Agricultura Regenerativa: Um Caminho Tropical para Solos Vivos e Sustentáveis
- alexandrequeiroz41
- 6 de jan.
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A agricultura regenerativa está emergindo como uma abordagem inovadora no Brasil, com o potencial de transformar a saúde do solo e promover práticas mais sustentáveis. Esse modelo vai além da sustentabilidade tradicional, focando na regeneração ativa e funcional do solo.

Um Novo Paradigma no Campo
Eduardo Martins, presidente do Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS), destaca que a regeneração não é apenas um conceito, mas uma prática operacional.
“A sustentabilidade projeta ações para o futuro, enquanto a regeneração atua no presente. O solo é o alicerce dessa filosofia”, afirmou Martins, que também é biólogo e mestre em ecologia.
O cuidado com o solo como um organismo vivo é central para a produtividade e a longevidade agrícola.

Práticas Regenerativas em Foco
Entre as técnicas promovidas pela agricultura regenerativa, destacam-se o plantio direto, a rotação de culturas e a redução drástica no uso de insumos químicos. Essas práticas, adaptadas a problemas locais, têm gerado resultados impressionantes, como maior produtividade mesmo sob condições climáticas desafiadoras. Segundo Martins, o modelo "traz a agroecologia para a escala industrial, colocando o Brasil na liderança global dessa transformação".
Biofábricas e Insumos On Farm
Uma das inovações mais promissoras do modelo é a produção de insumos biológicos diretamente nas fazendas. Biofábricas permitem a multiplicação de microrganismos locais, adaptados à biodiversidade da região, com redução de custos em até 50%. Martins enfatiza, entretanto, a necessidade de regulamentação para garantir eficiência e segurança.
“Boas práticas e responsabilidade técnica são indispensáveis para expandir a produção biológica com qualidade", ressalta o Pesquisador.
Benefícios Econômicos e Climáticos
A agricultura regenerativa tem demonstrado impactos positivos tanto econômicos quanto ambientais. Produtores que adotaram o modelo relataram significativa redução no uso de agroquímicos e maior resiliência a condições climáticas extremas, como longos períodos de seca. Solos vivos, ricos em matéria orgânica, oferecem maior retenção de água e estabilidade produtiva, fatores essenciais em tempos de mudanças climáticas.
A Escala do Futuro
Com mais de 1.300 agricultores e 200 consultores envolvidos no GAAS, a agricultura regenerativa está ganhando força no Brasil. Martins acredita que o país tem a oportunidade de se posicionar como líder em práticas sustentáveis e de baixo carbono, atendendo às crescentes demandas de mercados globais.
“O regenerativo tropical é a chance de revermos nossas bases e conquistarmos mercados que exigem práticas agrícolas avançadas e carbono negativo,” concluiu.
Esse movimento reforça a posição do Brasil como um importante player na transição para uma agricultura sustentável e regenerativa, destacando a inovação tropical como um modelo para o futuro global.
Confira a entrevista completa em: AGRICULTURA REGENERATIVA, COM EDUARDO MARTINS | PLANETA CAMPO TALKS