sustentável em Berlim

    Entre os dias 15 e 18 de janeiro, aconteceu o 17º Fórum Global de Alimentação e Agricultura (GFFA), realizado em Berlim, que reuniu ministros e autoridades agrícolas de 60 países para debater como a bioeconomia pode impulsionar uma agricultura sustentável e contribuir para alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2 – Fome Zero – até 2030. Ministros da Agricultura e autoridades do setor de 60 países estiveram reunidos no 17º Fórum Global de Alimentação e Agricultura (GFFA) - Fonte: gov O Brasil, representado por Pedro Neto, secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), reafirmou seu compromisso com a promoção de um modelo agrícola inovador, resiliente e alinhado à preservação ambiental. Durante a conferência ministerial que encerrou o evento em 18 de janeiro, os líderes globais formalizaram uma proposta para o desenvolvimento de uma bioeconomia sustentável e transformadora. O documento apresentado destacou a importância de uma economia circular baseada em recursos renováveis, respeitando os limites ecológicos e promovendo a segurança alimentar. A carta compromete os países a acelerarem a implementação da Agenda 2030 por meio de práticas agrícolas, florestais, pesqueiras e aquícolas mais sustentáveis. Iniciativas brasileiras em destaque Em sua participação no Fórum, Pedro Neto destacou o papel do Brasil como líder global na produção agrícola sustentável. Ele ressaltou os avanços obtidos por meio de novas tecnologias, manejo eficiente do solo, irrigação sustentável e recuperação de pastagens degradadas, que permitiram ao país se transformar de importador de alimentos em um dos maiores exportadores agrícolas do mundo. O secretário participou de um painel organizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Fonte: gov “Nosso modelo agrícola ajudou a reduzir a pobreza e garantiu a segurança alimentar tanto para o Brasil quanto para mercados globais. Seguimos adaptando nossas práticas para enfrentar as mudanças climáticas e preservar a biodiversidade, contribuindo significativamente para a segurança alimentar global”, afirmou Neto. No dia 17 de janeiro, o secretário participou de um painel organizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), onde apresentou tecnologias e estratégias empregadas pelo Brasil para promover uma bioeconomia sustentável. O evento também explorou semelhanças e diferenças entre abordagens de bioeconomia em diferentes países, promovendo parcerias globais. Discussões estratégicas e parcerias Na sequência, Neto participou de uma mesa-redonda com ministros agrícolas de outros países, abordando temas como a presidência do Brasil no G20, a Iniciativa sobre Bioeconomia e a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Ele também destacou os preparativos do Brasil para a COP 30, reafirmando o protagonismo brasileiro em sustentabilidade e segurança alimentar. A comitiva brasileira incluiu representantes do Mapa, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Além disso, houve discussões bilaterais com o ministro da Agricultura do Congo sobre parcerias na cultura do milho, fortalecendo a cooperação internacional. Fonte: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/em-berlim-o-mapa-reforca-compromisso-com-o-desenvolvimento-de-uma-bioeconomia-sustentavel-e-transformadora

  • AgroTech Expo 5.0: Inovação e Tecnologia na Agricultura

    O AgroTech Expo 5.0, realizado na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP), é um evento que se destaca como um ponto de encontro essencial para profissionais e empreendedores do agronegócio. Evento contará com a participação de especialistas em diversas áreas. Imagem: fealq. Com foco em inovação, tecnologia e sustentabilidade, o evento promete apresentar as mais recentes tendências e soluções que estão moldando o futuro da agricultura. A programação do AgroTech Expo 5.0 inclui palestras de especialistas renomados sobre agricultura digital, inteligência artificial e práticas sustentáveis. Os participantes poderão se aprofundar em tópicos como agricultura de precisão e inovações tecnológicas que estão transformando o setor agrícola. Além disso, o evento contará com workshops práticos, permitindo que os participantes aprendam e apliquem diretamente as tecnologias apresentadas. Programação Dia 23 de janeiro – Quinta-feira 08h30 – Inovações Tecnológicas no Campo Prof. Leonardo Menegatti – Inceres 09h30 – Agricultura de Precisão Prof. Lucas R. Amaral (UNICAMP) 10h30 – COFFEE BREAK 10h50 – Sensoriamento Remoto Prof. Dr. Peterson Ricardo (ESALQ/USP) 11h50 – Mesa Redonda 12h30 – ALMOÇO 14h10 – Soluções Sustentáveis e Tecnológicas Horácio Aparecido Lucio 15h10 – Robótica – Automação Completa Palestrante PWC 16h10 – COFFEE BREAK 16h30 – Cadeia Produtiva Local da Associação das Empresas de Tecnologia de Piracicaba e região: O impulso para o futuro e inovação. Mesa Redonda Dia 24 de janeiro – Sexta-feira 08h30 – Inovação no agro: transformando o campo com tecnologias e soluções inteligentes MOSAIC: Samara de Abreu e Mariana Moreau 09h30 – Empreendedorismo e Inovação na ESALQ/USP: Como criar sua Startup na Graduação com o apoio da Agência USP de Inovação (AUSPIN) Prof. Dr. Mateus Gerolamo e Dr. Jamil Farkatt ( Agência USP de Inovação e ESALQ) 10h30 – COFFEE BREAK 10h50 – Tecnologia Isobus Alessandro Zagui – Fortron 11h50 – Mesa Redonda 12h30 – ALMOÇO 14h10 – Startups e Inovação no Agronegócio Leonardo Alengoni e José Tomé 15h10 – Smart Sensing Brasil Marcos Ferraz *Programação e palestrantes sujeitos à alteração. 📅 Data: 23 e 24 de janeiro de 2025 📍 Local: Presencial no Pavilhão da Engenharia (ESALQ/USP) ou online. Fonte: https://fealq.org.br/eventos/agro-tech-expo-2024/

  • Agência de Inovação Britânica e STAC Avançam em Parceria para Agricultura Sustentável

    Na última terça-feira, representantes do Innovate UK e do Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC), vinculado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), se reuniram em Piracicaba para discutir iniciativas do programa Climate-Smart Agriculture Partnership. STAC e Innovate UK discutem projetos de colaboração em agricultura. Foto: Alexandre Queiroz O encontro, realizado no PwC Agtech Innovation Hub, contou com a participação de pesquisadores e gestores das duas instituições. A reunião teve como foco principal a promoção de sinergias no desenvolvimento de tecnologias para uma agricultura sustentável e adaptada às mudanças climáticas. A comitiva britânica, composta pelos doutores Pedro Carvalho - especialista em transferência de conhecimento em plantas e culturas - e Joanna Scales - responsável pelo Climate-Smart Agriculture Partnership - está em missão no Brasil, para criar conexões com os principais stakeholders, promover a conscientização sobre o programa e ampliar o conhecimento da equipe sobre os sistemas agroalimentares brasileiros com o objetivo de apoiar atividades futuras. Sistemas de Irrigação e Conectividade Rural foram os principais temas abordados na reunião. Foto: Alexandre Queiroz O Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC) foi representado por seu Coordenador - Prof. Durval Dourado Neto - que apresentou as linhas de pesquisa do Centro de Estudos, bem como os principais resultados obtidos, com ênfase nos Programas de Agricultura Irrigada e de Conectividade Rural. O encontro contou ainda com a participação do Dr. Marco Antônio Tavares Rodrigues (Pesquisador Associado do STAC) e do Sr. Lucas Magro Koren (Diretor de Estratégias e P&D da empresa IMBR Agro). O evento aconteceu nas dependências da PwC Agtech Innovation Hub. Créditos: epocanegocios O evento foi organizado com o apoio do Science and Innovation Network do Governo Britânico, que viabilizou a agenda e a logística dos representantes do Innovate UK. O PwC Agtech Innovation Hub, localizado na Reserva Jequitibá em Piracicaba, foi escolhido como cenário para as discussões, devido à sua infraestrutura voltada para o fomento à inovação no setor agrícola. A parceria promete gerar impactos significativos no avanço de soluções climáticas para a agricultura tropical, com vistas a um acordo trilateral entre Reino Unido, Brasil e África. O objetivo desse programa é incentivar colaborações e permitir a troca de conhecimento, a fim de desenvolver tecnologias que promovam uma agricultura sustentável nos países africanos participantes. O Brasil, como líder em produção agrícola global, desempenha um papel crucial na implementação de tais práticas agrícolas.

  • Internet via Satélite Transforma a Conectividade no Meio Rural Brasileiro

    Uma das principais iniciativas nesse cenário oferece uma solução robusta e acessível para produtores rurais, promovendo inclusão digital e modernização das práticas agrícolas. Um dos pilares da economia nacional, o agronegócio, tem se beneficiado com o avanço das tecnologias no meio rural - Créditos: Freepik. A conectividade em áreas remotas está se tornando uma realidade no Brasil, graças à expansão de tecnologias de internet via satélite. A nova promoção no setor, que oferece descontos expressivos nos equipamentos de instalação, visa tornar essa tecnologia ainda mais acessível. Crescimento e Impacto no Agronegócio Nos últimos anos, a conectividade via satélite ganhou destaque como alternativa eficiente para regiões onde a infraestrutura terrestre é limitada ou inexistente. A tecnologia impulsionou o crescimento de acesso em áreas isoladas, alcançando significativa participação no mercado brasileiro. Este avanço beneficia diretamente o agronegócio, um dos pilares da economia nacional, ao integrar propriedades rurais à era digital. Com a popularização dessa tecnologia, pequenos e médios produtores conseguem competir em pé de igualdade com grandes fazendas, utilizando ferramentas que antes eram exclusivas de grandes empresas. Entre as vantagens destacam-se: Monitoramento de Precisão:  Sensores avançados permitem a gestão eficiente dos recursos naturais, otimizando o uso de água, fertilizantes e defensivos agrícolas. Gestão em Tempo Real:  A conectividade possibilita que os produtores acompanhem operações agrícolas remotamente, ajustando estratégias de forma dinâmica. Decisões Baseadas em Dados:  Acesso facilitado a informações meteorológicas e de mercado permite maior assertividade no planejamento das atividades rurais. Sustentabilidade e Produtividade:  Sistemas integrados auxiliam no manejo sustentável do solo e na redução de custos operacionais, aumentando a produtividade. Tecnologia "Direct-to-Cell" : Internet para Celulares em Áreas Remotas Uma inovação importante é o desenvolvimento de sistemas que conectam diretamente celulares convencionais à rede via satélite, eliminando a necessidade de infraestrutura terrestre. Essa tecnologia oferece cobertura em regiões anteriormente inalcançáveis, expandindo ainda mais os benefícios para a população rural. Direct-to-cell : sistemas que conectam diretamente celulares convencionais à rede via satélite. - Créditos: Freepik. Facilidade de Instalação A instalação do sistema foi simplificada, permitindo que o próprio produtor configure o equipamento rapidamente. Com um aplicativo dedicado, o usuário pode posicionar a antena, conectar os cabos e ativar a conexão em poucos minutos. Investimentos Governamentais e Educação Além de atender às necessidades do agronegócio, a tecnologia de internet via satélite tem sido utilizada para conectar escolas em áreas isoladas, promovendo inclusão digital e oportunidades educacionais. Recursos oriundos de leilões de tecnologia, como o 5G, têm sido alocados para projetos de expansão da conectividade rural, reforçando a infraestrutura necessária para integrar comunidades remotas. Transformação Digital no Campo Esses avanços consolidam a tecnologia via satélite como uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento sustentável do meio rural. Propriedades conectadas podem explorar novas oportunidades de mercado, melhorar a gestão de recursos e contribuir para o crescimento do agronegócio brasileiro. Fonte: https://www.comprerural.com/starlink-de-elon-musk-e-lider-no-brasil-e-faz-mega-promocao-para-produtor-rural/

  • Práticas Sustentáveis Podem Gerar US$ 10 Trilhões em Negócios nos Próximos Anos

    A implementação imediata de ações sustentáveis possui o potencial de movimentar até US$ 10 trilhões na economia global até 2030, além de gerar aproximadamente 295 milhões de empregos. Preservar nossas riquezas naturais pode ser uma tarefa de casa lucrativa. Foto: Freepik Essa conclusão é derivada de relatórios recentes da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), divulgados após sua 11ª Plenária em Windhoek, Namíbia. Os documentos enfatizam a necessidade de mudanças sistêmicas e da integração de políticas públicas para proteger a biodiversidade, a saúde e os recursos essenciais. A inação diante desses desafios pode resultar em prejuízos superiores ao dobro dos benefícios estimados. Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos - Fonte: ipbes.net Um dos relatórios destaca seis abordagens complementares para promover transformações sistêmicas, incluindo o empoderamento de grupos marginalizados, a integração de conhecimentos científicos e tradicionais, avanços tecnológicos e a transformação de valores pessoais. Além disso, ressalta-se a importância de reconectar as populações urbanas à natureza, considerando que 75% da população mundial reside em áreas urbanas. Outro relatório, intitulado "Assessment Report on the Interlinkages Among Biodiversity, Water, Food and Health", reforça a interdependência entre biodiversidade, saúde, água e alimentação. Especialistas apontam que políticas públicas integradas são essenciais para enfrentar desafios climáticos e sociais de forma eficaz. Os relatórios da IPBES sugerem que a adoção de um novo modelo econômico, centrado na sustentabilidade e equidade, é fundamental para recuperar serviços ecossistêmicos e promover oportunidades de desenvolvimento mais justas. Estudos recentes indicam que empresas comprometidas com ações socioambientais apresentam retornos financeiros significativamente superiores aos de seus concorrentes menos engajados. Uma pesquisa conduzida pela Humanizadas (spin-off da Universidade de São Paulo, pioneira e referência em Inteligência de Dados para Negócios Sustentáveis) revelou que as empresas classificadas como "Melhores para o Brasil" (MPB), que adotam práticas ESG de forma integrada, registraram um retorno financeiro acumulado de 280%. A atual mudança de paradigma sugere que a integração de práticas menos agressivas ao ambiente, principalmente no mundo corporativo, não é apenas uma tendência passageira, mas uma estratégia sólida para implementar atitudes sustentáveis de fato. Fonte: Ações sustentáveis imediatas podem gerar dez trilh... | VEJA

  • Inteligência Artificial Detecta Estresse Hídrico e Otimiza Irrigação na Agricultura

    Pesquisadores da Embrapa Agroindústria Tropical (CE) desenvolveram um dispositivo autônomo de baixo custo para monitorar o estresse hídrico em plantas. A tecnologia, que utiliza inteligência artificial (IA) para interpretar dados, promete otimizar o manejo da irrigação, aumentando a eficiência hídrica e reduzindo custos para pequenos e médios agricultores. Dispositivo autônomo de baixo custo para o sensoriamento do estresse hídrico das plantas. Fonte: agenciagov.ebc.com.br Como Funciona a Tecnologia O dispositivo mede a temperatura das folhas , um indicador crucial do estresse hídrico das plantas, utilizando sensores conectados a sistemas que analisam dados climáticos e de radiação solar. O sistema de monitoramento inclui: Sensor de temperatura das folhas : Mede a temperatura das folhas usando termistores de precisão. Psicrômetro aspirado : Registra temperatura e umidade do ar. Piranômetro : Avalia a incidência de radiação solar. Os dados são transmitidos em tempo real via protocolos de comunicação de baixo consumo de energia (LoRa ou Wi-Fi). Com essas informações, o sistema determina automaticamente a necessidade de água das plantas e aciona dispositivos de irrigação, prevenindo o desperdício de recursos. Benefícios e Impacto A tecnologia apresenta várias vantagens: Redução de custos : Desenvolvido com componentes acessíveis, o dispositivo é projetado para ser financeiramente viável para pequenos produtores. Eficiência hídrica : Automatiza o manejo da irrigação, reduzindo o desperdício e os impactos ambientais. Aumento da produtividade : Evita danos causados pelo estresse hídrico, garantindo a saúde das plantas e melhores rendimentos agrícolas. O pesquisador Cláudio Carvalho, da Embrapa, destaca que o uso da IA para identificar padrões em dados de sensoriamento é um avanço inédito: “Embora os efeitos da deficiência de água sejam conhecidos, a aplicação de IA nesse contexto é uma inovação que melhora a precisão do manejo.” O sistema de sensoriamento desenvolvido é composto por três dispositivos: sensor de temperatura das folhas, psicrômetro aspirado e piranômetro. Fonte: agenciagov.ebc.com.br Validação em Campo O dispositivo foi testado no cultivo experimental de milho da variedade BRS Gorutuba em Pacajus, Ceará. As plantas foram monitoradas em condições controladas, com sensores medindo temperatura, umidade e radiação solar. Os resultados confirmaram a capacidade do sistema de detectar estados de hidratação e déficit hídrico, viabilizando ajustes automáticos na irrigação. Parcerias e Próximos Passos A iniciativa é uma parceria entre a Embrapa, a Universidade Federal do Ceará (UFC) , o Instituto Atlântico e a empresa cearense 3V3 Tecnologia . A expectativa é que o dispositivo esteja disponível comercialmente nos próximos dois anos. A professora Atslands Rocha, da UFC, explica: “Estamos desenvolvendo uma versão mais avançada do hardware e expandindo o banco de dados para melhorar os modelos de IA.” Reconhecimento e Premiação O estudo foi premiado no 44º Congresso da Sociedade Brasileira de Computação , na categoria “Best Paper” , destacando-se por sua contribuição à gestão de recursos naturais. Para mais informações, acesse o artigo: “ Aplicação de sensores de baixo custo no suporte à tomada de decisão em irrigação de precisão .” Fonte: https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202408/inteligencia-artificial-analisa-temperatura-folhas-identifica-necessidade-agua

  • USP é a 5ª Universidade Mais Sustentável do Mundo e Líder na América Latina

    A Universidade de São Paulo (USP) conquistou a quinta posição no ranking mundial de universidades mais sustentáveis de 2024, consolidando-se como a melhor da América Latina. O anúncio foi feito durante o seminário internacional sobre economia circular e desenvolvimento sustentável, promovido pela GreenMetric, realizado na sede da Reitoria da USP. USP lidera ranking de universidades na América Latina. Foto: Estadão. Reconhecimento Global e Avanços O UI GreenMetric World University Ranking 2024 , que avaliou 1.477 instituições de 95 países, coloca a USP à frente de todas as universidades latino-americanas. A instituição subiu três posições em relação à edição anterior, alcançando um total de 9.450 pontos de 10.000 possíveis. Entre as instituições globais, as melhores colocadas foram a Universidade de Wageningen (Holanda), Universidade Nottingham Trent (Reino Unido), Universidade de Groningen (Holanda) e Universidade College Cork (Irlanda). O Ranking começou em 2010 com 95 universidades participantes. Atualmente mais de 1000 instituições concorrem. Fonte: greenmetric.ui.ac.id Outras instituições latino-americanas destacadas incluem: Universidad Autónoma de Nuevo León (México) , 16ª posição. Universidad del Rosario (Colômbia) , 30ª posição. Universidade Federal de Lavras (Brasil) , 35ª posição. Critérios de Avaliação O ranking considera uma ampla gama de critérios relacionados à sustentabilidade, como: Infraestrutura e áreas verdes . Gestão de resíduos e uso eficiente de recursos hídricos . Consumo energético, pegada de carbono e ações contra mudanças climáticas . Educação, políticas e pesquisa voltadas à sustentabilidade . A vice-reitora da USP, Maria Arruda, recebe o prêmio da coordenadora do ranking, Riri Fitri Sari (GreenMetric). Foto: Marcos Santos / USP Imagens Sustentabilidade e Excelência A vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda , destacou a importância do resultado, reafirmando o compromisso da universidade com práticas sustentáveis: “A excelência acadêmica pressupõe uma universidade sustentável e inclusiva. Este é o tripé da nossa gestão. Nosso objetivo é continuar avançando no ranking.” A cerimônia contou com a presença de Riri Fitri Sari , professora da Universidade da Indonésia e coordenadora do GreenMetric, que entregou à USP a placa alusiva à conquista. Ao todo, 42 universidades brasileiras entraram na lista, oito a mais do que na edição passada. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aparece na 179ª posição; a Universidade Federal do Rio de Janeiro, na 303ª; e Universidade de Brasília (UnB), na 370ª. Fonte: https://jornal.usp.br/institucional/a-usp-e-a-quinta-universidade-mais-sustentavel-do-mundo-segundo-ranking-greenmetrics/

  • Recuperação de Vegetação Nativa Contribui Para Incremento de R$ 4 Bilhões Anuais no Agro de São Paulo

    Uma pesquisa inédita desenvolvida pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) revelou que a restauração de vegetação nativa próxima às áreas de cultivo agrícola pode gerar um incremento anual de R$ 4,2 bilhões na produção agrícola paulista. Este aumento está diretamente relacionado aos serviços de polinização promovidos por abelhas, que aumentam a produtividade, o tamanho e a qualidade dos frutos. Os agricultores podem ter ganhos bilionários com restauração ecológica. Foto: Ecolitoral Impacto Econômico por Cultura O estudo, que integra o projeto Biota Síntese, detalhou os ganhos potenciais em diversas culturas agrícolas: Soja : R$ 1,4 bilhão/ano. Laranja : R$ 1 bilhão/ano. Café : R$ 660 milhões/ano. Culturas permanentes (goiaba, abacate, manga) : R$ 280 milhões/ano. Culturas temporárias (tomate, amendoim, feijão) : R$ 820 milhões/ano. Além do aumento econômico, os pesquisadores destacaram melhorias significativas na qualidade dos produtos devido à maior frequência de visitas de polinizadores às flores. Colaboração Multissetorial Núcleo de Análise e Síntese de Soluções Baseadas na Natureza - Fonte: biotasintese.iea.usp.br O projeto Biota Síntese, coordenado pela Semil, USP, Unicamp e outras instituições, promove a integração entre ciência e políticas públicas. Os resultados foram apresentados no Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) e reforçam a importância dos serviços ecossistêmicos para a economia e a biodiversidade. Eduardo Moreira, pesquisador da USP e coautor do estudo, exemplificou o impacto das abelhas: “Elas vivem nas matas nativas, saem para buscar alimento nas flores das lavouras, polinizando-as e aumentando a produção.” Carlos Joly, professor emérito da Unicamp e coordenador do Biota Síntese, ressaltou que serviços ecossistêmicos, muitas vezes invisíveis, são fundamentais: “Esses serviços silenciosos da biodiversidade são essenciais para a sustentabilidade.” Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) Outro destaque do evento foi a apresentação de diretrizes para o fortalecimento de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) , como: PSA Juçara , Guardiões das Florestas  e Mar sem Lixo . Casos de sucesso como o Projeto Conexão Mata Atlântica  e o Crédito Ambiental Paulista . Patrícia Ruggiero, pesquisadora da USP, enfatizou o impacto social e ambiental do PSA: “Além de conservar áreas naturais, os PSAs aumentam a renda dos prestadores de serviços ambientais e fortalecem a relação entre comunidades e a gestão pública.” O projeto recebeu incentivo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) , que destinou R$ 4,3 milhões às pesquisas. Fonte: https://agricultura.sp.gov.br/b/estudo-de-sao-paulo-estima-ganho-potencial-de-r-4-bilhoes-anuais-para-o-agro-paulista

  • USP Expande Rede de Centros de Pesquisa com Iniciativa Direcionada ao Clima e a Sustentabilidade

    A Universidade de São Paulo (USP) anunciou a criação do Centro de Pesquisa e Inovação em Clima e Sustentabilidade, denominado USPproClima. A iniciativa, aprovada pelo Conselho Universitário em 10 de dezembro, buscará avanços científicos e tecnológicos voltados para mudanças climáticas e emergência ambiental. USP terá centro de pesquisa voltado para inovação em clima e sustentabilidade – Fotomontagem de Jornal da USP com imagens de Reprodução/USP e Wirestock/Freepik Objetivos e Áreas de Pesquisa O USPproClima, vinculado à Reitoria, terá cinco áreas principais de atuação: Gerenciamento de carbono e soluções baseadas na natureza; Prevenção de desastres ambientais; Sustentabilidade ambiental, social e governança corporativa (ESG); Economia circular; e Gestão de resíduos sólidos e geração de energia renovável . A proposta inclui o uso de sistemas inovadores, como biodigestores, que transformam resíduos orgânicos em energia. Relevância e Estrutura Segundo o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior , a criação do centro reflete o compromisso da USP em consolidar sua atuação em sustentabilidade. Exemplos desse empenho incluem a implementação de energia fotovoltaica na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), que prevê gerar 25% da energia consumida pela unidade. O centro será sediado no prédio do Centro de Difusão Internacional (CDI), no campus da USP na capital paulista. Contará com conselheiros renomados, como a ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira , e especialistas internacionais. Coordenação e Parcerias A superintendente de Gestão Ambiental da USP, Patrícia Iglecias , coordenará o projeto. “A USP, reconhecida como a única universidade brasileira entre as 100 melhores do mundo, reforça seu papel de inovação em sustentabilidade com esse novo centro” - registrou a Coordenadora do USPproClima. Patrícia Iglecias é Livre Docente na Faculdade de Direito (FD) da USP e foi Secretária do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Fonte: Wald, Antunes, Vita e Blattner Advogados Além disso, o USPproClima integrará um grupo de outros oito centros de estudos criados pela universidade, como o Centro de Estudos Amazônia Sustentável (Ceas) e o Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC). Esses centros enfatizam a multidisciplinaridade, reunindo pesquisadores de diversas áreas e regiões. Impacto Com a criação do USPproClima, a USP se consolida como referência no desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis, visando influenciar positivamente o cenário climático global e fortalecer sua posição de destaque em rankings de sustentabilidade. Fonte: https://jornal.usp.br/institucional/usp-tera-centro-de-pesquisa-voltado-para-inovacao-em-clima-e-sustentabilidade/

  • Agricultura Regenerativa: Um Caminho Tropical para Solos Vivos e Sustentáveis

    A agricultura regenerativa está emergindo como uma abordagem inovadora no Brasil, com o potencial de transformar a saúde do solo e promover práticas mais sustentáveis. Esse modelo vai além da sustentabilidade tradicional, focando na regeneração ativa e funcional do solo. A agricultura regenerativa tem demonstrado impactos positivos tanto econômicos quanto ambientais. Fonte: ABREFEN Um Novo Paradigma no Campo Eduardo Martins, presidente do Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS), destaca que a regeneração não é apenas um conceito, mas uma prática operacional. “A sustentabilidade projeta ações para o futuro, enquanto a regeneração atua no presente. O solo é o alicerce dessa filosofia”, afirmou Martins, que também é biólogo e mestre em ecologia. O cuidado com o solo como um organismo vivo é central para a produtividade e a longevidade agrícola. Eduardo Martins - Diretor no Grupo Associado de Agricultura Sustentável - GAAS. Fonte: ABREFEN Práticas Regenerativas em Foco Entre as técnicas promovidas pela agricultura regenerativa, destacam-se o plantio direto, a rotação de culturas e a redução drástica no uso de insumos químicos. Essas práticas, adaptadas a problemas locais, têm gerado resultados impressionantes, como maior produtividade mesmo sob condições climáticas desafiadoras. Segundo Martins, o modelo "traz a agroecologia para a escala industrial, colocando o Brasil na liderança global dessa transformação". Biofábricas e Insumos On Farm Uma das inovações mais promissoras do modelo é a produção de insumos biológicos diretamente nas fazendas. Biofábricas permitem a multiplicação de microrganismos locais, adaptados à biodiversidade da região, com redução de custos em até 50%. Martins enfatiza, entretanto, a necessidade de regulamentação para garantir eficiência e segurança. “Boas práticas e responsabilidade técnica são indispensáveis para expandir a produção biológica com qualidade", ressalta o Pesquisador. Benefícios Econômicos e Climáticos A agricultura regenerativa tem demonstrado impactos positivos tanto econômicos quanto ambientais. Produtores que adotaram o modelo relataram significativa redução no uso de agroquímicos e maior resiliência a condições climáticas extremas, como longos períodos de seca. Solos vivos, ricos em matéria orgânica, oferecem maior retenção de água e estabilidade produtiva, fatores essenciais em tempos de mudanças climáticas. A Escala do Futuro Com mais de 1.300 agricultores e 200 consultores envolvidos no GAAS, a agricultura regenerativa está ganhando força no Brasil. Martins acredita que o país tem a oportunidade de se posicionar como líder em práticas sustentáveis e de baixo carbono, atendendo às crescentes demandas de mercados globais. “O regenerativo tropical é a chance de revermos nossas bases e conquistarmos mercados que exigem práticas agrícolas avançadas e carbono negativo,” concluiu. Esse movimento reforça a posição do Brasil como um importante player na transição para uma agricultura sustentável e regenerativa, destacando a inovação tropical como um modelo para o futuro global. Confira a entrevista completa em: AGRICULTURA REGENERATIVA, COM EDUARDO MARTINS | PLANETA CAMPO TALKS

  • Ruy Caldas: Trajetória de superação e conquistas

    A história de Ruy de Araújo Caldas é marcada pela superação de barreiras sociais e de saúde, desde sua infância em Paracatu, Minas Gerais, até sua ascensão como referência nacional em bioquímica vegetal. Ruy de Araújo Caldas. Fonte: Revista Pesquisa FAPESP Caldas, hoje com 84 anos, conquistou renome na ciência brasileira e atuou como gestor em ciência e tecnologia, conciliando sua vida acadêmica com atividades rurais. Superando Obstáculos na Educação Caldas nasceu em uma família humilde na zona rural. Incentivado pela mãe, que era professora, ele deu os primeiros passos na educação em uma escola rural improvisada. Quando precisou cursar o ginásio, enfrentou dificuldades, mas foi motivado por familiares e professores. Inspirado por mestres como Jorge Abreu, historiador, e Walter Brune, químico, Caldas descobriu sua paixão pelo conhecimento e mudou o rumo de sua vida acadêmica. Formação Acadêmica e Primeiros Passos na Pesquisa Caldas graduou-se em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Viçosa e, mais tarde, aprofundou-se em bioquímica vegetal com um doutorado na Universidade Estadual de Ohio, EUA. Durante seus estudos, trabalhou com a nutrição mineral de plantas e participou de projetos inovadores que envolviam cultura de tecidos vegetais e metabolismo nitrogenado. Carreira Acadêmica no Brasil De volta ao Brasil, Ruy Caldas iniciou sua carreira na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) e posteriormente transferiu-se para a Universidade de Brasília (UnB), onde desenvolveu estudos sobre doenças endêmicas, como a de Chagas, motivado pelo diagnóstico da doença em si mesmo. Ele liderou projetos que combinavam inovação científica e práticas educativas, formando várias gerações de pesquisadores. Contribuições na Gestão e Ciência Na década de 1980, Caldas expandiu sua atuação para a gestão de ciência, ajudando a criar centros de biotecnologia e promovendo a interação entre pesquisa acadêmica e setor privado. Foi um dos pioneiros na formulação de políticas para inovação no Brasil, como a Lei de Inovação, que conectou pesquisa científica com desenvolvimento industrial. Vida Rural e Compromisso Ambiental Apesar da trajetória acadêmica, Caldas nunca se desligou da vida rural. Como pecuarista e cafeicultor, ele manteve uma relação próxima com o Cerrado brasileiro. Crítico do desmatamento acelerado e da falta de consciência ambiental, defendeu práticas sustentáveis que conciliam preservação e produção agrícola. Legado Após sua aposentadoria em 1994, Caldas continuou contribuindo com o ensino superior em diversas instituições, estruturando programas de pós-graduação e promovendo avanços em biotecnologia. Seu legado inclui não apenas inovações científicas, mas também a formação de uma geração de pesquisadores preparados para enfrentar desafios futuros. Ruy de Araújo Caldas é exemplo de como a determinação e a paixão pela ciência podem superar adversidades e transformar a realidade. Sua jornada é inspiradora para novas gerações de cientistas e profissionais dedicados a construir um futuro sustentável. Fonte: https://revistapesquisa.fapesp.br/ruy-caldas-do-grande-sertao-a-bioquimica-vegetal/

  • Empresa remunera produtores por promover a agricultura regenerativa

    O consórcio Reg.Ia, lançado em agosto de 2024, reúne gigantes do setor como Bayer, BRF e Agrivalle, além de pesquisadores e organizações agrícolas, para incentivar práticas que restauram a saúde do solo e reduzem impactos ambientais. Empresas visam fomentar Agricultura Regenerativa premiando produtores. Foto: Lamyai - Gettyimages A goiana Milhão Ingredients, referência na produção e industrialização de milho não transgênico, deu mais um passo em direção à sustentabilidade ao oficializar sua adesão ao consórcio Reg.Ia , primeiro Consórcio de Agricultura Regenerativa da América Latina, cujo principal objetivo é fomentar a adoção de práticas de agricultura regenerativa em fazendas localizadas na América Latina, através de esforços conjuntos de diversos atores da cadeia produtiva, para valorizar essa produção no mercado. Os produtores cadastrados no programa da Milhão já recebem um adicional de R$ 4 por saca acima do valor praticado no mercado local. Agora, com a agricultura regenerativa, o incentivo ganha um acréscimo de 2% no prêmio. Segundo Leandro Carneiro, CEO e sócio-fundador da Milhão, a estratégia beneficia tanto o meio ambiente quanto os negócios. “Fomentar a agricultura regenerativa é bom para o país e para o negócio”. - CEO da Milhão Ingredients. Crescimento e inovação Com faturamento de R$ 700 milhões em 2023 e projeção de R$ 800 milhões para este ano, a Milhão avança na expansão de sua capacidade produtiva. A entrada da Amaggi como sócia, com a compra de 50% das ações em fevereiro de 2024, trouxe recursos para aquisições estratégicas, incluindo uma unidade industrial da Louis Dreyfus Company (LDC) em Rio Verde (GO), que dobrou sua capacidade produtiva para 60 mil toneladas mensais. Em Goianira (GO), a empresa investiu R$ 60 milhões na inauguração da única planta de produção de óleo de milho não transgênico da América Latina. A decisão de manter o foco em produtos não transgênicos foi estratégica, como aponta Rafael Mendanha, gerente de sustentabilidade: “Optamos por continuar no negócio que conhecemos”. Mercado diversificado e sustentável Com uma carteira de 40 produtos, a Milhão atende grandes empresas como Nestlé, Kellog’s e Heineken, além de setores como pet food, farmacêutico e fertilizantes. Exportando para 67 países, a empresa conquistou 15% de seu faturamento no mercado externo. Recentemente, ampliou as exportações de milho em grãos para a Europa, com previsão de embarcar 80 mil toneladas em 2024. Milhão oferece armazenamento para grãos de produtores da região. Fonte: nutrimosaic.com.br No Brasil, a empresa colabora com 200 produtores que cultivam milho não transgênico em 40 mil hectares, principalmente em Goiás. A meta é ambiciosa: alcançar 65 mil hectares em 2025 e 100 mil hectares em poucos anos. Para facilitar a adesão dos produtores, a Milhão disponibiliza silos e armazéns sem custos adicionais, exigindo apenas a garantia de venda. Reconhecimento do potencial agrícola goiano O CEO Leandro Carneiro destaca as condições únicas de Goiás para o cultivo de milho de alta qualidade, sem proliferação de micotoxinas, devido ao clima favorável. “O cereal produzido em Goiás é o melhor do mundo, e o mercado reconhece o valor desse produto.”, afirma Leandro Carneiro. Para saber mais, acesse: https://globorural.globo.com/especiais/fazenda-sustentavel/noticia/2024/11/empresa-pagara-premios-para-graos-de-producao-regenerativa.ghtml

  • IA no Campo: Centro de Ciências Ligado à FAPESP Desenvolve Plataforma Para Otimizar o Manejo Agrícola

    A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) anunciou a criação da plataforma Smart B100, uma ferramenta baseada em inteligência artificial (IA) generativa que oferecerá recomendações personalizadas sobre manejo de solo e adubação, considerando as especificidades de cada cultura e região. O Centro de Ciência para o Desenvolvimento Smart B100 é uma das 21 iniciativas estratégicas da FAPESP. Fonte: FAPESP Produtores rurais de São Paulo terão acesso a uma nova tecnologia que promete revolucionar a produtividade agrícola e promover práticas sustentáveis no campo. Desenvolvida pelo Centro de Ciência para o Desenvolvimento Smart B100 (CCD SB100) , a iniciativa conta com o apoio do Instituto Agronômico (IAC) e diversas instituições de ensino e pesquisa, como a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a USP/Esalq. Tecnologia Alimentada por Dados do Boletim 100 A plataforma Smart B100 será baseada no vasto banco de dados do Boletim 100, uma publicação tradicional do IAC que reúne informações detalhadas sobre adubação e calagem do solo. O sistema integrará métricas científicas como saúde do solo, ciclo de carbono e respostas fisiológicas das plantas, além de orientações sobre o uso de fertilizantes e bioinsumos. Segundo o pesquisador Dirceu Mattos Jr., responsável pelo CCD SB100, a ferramenta busca fornecer conhecimento de forma rápida, segura e prática. Dirceu de Matos Junior - Pesquisador Responsável pelo Centro de Ciência para o Desenvolvimento Smart B100 (FAPESP) - Fonte: youtube.com “Com foco inicial nas culturas de citros e cana-de-açúcar, a plataforma ajudará produtores a tomar decisões mais eficientes e reduzir desperdícios.”- mencionou o pesquisador. Parcerias Estratégicas e Ampla Abrangência O projeto reúne diversas instituições e é apoiado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Além do desenvolvimento da plataforma, o CCD SB100 criará índices de decisão multicritério para orientar a escolha de insumos agrícolas, otimizando o uso de fertilizantes, aumentando a produtividade e reduzindo impactos ambientais. Benefícios da Inteligência Artificial para o Agronegócio Ao combinar ciência de dados, IA e práticas agrícolas tradicionais, o Smart B100 tem o potencial de transformar o agronegócio paulista. A adoção de práticas mais criteriosas no uso de insumos e a integração de conhecimento científico ao dia a dia do campo podem aumentar a competitividade dos produtores no mercado global. “Essa iniciativa integra tecnologia e ciência para gerar ganhos em eficiência e sustentabilidade”, reforça Mattos Jr. Impacto Estratégico no Desenvolvimento Rural e Econômico O CCD SB100 é uma das 21 iniciativas estratégicas da Fapesp, que busca aplicar tecnologia em áreas como saúde, energia, segurança pública e meio ambiente. No agronegócio, o projeto se destaca pela capacidade de levar inovação diretamente ao campo, fomentando o desenvolvimento econômico e rural do estado de São Paulo. Com a Smart B100, produtores terão uma ferramenta essencial para adotar práticas agrícolas mais inteligentes e sustentáveis, contribuindo para um futuro mais eficiente e competitivo. Fontes: Agência FAPESP e Última Hora MT

  • Brasil Investe R$ 546,6 Bilhões em Cadeias Agroindustriais Sustentáveis

    O Governo Federal anunciou um investimento de R$ 546,6 bilhões voltado ao fortalecimento das cadeias agroindustriais sustentáveis no Brasil. Nova Indústria Brasil, Mapa e Petrobras assinaram Protocolo de Intenção para fortalecer a produção e o desenvolvimento de fertilizantes e insumos para nutrição de plantas. Foto: Ricardo Stuckert/PR. O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o evento da Nova Indústria Brasil (NIB), no Palácio do Planalto, em Brasília. O programa busca melhorar a qualidade de vida, estimular o desenvolvimento tecnológico e produtivo, gerar empregos e expandir a presença do Brasil no mercado global. Detalhes do Investimento Dessa quantia, R$ 250,2 bilhões serão oriundos de recursos públicos e destinados a linhas de crédito até 2026, enquanto o setor privado prevê aportes de R$ 296,3 bilhões até 2029. A meta de destaque do programa NIB, que engloba essas iniciativas, visa promover cadeias produtivas agroindustriais digitais e sustentáveis para garantir segurança alimentar, nutricional e energética. Metas Estabelecidas Aumentar o crescimento do PIB da agroindústria em 3% ao ano até 2026 e 6% ao ano até 2033; Elevar a mecanização da agricultura familiar para 28% em 2026 e 35% em 2033; e Expandir a tecnificação da agricultura familiar para 43% até 2026 e 66% até 2033. Essas ações incluem o uso de equipamentos e tecnologias avançadas, fundamentais para modernizar o setor. Prioridades e Ações Estratégicas O governo identificou cadeias produtivas prioritárias para alcançar essas metas, como a promoção da agricultura de precisão e o fortalecimento da produção nacional de fertilizantes, biofertilizantes e máquinas agrícolas . Além disso, parcerias com instituições como a Petrobras e a Finep fomentam o desenvolvimento tecnológico e a modernização da infraestrutura. A agricultura de precisão utiliza tecnologias para otimizar a gestão agrícola, aumentar a produtividade e promover a sustentabilidade no uso de recursos naturais. Créditos: chatgpt.com Entre os destaques está o contrato da Finep para a criação da primeira vacina de dose única contra a doença de Glässer em suínos , desenvolvido pela empresa Ouro Fino Saúde Animal, e um projeto da Lar Cooperativa Agroindustrial que explora tecnologias da Indústria 4.0 para aumentar a produtividade no processamento de alimentos. Parcerias e Impacto Econômico A Petrobras assinou um acordo para ampliar a produção de fertilizantes, enquanto o Banco do Nordeste (BNB) financiará uma nova planta de etanol de milho e sorgo em Balsas (Maranhão) com potencial para gerar mais de 350 empregos diretos. Saiba mais, aqui .

  • Senar oferece educação profissional e capacitações para atividades no campo

    O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), vinculado ao Sistema S, atende anualmente, de forma gratuita, milhares de brasileiros no campo, promovendo a qualificação e o aumento da renda, por meio de cursos de formação inicial e continuada presenciais, a distância e híbridos para cerca de 300 profissões nas diversas áreas do agronegócio. Alunos dos cursos oferecidos pelo Senar. Fonte: fdr.com.br O Portal de Educação a Distância do Senar contribui com a formação e a profissionalização das pessoas do meio rural de todo o Brasil, com a oferta de mais de 120 opções de cursos gratuitos, presenciais e a distância, que ampliam o acesso ao conhecimento e abrem oportunidades para o aumento da produtividade, da renda e da qualidade de vida dos brasileiros do campo. O Senar oferece cursos técnicos à presenciais e à distância. Créditos: freepik.com Áreas de atuação com cursos técnicos do Senar Os cursos técnicos oferecidos pelo Senar abrangem diversas áreas estratégicas do setor rural. Atualmente, estão disponíveis cursos em: Técnico em Agricultura: focado na produção sustentável e no manejo eficiente de recursos agrícolas. Técnico em Agronegócio: direcionado para quem quer atuar na gestão e comercialização na cadeia produtiva rural. Técnico em Florestas: capacita profissionais para o manejo florestal sustentável e conservação dos recursos naturais. Técnico em Fruticultura: focado na produção, manejo e comercialização de frutas de qualidade. Técnico em Zootecnia: voltado para o cuidado e manejo de animais de produção, com foco no bem-estar animal e produtividade. Confira os editais de cursos técnicos presenciais e a distância . A plataforma Senar Play oferece uma gama de capacitações gratuitas. Fonte: ead.senar.org.br Além de cursos técnicos profissionalizantes, o Senar oferece capacitações de curta duração, por meio da plataforma Senar Play . Esta conta com mais de 100 capacitações gratuitas, como: Excel Básico ; Drones: conceitos, legislação e operação ; Compostagem para Fertilização Orgânica ; Avaliação Visual da Qualidade do Solo ; Cultivo e Produção de Cana-de-Açúcar ; Educação Ambiental ; Energia Fotovoltaica ; Educação Financeira para o Produtor Rural ; e muito mais!! Não deixe a oportunidade passar: CAPACITE-SE JÁ!

  • Sancionada Lei que Fortalece o Financiamento para Agricultura Familiar

    O presidente sancionou, em 27 de novembro, uma lei que autoriza o uso do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para empréstimos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A medida também prevê um aporte de R$ 500 milhões ao FGO para esta finalidade. O FGO garante parte dos pagamentos das dívidas dos devedores inadimplentes - Foto: Ricardo Stuckert/PR. A assinatura ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar). Facilitação de Crédito e Garantias para Agricultores O FGO funciona como um mecanismo de garantia para os bancos, cobrindo parcelas de empréstimos não pagas. Isso reduz as barreiras para os agricultores familiares, que passam a ter acesso facilitado ao crédito. Segundo Paulo Teixeira, a medida atende a uma necessidade crítica dos pequenos produtores: “O crédito é bom, mas o agricultor muitas vezes não o utiliza porque não tem as garantias necessárias.” Incentivo à Agricultura Familiar Fernando Haddad destacou a importância da agricultura familiar para o desenvolvimento do país. Segundo ele, a iniciativa busca aumentar a produtividade dos pequenos agricultores, que enfrentam dificuldades para competir com o agronegócio. “Com o uso adequado dessas terras, a agricultura familiar poderá assumir um novo protagonismo no campo e no país”, afirmou o Ministro da Fazenda. Dados da Agricultura Familiar no Brasil A agricultura familiar é responsável por 77% dos estabelecimentos agrícolas no Brasil, abrangendo 80,9 milhões de hectares, ou 23% da área total dos estabelecimentos agropecuários. Além disso, emprega quase 70% das pessoas ocupadas na agropecuária e sustenta a economia de 90% dos municípios com até 20 mil habitantes, conforme o Censo Agropecuário de 2017, realizado pelo IBGE. A agricultura familiar representa 77% dos estabelecimentos agrícolas do país e ocupa uma extensão de área de 80,9 milhões de hectares. Créditos: leonardo.ai O Pronaf desempenha papel central nesse contexto, representando a principal fonte de financiamento para os agricultores familiares. Na safra 2023/2024, foram realizadas mais de 1,8 milhão de operações pelo programa, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Essa iniciativa reforça o compromisso do governo com o fortalecimento da agricultura familiar, promovendo sua sustentabilidade e relevância econômica.

  • Bioinsumo de Solubilização de Fósforo da Embrapa Gera R$ 4,2 Bilhões ao Brasil em 5 Anos

    Desde o seu lançamento em 2019, a tecnologia desenvolvida pela Embrapa em parceria com a empresa Bioma, conhecida como BiomaPhos, trouxe ganhos expressivos para o agronegócio brasileiro. O BiomaPhos , um inoculante solubilizador de fosfato, possibilitou um impacto financeiro de R$ 4,2 bilhões devido ao aumento de produtividade nas lavouras, abrangendo mais de 10 milhões de hectares até a safra 2022/2023. Inicialmente aplicado em áreas de milho, o bioinsumo foi expandido para culturas como soja, cana-de-açúcar e feijão. A área de cobertura cresceu significativamente, passando de 228 mil hectares na safra 2018/2019 para quase 4 milhões de hectares em 2022/2023. Estima-se que, na safra 2023/2024, a tecnologia alcance 5 milhões de hectares. Inovação com Baixo Custo de Desenvolvimento Desenvolvido a partir de microrganismos tropicais selecionados, o BiomaPhos apresenta um custo de desenvolvimento de apenas R$ 53,3 milhões, destacando-se como um dos maiores casos de sucesso tecnológico da Embrapa. Segundo a pesquisadora Christiane Paiva, o produto utiliza bactérias do gênero Bacillus que mineralizam o fósforo orgânico presente no solo, tornando-o disponível para absorção pelas plantas. Nas áreas tratadas com BiomaPhos , os resultados são expressivos: aumento médio de 8,9% na produtividade do milho, 14% no caso da cana e 6,5% para a soja. Além disso, observou-se um incremento de 19% na exportação de fósforo para os grãos de milho e 14% para os de soja. Expansão Internacional A solução tecnológica também ganhou espaço no mercado externo. Desde 2022, o produto foi aprovado em 14 estados dos Estados Unidos, incluindo o Cinturão do Milho, e validado em países como Alemanha, Canadá, Argentina e Costa Rica. Testes no exterior demonstraram ganhos médios de produtividade de 17 sacas de milho por hectare e 10 sacas de soja por hectare. Funcionamento e Benefícios O fósforo, um nutriente essencial para as plantas, tem apenas 0,1% de sua quantidade disponível no solo para absorção imediata. O BiomaPhos age para transformar o fósforo inerte em formas utilizáveis pelas plantas por meio da ação de microrganismos que solubilizam compostos como fosfato de cálcio e ferro. Essa técnica promove maior eficiência agronômica, reduzindo a dependência de fertilizantes químicos, um dos grandes desafios do agronegócio brasileiro. Perspectivas Futuras A tecnologia, que levou mais de 19 anos para ser desenvolvida, continua em expansão. Novos testes estão sendo realizados para aplicação em culturas como sorgo, arroz e batata, com potencial para beneficiar ainda mais o setor agrícola. O Brasil, líder no consumo de biofertilizantes, busca consolidar sua posição no mercado global de bioinsumos, alinhado às metas de descarbonização da agricultura. Em 2023, o país já liderava o uso desses produtos, com uma penetração de 36%, superando regiões como União Europeia e China. Com sua eficácia comprovada e alcance crescente, o BiomaPhos representa um marco no uso de biotecnologias para o fortalecimento da agricultura sustentável no Brasil e no mundo. Fontes: Embrapa Canal Rural MAPA

  • Câmara aprova regulamentação que visa reduzir a dependência nacional de insumos agrícolas importados

    A Câmara dos Deputados aprovou, no dia 27/11/2024, a chamada Lei dos Bioinsumos. O projeto, que agora segue para apreciação do Senado, visa regulamentar a produção e o uso de produtos naturais que promovem o crescimento das plantas e a saúde animal. O Projeto de Lei (PL) 658/2021 propõe corrigir lacunas e sobreposições regulatórias, atualmente existentes na legislação, que enquadra os bioinsumos como defensivos agrícolas. Esses insumos utilizam organismos vivos, como bactérias, fungos, algas e resíduos orgânicos, em substituição a fertilizantes e defensivos químicos tradicionais. No Brasil, a soja lidera o uso de bioinsumos, com 55% do total, seguida pelo milho (27%) e pela cana-de-açúcar (12%), de acordo com dados da CropLife Brasil. Segundo o relator do projeto, deputado Sergio Souza (MDB-PR), o texto garante normas claras e não burocráticas, alinhadas às demais regulamentações do setor agropecuário. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) considera a aprovação essencial para resolver conflitos jurídicos envolvendo os bioinsumos produzidos diretamente nas propriedades rurais, os chamados bioinsumos on-farm . Caso o projeto não seja sancionado até janeiro de 2025, esses produtos poderão ser classificados como ilegais, afetando muitos agricultores. Outro ponto destacado foi a dependência brasileira de insumos agrícolas importados. Zé Vitor, autor do Projeto de Lei, afirmou que os bioinsumos são aliados na produção sustentável, favorecendo o manejo integrado de pragas e doenças. Para ele, a regulamentação incentivará ainda mais o uso dessa tecnologia, já difundida em todo o país com resultados promissores. A proposta é vista como uma estratégia para reduzir a dependência de importações e ampliar a adoção de soluções sustentáveis no agronegócio brasileiro. Bioinsumos São o produto, o processo ou a tecnologia de origem vegetal, animal ou microbiana, destinados ao uso na produção, no armazenamento e no beneficiamento de produtos agropecuários, nos sistemas de produção aquáticos ou de florestas plantadas, que interfiram positivamente no crescimento, no desenvolvimento e no mecanismo de resposta de animais, de plantas, de microrganismos e de substâncias derivadas e que interajam com os produtos e os processos físico-químicos e biológicos. Os insumos biológicos são realidade no campo e rendem bilhões de reais em economia, em razão do uso do controle biológico e da fixação biológica de nitrogênio. A busca por tecnologias sustentáveis para controlar pragas e doenças, para fazer crescer plantas e para fertilizar os solos é cada vez mais crescente no setor produtivo.  Fontes: Globo Rural Embrapa Poder 360

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