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150 resultados encontrados com uma busca vazia

  • Embrapa desenvolve software para avaliar sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar

    Ferramenta digital, resultado de mais de uma década de pesquisa, apoia produtores, usinas e tomadores de decisão na promoção da agricultura sustentável no Brasil O sistema produtivo da cultura da cana-de-açúcar deve ter eficiência tecnológica para redução de custo e aumento da sustentabilidade. Créditos: Terra Magna A Embrapa Meio Ambiente  lançou a versão 1.0 do SustenAgro , um software que avalia a sustentabilidade dos sistemas de produção da cana-de-açúcar  no Centro-Sul do Brasil. A solução, gratuita e de fácil aplicação, permite a análise de propriedades agrícolas e usinas em três dimensões fundamentais: ambiental, social e econômica . Coordenado pela pesquisadora Katia Regina Evaristo de Jesus , o projeto foi iniciado em 2012 e representa o resultado de um extenso processo científico que envolveu modelagem, desenvolvimento de indicadores validados e participação ativa do setor produtivo e da academia . “A proposta foi criar uma ferramenta de avaliação rápida (rapid appraisal), capaz de apontar pontos fortes e fracos do sistema produtivo. Assim, orientamos melhorias para ampliar a sustentabilidade, tanto no campo quanto na usina” , explica Katia de Jesus. 🧠 Técnica e ciência por trás do SustenAgro A construção do SustenAgro envolveu três etapas fundamentais: Um banco de dados técnico-científico ; A formulação de um modelo conceitual de sustentabilidade agrícola ; O desenvolvimento de uma metodologia de avaliação  baseada em indicadores robustos. Esses indicadores foram formulados com base em fontes secundárias (literatura especializada e bases consagradas)  e com apoio de consultas a especialistas , via workshops, painéis técnicos e reuniões presenciais e remotas. “O maior desafio foi construir indicadores capazes de refletir a complexidade e diversidade da agricultura brasileira, respeitando os contextos regionais e produtivos” , destaca a pesquisadora. O método passou por rigorosas etapas de validação com especialistas e atores do setor, garantindo a aplicabilidade prática e a confiabilidade dos dados gerados . 🌱 Como funciona o software SustenAgro? O SustenAgro  funciona como uma ferramenta de suporte à decisão , oferecendo uma interface simples para entrada de dados produtivos, socioeconômicos e ambientais. A partir dessas informações, o software analisa o desempenho do sistema agrícola e identifica áreas onde há potencial de redução de impactos negativos e aumento da eficiência . O sistema pode ser utilizado por: Produtores rurais e usinas de açúcar e etanol; Empresas de assistência técnica (pública e privada); Instituições de pesquisa e universidades; Órgãos públicos de planejamento e extensão rural. Seja em fazendas tradicionais ou em greenfields, o SustenAgro entrega relatórios que orientam decisões estratégicas e facilitam o acesso a programas de certificação e políticas públicas voltadas à sustentabilidade . “A combinação entre ciência agronômica e ciência de dados foi decisiva para transformar conhecimento técnico em uma ferramenta prática e acessível para o setor produtivo” , reforça a equipe técnica. 💡 Impacto esperado e acesso à ferramenta O SustenAgro foi projetado para: Aumentar a competitividade dos produtores e usinas  por meio da eficiência ambiental e econômica; Guiar políticas públicas e certificações  com base em dados transparentes; Promover a adoção de boas práticas  de manejo e responsabilidade social. Disponível gratuitamente, o software pode ser acessado por meio da página oficial da Embrapa Agricultura Digital . Fonte: Portal Embrapa

  • Tecnologia e Inovação Aplicadas Auxiliam na Transformação da Educação em Universidades Brasileiras

    Lousas interativas, realidade aumentada, QR codes e ferramentas digitais ganham espaço e ampliam o acesso ao conhecimento Soluções digitais práticas favorecem a interação, a inclusão e a eficiência pedagógica - Créditos: Ascenty No cenário contemporâneo da educação, a tecnologia tem se consolidado como uma grande aliada no processo de ensino-aprendizagem, transformando a rotina de professores e alunos em diversos níveis e ambientes acadêmicos. Um exemplo a ser citado vem do Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC-USP) , que acaba de incorporar uma lousa interativa de última geração  às suas atividades didáticas. Substituindo os antigos quadros com giz ou marcadores, a tela interativa digital  permite aos docentes criar aulas mais dinâmicas, limpas e acessíveis. O conteúdo escrito na tela pode ser salvo em formato digital e compartilhado instantaneamente com os alunos por meio de um QR code gerado ao final de cada aula  — uma solução que dispensa o uso de papel ou cópias físicas  e favorece tanto a sustentabilidade ambiental quanto a democratização da informação . Prof. Durval Dourado Neto utiliza a lousa interativa em uma aula de Agricultura Irrigada. Foto: Alexandre Queiroz. “A lousa interativa facilitou muito o trabalho em sala de aula. Os alunos conseguem rever o conteúdo, acessar os arquivos no celular e manter o foco na explicação, sem se preocupar em copiar tudo à mão” , comenta o Professor Durval Dourado Neto, Coordenador do STAC. Benefícios das Tecnologias Digitais na Sala de Aula A adoção de recursos interativos na educação oferece diversos ganhos pedagógicos e operacionais , entre eles: ✅ Acessibilidade  – conteúdos digitais podem ser acessados por qualquer dispositivo, a qualquer hora; ✅ Inclusão  – alunos com diferentes estilos de aprendizagem são beneficiados com recursos visuais, auditivos e interativos; ✅ Sustentabilidade  – redução de uso de papel, canetas e quadros físicos; ✅ Rastreamento do aprendizado  – histórico de anotações e atividades podem ser armazenados e analisados; e ✅ Engajamento  – interação com tecnologias digitais estimula a curiosidade e o protagonismo estudantil. Educação Sustentável e Conectada ao Futuro O exemplo do Centro de Agricultura Tropical Sustentável , ao implementar a lousa interativa como ferramenta de apoio ao ensino, reforça um movimento crescente de modernização e sustentabilidade educacional no país . A digitalização do conteúdo, aliada à interatividade e à preservação ambiental, mostra que é possível unir tecnologia, ensino de qualidade e responsabilidade socioambiental . 📲 A sala de aula do futuro já é uma realidade — e ela está ao alcance de todos os que ousam inovar.

  • Mais de 80% da Pesquisa da ESALQ Tem Impacto Direto na Sustentabilidade Global

    Estudos avançados desenvolvidos na ESALQ/USP estão diretamente ligados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU Um levantamento da unidade da USP em Piracicaba, mostra que cerca dos 12.404 documentos vinculados na WOS, 9.946 estão vinculados aos ODS. Créditos: Gerhard Waller A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) tem se destacado mundialmente ao desenvolver pesquisas que promovem soluções sustentáveis para desafios como mudanças climáticas, segurança alimentar e conservação ambiental. Segundo dados da Web of Science, mais de 80% da produção científica da instituição está alinhada aos ODS da Agenda 2030 da ONU. 🚀 Alinhamento Estratégico com os ODS A ESALQ tem uma produção científica expressiva: de 12.404 documentos cadastrados na Web of Science, 9.946 estão diretamente ligados aos ODS. 🌍 Destaque para os ODS: 13  – Ação Climática 2  – Fome Zero e Agricultura Sustentável 15  – Vida Terrestre 🔬 Ciência para um Futuro Sustentável A pesquisa “Where do all the pests go?” , publicada na revista Current Opinion in Insect Science , é um exemplo marcante. 👨‍🔬 Autores: Prof. Alberto Correa (ESALQ) e Frederico Hickmann 🔍 Objetivo: entender como insetos se adaptam durante a entressafra 🌡️ Relevância: contribui para o manejo integrado de pragas e adaptação climática 🛰️ Monitoramento do Solo por Satélite: Tecnologia a Serviço da Terra Um estudo publicado na revista Soil Advances  utilizou imagens de satélite para analisar o impacto do manejo agrícola sobre a saúde do solo. 👨‍🏫 Conduzido por: Prof. José Alexandre Dematte e Gabriel Pimenta 🌾 Comparação entre: manejo convencional em SP e plantio direto no PR 💡 Resultado: proposta de práticas sustentáveis com foco em produtividade e conservação 🏆 ESALQ em Destaque no Cenário Internacional A atuação multidisciplinar da ESALQ tem garantido reconhecimento internacional. No ranking da Universidade Nacional de Taiwan (NTU), a USP ficou em 7º lugar global em Ciências Agrárias em 2024. 📚 Destaques das pesquisas: Manejo sustentável do solo Eficiência energética na produção agrícola Preservação da biodiversidade “A diversidade e o alcance global das nossas pesquisas mostram como a ESALQ está comprometida com a inovação e a sustentabilidade”, afirma a diretora da ESALQ, Prof.ª Thais Vieira. 🌱 Compromisso com a Sustentabilidade em Todos os Níveis As ações da ESALQ vão além da pesquisa acadêmica, envolvendo também extensão, inclusão, e formação de profissionais preparados para transformar realidades por meio da ciência sustentável. Com uma base sólida em pesquisa, tecnologia e gestão, a ESALQ reafirma seu papel como um dos pilares da sustentabilidade no Brasil e no mundo. A instituição continua a inspirar e liderar iniciativas que moldam um futuro mais verde, justo e resiliente. Fonte: Mais de 80% da pesquisa desenvolvida na Esalq impacta a sustentabilidade no planeta

  • Cientistas Brasileiros Desenvolvem "Nariz Eletrônico" para Monitoramento da Qualidade Agrícola

    Tecnologia inovadora pode transformar a detecção de pragas, doenças e qualidade dos alimentos no agronegócio Estudo aborda os avanços no uso de sistemas eletroquímicos descartáveis aplicados à agricultura sustentável. Créditos: LeonardoAI Pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT Nano Agro) desenvolveram um nariz eletrônico : um dispositivo de alta tecnologia que pode revolucionar o monitoramento da qualidade agrícola . A inovação promete auxiliar produtores na detecção precoce de pragas, doenças e alterações na composição dos alimentos , garantindo maior eficiência e sustentabilidade no campo. Como Funciona o Nariz Eletrônico? O dispositivo foi projetado para simular o olfato humano, utilizando sensores inteligentes que identificam compostos químicos voláteis liberados por plantas, frutas e grãos. Essa capacidade permite a detecção de problemas antes que eles se tornem visíveis, possibilitando ações preventivas no campo. A tecnologia se baseia em um sistema de nanomateriais funcionais, que interagem com as moléculas presentes no ambiente e geram respostas eletroquímicas específicas. Com isso, o nariz eletrônico pode ser aplicado para: 🔬 Diagnóstico precoce de doenças em plantas , antes de sintomas visíveis. 🐛 Detecção de pragas  sem necessidade de pesticidas excessivos. 🍊 Controle de qualidade de frutas e grãos , verificando frescor e maturação. 🌱 Monitoramento ambiental , identificando mudanças na composição do solo e do ar. De acordo com os cientistas responsáveis pelo projeto, o nariz eletrônico pode ser adaptado para diferentes culturas agrícolas , ampliando sua utilidade em diversos setores do agronegócio. "Essa tecnologia tem o potencial de otimizar a produção e reduzir custos para o produtor rural, além de promover um uso mais sustentável dos recursos agrícolas" , Jéssica Camargo, pesquisadora do Laboratório de Sensores, Nanomedicina e Materiais Nanoestruturados, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e uma das autoras do trabalho. Impacto para o Agronegócio e a Sustentabilidade A adoção do nariz eletrônico pode trazer diversos benefícios para o setor agrícola, entre eles: ✅ Redução no uso de defensivos agrícolas , evitando aplicação desnecessária. ✅ Maior segurança alimentar , garantindo qualidade e frescor dos alimentos. ✅ Monitoramento em tempo real , permitindo resposta rápida a ameaças na lavoura. ✅ Diminuição de perdas na colheita , com detecção precoce de problemas. Além disso, a tecnologia pode ser integrada a sistemas de inteligência artificial , tornando a análise de dados ainda mais precisa e acessível para os produtores. Os testes iniciais do nariz eletrônico já demonstraram grande eficiência na identificação de doenças e na avaliação da qualidade de produtos agrícolas . O próximo passo da pesquisa é aprimorar a tecnologia e viabilizar sua comercialização para produtores de diferentes segmentos. Fonte: https://inctnanoagro.com.br/sensores-eletroquimicos-descartaveis-para-monitoramento-agricola-em-tempo-real/

  • Alta Produtividade em Integração Lavoura-Pecuária com Nova Forrageira

    Pesquisa desenvolve capim mais produtivo e resistente para impulsionar a pecuária e a agricultura sustentável no Brasil Ervilhaca com capacidade de fixar nitrogênio atmosférico no solo. Foto: Daniel Montardo/Embrapa Uma nova forrageira de alta produtividade e resistência  surge como grande aposta para impulsionar a integração lavoura-pecuária (ILP)  no Brasil. O capim, desenvolvido após anos de pesquisa, promete aumentar a eficiência na alimentação do gado , melhorar a recuperação do solo  e trazer maior rentabilidade para os produtores . O projeto foi conduzido por especialistas em melhoramento genético , que buscaram unir resistência, qualidade nutricional e alto potencial de crescimento  em um único cultivar. Os primeiros testes demonstram que essa nova variedade pode elevar a taxa de lotação das pastagens , garantindo um melhor desempenho para a pecuária nacional. Desempenho Superior e Vantagens da Nova Forrageira A Ervilhaca URS BRS Presilha apresenta características que o diferenciam das variedades tradicionais , trazendo vantagens como: 🌱 Alta produtividade  – Maior volume de forragem por hectare. 💪 Resistência a pragas e doenças  – Menos necessidade de defensivos agrícolas. 🌍 Adaptação a diferentes condições climáticas  – Versatilidade no plantio. 🌾 Melhora da qualidade do solo  – Contribui para sistemas sustentáveis. 🐄 Nutrição superior para o gado  – Maior ganho de peso e eficiência alimentar. De acordo com os pesquisadores, essa forrageira também contribui para a recuperação de áreas degradadas , tornando-se uma aliada essencial para a agricultura regenerativa e a sustentabilidade no campo . "A adoção dessa nova variedade pode transformar a produtividade da pecuária brasileira, otimizando os recursos disponíveis e melhorando o desempenho do setor" - Miguel Dall’Agnol, professor da UFRGS e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da cultivar. Impacto na Integração Lavoura-Pecuária A integração lavoura-pecuária (ILP)  é um sistema que une a produção agrícola e pecuária em uma mesma área, garantindo maior eficiência no uso da terra  e redução de impactos ambientais . Com essa nova forrageira, o modelo ganha ainda mais força, pois permite: ✅ Melhor aproveitamento das áreas de plantio  durante a entressafra. ✅ Aumento da produtividade por hectare , reduzindo custos para o pecuarista. ✅ Redução da dependência de insumos externos , como fertilizantes químicos. ✅ Melhoria da fertilidade do solo , favorecendo culturas posteriores. Os primeiros testes demonstraram que gado alimentado com essa nova forrageira apresenta maior ganho de peso e melhor conversão alimentar , fatores essenciais para a rentabilidade da pecuária de corte e leite . "O potencial desse capim para a ILP é enorme, pois ele possibilita um uso mais eficiente das áreas agrícolas, garantindo produtividade e sustentabilidade" - Daniel Montardo, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul. Sustentabilidade e o Futuro da Pecuária Brasileira Com crescentes desafios ambientais e a necessidade de reduzir a emissão de carbono no agronegócio, tecnologias como essa forrageira inovadora são fundamentais para garantir um setor pecuário mais eficiente e sustentável. Além de melhorar a produção de carne e leite, o novo capim contribui para a redução da degradação do solo e a recuperação de pastagens. Especialistas apontam que a adoção dessa tecnologia pode ajudar o Brasil a se consolidar como líder mundial na pecuária sustentável. Pesquisas continuam sendo realizadas para expandir o uso dessa variedade em diferentes regiões do país. A expectativa é que, nos próximos anos, esse capim esteja disponível para produtores de todo o Brasil, ajudando a modernizar a pecuária e a fortalecer a integração com a agricultura. Fonte: Nova forrageira de alta produtividade é aposta para integração lavoura-pecuária

  • Plano Nacional de Segurança Alimentar Projeta Brasil Fora do Mapa da Fome até 2026

    Estratégias intersetoriais e ampliação de políticas públicas fortalecem o combate à insegurança alimentar no país Documento estabelece 18 estratégias intersetoriais com vistas a garantir a segurança alimentar e nutricional. Créditos: Leonardo.ai O Brasil deu um passo decisivo para erradicar a fome  com a aprovação do III Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan) 2025-2027 , publicado no Diário Oficial da União  em 5 de março. O plano estabelece 18 estratégias e 219 iniciativas  voltadas à garantia do direito humano à alimentação adequada , com o objetivo de retirar o Brasil do Mapa da Fome até 2026 . A decisão foi tomada de forma unânime pelo Pleno Ministerial da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) , reforçando o compromisso do governo na reconstrução das políticas públicas voltadas à nutrição e ao acesso a alimentos saudáveis. Ministro Wellington Dias. Foto: EBC "Esse plano representa um marco na luta contra a fome, garantindo que o direito à alimentação seja cumprido em todo o Brasil" , declarou o ministro Wellington Dias, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Diretrizes e Principais Metas do Plansan O III Plansan  apresenta oito diretrizes estratégicas , abordando desafios como a alta dos preços dos alimentos, a fome em territórios vulneráveis e os impactos das mudanças climáticas . 📌 Principais pilares do plano: ✅ Fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan); ✅ Acesso à renda e políticas públicas;   ✅ Garantia de acesso à terra e à água; ✅ Promoção de sistemas alimentares resilientes; ✅ Ampliação da produção de alimentos saudáveis; ✅ Redução da má nutrição e incentivo à alimentação adequada; ✅ Foco em populações vulnerabilizadas; e ✅ Cooperação internacional baseada no direito à alimentação adequada. Pleno Ministerial da Caisan aprovou o III Plano com decisão unânime. Foto: André Oliveira / MDS "O plano mapeia todas as ações do Governo Federal para a segurança alimentar e busca integrar iniciativas, tornando-as mais eficazes" , explica Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome. Ação Multissetorial para Combate à Fome Uma das inovações do III Plansan  é a articulação de diversos programas já existentes , como: 🔹 Plano Brasil Sem Fome  – Estratégia central do governo para erradicar a fome. 🔹 Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planab)  – Expansão da distribuição de alimentos. 🔹 Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo)  – Incentivo à agricultura sustentável. 🔹 Plano Safra da Agricultura Familiar  – Financiamento e suporte a pequenos produtores. 🔹 Programa Alimenta Cidades  – Ampliação do acesso a alimentos saudáveis nas cidades. 🔹 Políticas para redução do desperdício de alimentos e combate à obesidade . "A segurança alimentar exige uma abordagem ampla e integrada, e este plano fortalece a conexão entre diversas políticas públicas para alcançar os territórios mais vulneráveis" , ressalta Valéria Burity. Além disso, o plano prioriza regiões com alta vulnerabilidade , como a Amazônia, comunidades indígenas e população em situação de rua , garantindo que a erradicação da fome seja uma realidade para todos. Caisan A Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan)  é a responsável por coordenar as ações do plano. Criada pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan) em 2006 , a Caisan integra 24 ministérios  e tem como missão assegurar o direito à alimentação adequada e erradicar a fome e a pobreza . 📢 Principais responsabilidades da Caisan: ✔️ Elaborar e monitorar a implementação do Plansan . ✔️ Coordenar ações intersetoriais para segurança alimentar. ✔️ Fortalecer políticas públicas de nutrição e combate à desnutrição. ✔️ Integrar programas voltados à agricultura familiar, abastecimento alimentar e nutrição . Com a retomada dessas estratégias, o Brasil busca consolidar sua liderança no combate à fome e na garantia da segurança alimentar para toda a população. O III Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional  marca um avanço significativo na luta contra a fome no Brasil. Com estratégias amplas, políticas integradas e foco em populações vulneráveis , o país reforça seu compromisso em assegurar o direito à alimentação e sair do Mapa da Fome até 2026 . Fonte: Plano de Segurança Alimentar e Nutricional projeta que Brasil sairá do Mapa da Fome até 2026

  • USP e INRAe: Parceria Internacional para Criação de Centro de Pesquisas de Ponta em Agronomia

    A partir do segundo semestre de 2025, a Universidade de São Paulo (USP) contará com um novo centro internacional no campus de Piracicaba: uma filial do Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica (INRAe), renomada instituição científica francesa dedicada à pesquisa no campo da agronomia. O acordo para a criação do centro foi firmado em 9 de janeiro, na sede do INRAe, em Paris. Foto: Jornal da USP A cerimônia contou com a presença de Carlos Gilberto Carlotti Junior, reitor da USP; Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP; Jean-François Soussana, vice-presidente internacional do INRAe; Thierry Caquet, diretor científico do instituto; Thais Vieira, diretora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq); e Flávio Vieira Meirelles, professor da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA). O novo centro terá financiamento da FAPESP e será uma importante plataforma de colaboração entre o INRAe e diversas unidades da USP, como a Esalq, o Centro de Energia Nuclear em Agricultura (Cena), a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), a FZEA, e outras instituições de pesquisa na área de alimentos, incluindo a Faculdade de Saúde Pública (FSP) e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF). Uma filial do INRAe deverá entrar em funcionamento no segundo semestre deste ano no campus da USP em Piracicaba. Foto: USP Imagens Com a abertura desta filial, a USP ampliará sua rede de centros internacionais, que já inclui parcerias com instituições renomadas, como o Instituto Pasteur, o Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), o Centro Internacional para Engenharia Genética e Biotecnologia (ICGEB) e o Centro Internacional de Saúde Planetária em colaboração com o Instituto Max-Planck. Este projeto representa um avanço significativo no fortalecimento de pesquisas de ponta em agricultura e alimentação, consolidando o papel da USP como referência internacional em inovação científica. Fonte: https://jornal.usp.br/institucional/usp-devera-ter-novo-centro-internacional-ligado-a-principal-instituicao-na-area-de-agricultura-francesa/

  • PROGRAMA DE MESTRADO INTERNACIONAL EM ECONOMIA E GESTÃO AGRÍCOLA

    Instituto Sanya - China Agricultural University promove programa Internacional de Mestrado em área de ciências agrárias. Sanya Bay. Fonte: https://boomers-daily.com/2022/01/24/walking-tour-sanya-on-hainan-island-in-china-4k/ O Instituto Sanya, localizado no porto de Hainan e inaugurado em 2020, conta com instalações de cerca de 100.000 metros quadrados voltadas para o ensino e a pesquisa e já formou mais de 400 alunos de mestrado e doutorado. Com base no plano de metas governamentais, em três anos, o número total de estudantes de pós-graduação chegará a 1000. Atualmente, 14 universidades e institutos de pesquisa, incluindo a Universidade Jiao Tong de Xangai, a Universidade de Zhejiang, a Academia Chinesa de Ciências Agrícolas e a Universidade Agrícola da China (CAU), entre outras, estabeleceram Institutos no Porto de Hainan. Um número de universidades internacionais, como a Universidade de Glasgow e a Queen Mary University de Londres, também estabeleceram suas faculdades internacionais conjuntas no local. O Porto de Hainan começará a implementar uma política de livre comércio, semelhante à de Hong Kong, a partir de 2025. Com isso, atrairá um grande número de empresas multinacionais e organizações de educação e alta tecnologia. Vale a pena mencionar que a Província de Hainan é uma ilha localizada em uma região tropical, cuja temperatura média anual é de 20 graus Celsius, com a melhor qualidade do ar na China e também o melhor destino turístico na China, tornando-a o destino perfeito para trabalhar e estudar, sem deixar de aproveitar o melhor que a cidade pode oferecer. O objetivo do programa é preparar os candidatos para:  Compreender as teorias fundamentais da ciência, da economia e da gestão agrícola; Estar familiarizado com o estado atual de desenvolvimento e as tendências da economia agrícola e do comércio tanto nacional quanto internacional;  Aprender as técnicas, métodos e habilidades analíticas básicas da economia e da gestão; e Entender noções das leis econômicas e comerciais e as políticas internacionais.  Programa Internacional de Mestrado. Fonte: http://apply.cau.edu.cn. Os principais cursos: Economia agrícola Ciência e tecnologia agrícola Gestão de empresas agrícolas Gestão financeira Estatísticas econômicas agrícolas Marketing e comércio de produtos agrícolas Gestão de projetos agrícolas Estágio em negócios chineses e internacionais Estudos de intercâmbio no exterior Agricultura mundial Escrita acadêmica Métodos de pesquisa Chinês básico O programa pode oferecer: Bolsas de estudo integrais para estudantes internacionais; e Oportunidades de estágios em diferentes empresas de negócios e comércios agrícolas na China e em outros países. Requisitos para a bolsa de estudos: Programa Internacional de Mestrado. Fonte: http://apply.cau.edu.cn. Bom desempenho nos estudos de graduação, com média acima de 3.0; Cópia do diploma de graduação, obtido de uma instituição com boa reputação acadêmica; Histórico acadêmico relativamente forte na área de interesse; Ter, no máximo, 35 anos de idade ao se inscrever para este programa. VALORES DAS BOLSAS - ANUALMENTE (RMB - YUAN CHINÊS): Taxa de matrícula - 25.000 Taxa de dormitório - 8.400 Despesas de subsistência - 36.000 Seguro saúde - 800 Total da Bolsa - 70.200 RMB LIVE Para apresentar essa oportunidade de estudos, bem como esclarecer dúvidas sobre o método de admissão, bolsas e apoio financeiro oferecidos pela CAU, acontecerá um evento online, no dia 08 de julho de 2024 (2a.feira), das 21:00 às 22:00 h (horário de Brasília). Link da videochamada:  https://meet.google.com/cqv-gvfz-owy?hs=224 A pauta de apresentação da Live será Scholarships for International Master Program in Agricultural Economics and Management. Alunos do Instituto Sanya. Fonte: http://apply.cau.edu.cn. Local:  Instituto Sanya - China Agricultural University (CAU) - Porto de Hainan - Sanya, China. Inscrições em:   http://apply.cau.edu.cn .   até 15/07/2024. Dúvidas ou questionamentos:   tjh@cau.edu.cn Para mais informações, consulte:

  • Projeto visa produzir combustível sustentável a partir da Macaúba

    Um projeto de cinco anos visa "domesticar" a macaúba para produção de diesel verde e combustível de aviação. Palmeira Macaúba - Fonte: A Lavoura (https://alavoura.com.br/biblioteca/potencialidades-industriais-do-fruto-da-macauba-palmeira-nativa-do-cerrado/) Representantes da Embrapa, Embrapii e Acelen Renováveis reuniram-se para dar início a um projeto tecnológico voltado para o desenvolvimento das espécies de palmeira macaúba. O objetivo é produzir combustível sustentável para aviação (SAF), diesel verde (HVO), energia térmica e outros coprodutos de alto valor. Esta parceria de inovação aberta visa contribuir com a domesticação da macaúba, estabelecendo lavouras comerciais e otimizando a extração de óleos de alta qualidade dos frutos (casca, polpa, endocarpo e amêndoa). O projeto, com duração prevista de cinco anos, recebeu investimentos de R$ 13,7 milhões, com apoio da Embrapii e BNDES, envolvendo também quatro centros de pesquisa da Embrapa. Frutos da Macaúba. Foto: Leandro Lobo/Embrapa A iniciativa da Acelen Renováveis busca atender à transição energética global, promovendo sistemas de produção descarbonizados em áreas semiáridas, com potencial para gerar 90 mil empregos diretos e indiretos e uma renda anual de R$ 7,4 bilhões. O projeto é crucial para o Brasil se posicionar como líder na produção de biocombustíveis avançados, alinhado às demandas de descarbonização futuras. Veja a matéria completa em: https://www.canalrural.com.br/agricultura/macauba-projeto-vai-desenvolver-combustivel-sustentavel-a-partir-da-palmeira/

  • Protetor Solar Vegetal Auxilia Plantas a Enfrentar as Mudanças Climáticas

    Pesquisadores da Embrapa, em colaboração com a indústria de biofertilizantes Litho Plant, comprovam eficácia do produto em diversas culturas agrícolas, melhorando produtividade e resiliência das lavouras O Sombryt BR é um protetor solar para plantas que diminui a queima de folhas e frutos, aumenta a resiliência e a adaptação das culturas às mudanças climáticas. Foto: Embrapa/Divulgação O uso de protetor solar vegetal  tem se mostrado uma solução eficaz para proteger frutas e plantas contra o estresse térmico , reduzindo a queima causada pela exposição intensa ao sol e aumentando a resistência das lavouras às mudanças climáticas . Pesquisadores da Embrapa  vêm conduzindo estudos desde 2021, com testes em diferentes culturas agrícolas espalhadas pelo Brasil. Os resultados indicam que a aplicação do produto pode mitigar danos físicos diretos nos frutos em até 20% , além de proporcionar ganhos fisiológicos e melhoria na produtividade . O impacto positivo já foi observado em citros, abacaxi, mamão, manga, banana, maracujá e até mesmo em culturas como café, melão e soja . "O protetor solar tem dois efeitos principais: evita a queima de folhas e frutos, além de proporcionar conforto térmico, permitindo que as plantas produzam melhor" , explica o produtor Ervino Kogler , que utiliza a tecnologia em suas plantações. Benefícios Comprovados do Protetor Solar Vegetal Os experimentos realizados em diferentes regiões do Brasil confirmaram diversos benefícios  para as plantas tratadas com o produto. 📌 Principais vantagens do protetor solar vegetal na agricultura: ✅ Redução da queima solar em frutos e folhas  – Protege a qualidade da produção. ✅ Melhoria na fotossíntese e no uso da água  – Aumento da eficiência fisiológica das plantas. ✅ Aumento da produtividade  – Frutos com mais peso, maior firmeza e menos defeitos na casca. ✅ Proteção sustentável  – Alternativa viável para agricultura orgânica , substituindo métodos não permitidos, como o uso de jornais para cobrir frutas. "Os danos físicos diretos nos frutos foram reduzidos em torno de 20%, o que representa um ganho expressivo para produtores que enfrentam desafios climáticos cada vez mais intensos" , destaca um dos pesquisadores da Embrapa . Resultados Práticos em Diferentes Culturas Os testes com protetor solar vegetal foram realizados em diversas culturas e mostraram impactos significativos: 🔹 Citros : Aplicação em pomares de laranja e lima ácida Tahiti em Bahia e São Paulo resultou em maior resiliência ao estresse térmico e maior qualidade dos frutos. 🔹 Abacaxi : Ensaios em Itaberaba (BA) mostraram redução de 20% na queima dos frutos, tornando-se uma alternativa eficiente para agricultores orgânicos. 🔹 Mamão : Em Pureza (RN) e no Espírito Santo, os frutos apresentaram 18% mais firmeza e 20% de aumento na massa, além de redução de manchas na casca. 🔹 Manga e Banana : Testes em Petrolina (PE) e no Espírito Santo confirmaram melhoria na resistência ao calor e proteção contra queimaduras solares. 🔹 Maracujá : Estudos em Dom Basílio (BA) indicaram aumento na fotossíntese (+28%) e eficiência no uso da água (+17%), impactando diretamente a produtividade da cultura. "Saímos da fase de suposição para a certeza de que o produto funciona. A pesquisa mostra que ele tem impacto positivo em diversas culturas e pode transformar a maneira como lidamos com o estresse térmico nas lavouras" , afirma Luciano Rastoldo , diretor da Litho Plant , empresa responsável pela produção do protetor solar vegetal. Aplicação e Custos do Protetor Solar Vegetal O produto pode ser aplicado de diversas formas, garantindo flexibilidade para pequenos, médios e grandes produtores . 🌿 Métodos de aplicação: ✔️ Pulverização manual (costal)  – Ideal para pequenas áreas. ✔️ Máquinas agrícolas  – Pulverizadores acoplados para áreas maiores. ✔️ Drones e aviões agrícolas  – Aplicação eficiente e uniforme em grandes lavouras. 💰 Custo estimado: Preço do litro do produto : Entre R$ 80 e R$ 100 . Dosagem recomendada : De 300 ml a 1,5 litro por hectare , dependendo da cultura e do nível de exposição ao sol. Com benefícios já comprovados em diversas culturas, a tecnologia representa um avanço na resiliência das plantas , ajudando agricultores a enfrentarem as variações extremas de temperatura e preservando a qualidade dos alimentos. Fonte: Embrapa cria e aplica protetor solar eficiente para plantas e frutas — Agência Gov

  • Ex-ministro da Agricultura Projeta Expansão na Produção de Alimentos Brasileira Para Garantir Segurança Alimentar Global

    Roberto Rodrigues destaca papel estratégico do país na produção sustentável de alimentos e em sua contribuição na Segurança Alimentar Global "O Brasil precisa crescer 40% sua produção de alimentos, em 10 anos, para garantir a segurança alimentar do mundo." - afirma Roberto Rodrigues. Foto: JP News O Brasil tem um papel fundamental para alimentar o mundo nos próximos anos , e sua produção agropecuária precisa crescer 40% na próxima década  para atender à crescente demanda global por alimentos. Essa é a avaliação do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, que citou um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)  sobre a segurança alimentar mundial. “Em 10 anos, a oferta mundial de comida precisa crescer 20% para que não falte alimento para ninguém” . “Mas a responsabilidade do Brasil é dobrada. Nosso país precisa crescer 40% para garantir essa segurança.” - explica Rodrigues A análise do especialista ressalta que nenhum outro país tem capacidade de expansão agrícola como o Brasil , tornando a nação peça-chave para o equilíbrio global. Quem é Roberto Rodrigues? Roberto Rodrigues. Foto: STAC Roberto Rodrigues é um dos maiores nomes do agronegócio brasileiro. Engenheiro agrônomo, ex-ministro da Agricultura (2003-2006) e ex-secretário de Agricultura de São Paulo (1993-1994) , Rodrigues também foi presidente de diversas entidades do setor, como a Sociedade Rural Brasileira (SRB)  e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) . Atualmente, é Coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas e membro do Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC/USP) , onde segue atuando no desenvolvimento de políticas e tecnologias para o avanço sustentável do agronegócio. Por que o Brasil precisa liderar a produção de alimentos? O estudo da OCDE aponta que, enquanto Estados Unidos, Canadá e União Europeia podem crescer entre 9% e 15% na produção de alimentos nos próximos anos , o Brasil precisará expandir o dobro desse índice. 📌 Fatores que colocam o Brasil como líder na segurança alimentar global: ✅ Avanço tecnológico no agro  – O país já multiplicou sua produtividade em décadas recentes. ✅ Empreendedorismo do setor agrícola  – Capacidade de adaptação e inovação dos produtores. ✅ Políticas públicas de incentivo  – Necessidade de mais investimentos para impulsionar o crescimento sustentável. “Nos Estados Unidos, a produção de alimentos cresce no máximo 10%; no Canadá, 9%; na União Europeia, 12%; e na Eurásia, 15%. Nenhuma dessas regiões pode atingir os 20% de crescimento necessários para o mundo” , ressalta Rodrigues. Dessa forma, o Brasil se torna a principal alternativa para suprir essa demanda e garantir a estabilidade global. Tecnologia e Sustentabilidade: As Chaves para o Crescimento O ex-ministro destaca que o aumento da produção brasileira não significa desmatamento ou impacto ambiental negativo, mas sim maior eficiência e inovação tecnológica . 📈 Evolução da produção agrícola no Brasil: A área plantada  com grãos aumentou 115%  nas últimas décadas. A produção total  cresceu 456%  no mesmo período. Esse salto ocorreu graças à tecnologia e pesquisa agropecuária . “A produção quadruplicou sem precisar expandir terras na mesma proporção. O que explica isso? Tecnologia” , destaca Rodrigues. Ele reforça a importância da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)  na evolução do setor, desenvolvendo soluções inovadoras desde sua fundação em 1973. Brasil no Cinturão Tropical: A Solução para a Crise Alimentar Roberto Rodrigues aponta que o futuro da segurança alimentar global está no Cinturão Tropical , que inclui América Latina, África Subsaariana e parte da Ásia . 🌎 Por que essa região é tão estratégica? 🔹 Possui grandes áreas agricultáveis  ainda disponíveis. 🔹 Tem clima favorável para produção contínua . 🔹 Pode produzir de forma sustentável, sem necessidade de desmatamento . “O mundo enfrenta quatro grandes desafios: insegurança alimentar, transição energética, desigualdade social e mudanças climáticas. E quem pode resolver isso? O agronegócio tropical. Temos terras disponíveis e tecnologia para aumentar a produção sem impactos ambientais” , afirma. Essa realidade coloca o Brasil como protagonista na busca por soluções agrícolas sustentáveis para o planeta . O Brasil Como Protagonista da Segurança Alimentar Global O mundo precisa do Brasil para garantir a alimentação de uma população crescente , e o agronegócio nacional tem capacidade, tecnologia e empreendedorismo  para cumprir esse papel. Com investimentos em pesquisa, políticas públicas e inovação tecnológica , o país pode se consolidar como líder global na produção sustentável de alimentos , assegurando tanto o abastecimento interno quanto as exportações estratégicas para o mundo. Fonte: Mundo quer que o agronegócio brasileiro cresça 40% em 10 anos, diz Roberto Rodrigues

  • UFMT Desenvolve Projeto para Estimativa de Cenários Sustentáveis na Agricultura e Pecuária

    A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no campus de Sinop, está desenvolvendo uma iniciativa que utiliza modelagem computacional e sensoriamento remoto para incentivar práticas sustentáveis no campo. Projeto visa estimular práticas de agricultura e pecuária sustentáveis. Imagem: Unsplash Com foco em incentivar a adoção de práticas agrícolas e pecuárias sustentáveis, a iniciativa envolve uma série de ações de extensão direcionadas à comunidade da região. Sob a coordenação do professor Daniel Carneiro de Abreu, do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, o projeto oferece capacitações técnicas, tecnológicas e científicas para equipes da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (EMPAER) e da Assistência Técnica e Extensão Rural. Essas ações incluem treinamentos teóricos e práticos, realizados tanto em ambiente acadêmico quanto em campo, com ênfase em atividades demonstrativas, onde são promovidos dias de campo e vitrines tecnológicas. Durante essas atividades, os participantes aprendem sobre: 🌱 Manejo do solo e conservação 🐛 Controle de pragas e doenças 🌿 Manejo sustentável de plantas daninhas 🐂 Melhoria da pastagem e pecuária regenerativa Durante essas atividades, são apresentados resultados técnicos, econômicos e ambientais das tecnologias aplicadas, proporcionando uma compreensão prática aos participantes. Coordenador do Projeto, Professor Daniel Carneiro de Abreu. Foto: Estadão MT 'Nosso foco é levar conhecimento científico e tecnológico ao campo, ajudando os produtores a implementar soluções mais sustentáveis e eficientes” - explica o professor Daniel Carneiro de Abreu, coordenador do projeto e docente do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais da UFMT. Até o momento, cerca de 400 produtores, técnicos e jovens da área rural da região noroeste do estado, especialmente na cidade de Juara, já participaram das capacitações promovidas. A UFMT, em parceria com a EMPAER, também realiza a divulgação de conhecimentos e resultados, utilizando formatos digitais e impressos para alcançar um público maior. O projeto segue com o compromisso de ampliar sua atuação em extensão rural, buscando fortalecer o uso de tecnologias sustentáveis entre produtores e técnicos da região. Com ações contínuas, a iniciativa visa transformar práticas convencionais em estratégias mais sustentáveis, garantindo um futuro mais equilibrado para as atividades agrárias. Fonte: Projeto da UFMT promove práticas agrárias sustentáveis em Sinop | Só Notícias

  • Produtores Rurais Adotam Agricultura Regenerativa em prol da Sustentabilidade no Campo

    Frente Empresarial para Regeneração da Agricultura (FERA) busca impulsionar práticas sustentáveis no campo A agricultura regenerativa tem demonstrado impactos positivos tanto econômicos quanto ambientais. Foto: Earthshare Diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, produtores rurais no Brasil estão adotando a agricultura regenerativa  como solução para manter a produtividade e a saúde dos solos. Para fortalecer essa iniciativa, um grupo de agricultores criou a Frente Empresarial para Regeneração da Agricultura (FERA) , que visa promover modelos sustentáveis de produção e incentivar políticas públicas voltadas à regeneração ambiental. A frente reúne produtores de diferentes setores, desde pecuária e café até laticínios e agroindústrias, que compartilham experiências e buscam formas de ampliar o impacto positivo desse modelo produtivo. O que é Agricultura Regenerativa e Por que Ela é Essencial? A agricultura regenerativa  vai além da sustentabilidade: enquanto práticas sustentáveis visam reduzir danos ao meio ambiente, a regeneração busca restaurar ecossistemas degradados , promovendo maior biodiversidade, aumento da fertilidade do solo e captura de carbono . 📌 Principais benefícios da agricultura regenerativa: ✅ Melhoria da fertilidade do solo  – Aumenta a matéria orgânica e a capacidade de retenção de água. ✅ Redução de custos  – Diminui a dependência de fertilizantes químicos e insumos artificiais. ✅ Aumento da produtividade  – Favorece o crescimento saudável das culturas e do gado. ✅ Captura de carbono  – Contribui para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. "A agricultura regenerativa exige investimento inicial, mas traz benefícios duradouros e rentáveis",  explica Luís Fernando Laranja , veterinário e produtor rural. Luís Fernando Laranja - veterinário e ex-professor da Esalq-USP - aposta há dez anos no modelo regenerativo. Foto: Globo Rural Casos de Sucesso na Agricultura Regenerativa Os membros da FERA  já colhem resultados positivos ao implementar técnicas regenerativas em diferentes segmentos agrícolas. 1. Pecuária Regenerativa O veterinário e ex-professor da Esalq/USP , Luís Fernando Laranja , adotou práticas regenerativas na pecuária leiteira e de corte. Sua fazenda em Itirapina (SP) foi a primeira no Brasil a receber a certificação de leite carbono neutro  e também se destaca na produção orgânica. Nos últimos cinco anos, expandiu sua atuação para a pecuária de corte em 16 mil hectares , utilizando o sistema silvopastoril , que combina árvores, pastagens e gado. "O sistema silvopastoril melhora a produtividade, proporciona bem-estar aos animais e aumenta a fertilidade do solo",  afirma Laranja. 2. Produção de Queijo Orgânico Certificado O agrônomo Vinícius Ferreira Soares , criador do programa O Bem Orgânicos , desenvolveu o primeiro queijo Canastra orgânico certificado . Sua propriedade em Piumhi (MG) combina preservação ambiental e manejo sustentável , com 25 hectares, sendo 11 deles de mata nativa protegida . Além disso, a adoção da agricultura regenerativa ajudou a recuperar uma nascente que abastece o rio São Francisco. "A diversidade de plantas e microorganismos não apenas melhora o solo, mas também influencia positivamente o sabor do queijo",  destaca Soares. 3. Economia Circular na Produção de Café A Auma Agronegócios , localizada em Patos de Minas (MG), adota um modelo de produção circular, utilizando biodigestores para gerar energia elétrica e fertilizantes naturais a partir de resíduos da suinocultura. Além disso, a fazenda implementou gestão hídrica eficiente, com cobertura vegetal e monitoramento de dados em tempo real para otimizar o uso da água. "Acreditamos no potencial do sistema circular como medida essencial para a proteção do meio ambiente",  afirma Lucimar Silva , diretora-executiva da Auma. Objetivos da Frente Empresarial para Regeneração da Agricultura (FERA) A FERA  não apenas incentiva produtores a adotar práticas regenerativas, mas também busca fomentar políticas públicas e ampliar o acesso a financiamentos . 📌 Principais metas da FERA: 🔹 Acesso a crédito  – Criar incentivos financeiros para produtores que investem em regeneração. 🔹 Capacitação de mão de obra  – Reduzir a escassez de profissionais treinados na área. 🔹 Conscientização dos consumidores  – Valorizar e promover produtos regenerativos no mercado. 🔹 Diálogo com legisladores e cientistas  – Criar políticas públicas que incentivem sistemas produtivos sustentáveis. "Nosso objetivo é fortalecer o diálogo entre produtores, pesquisadores e consumidores, impulsionando a agricultura regenerativa como uma solução viável para o futuro da produção de alimentos",  explica Alexandre Mansur , diretor do Instituto O Mundo que Queremos e um dos organizadores da FERA. A agricultura regenerativa já está transformando o setor agropecuário brasileiro, tornando as propriedades mais produtivas e ambientalmente responsáveis. Com iniciativas como a FERA, essa abordagem ganha ainda mais força, conectando produtores e incentivando a adoção de sistemas sustentáveis em todo o país. Fonte: Agricultura regenerativa une produtores

  • Uso Eficiente de Nitrogênio na Sucessão Soja-Milho: Análise de Sustentabilidade no Centro-Oeste Brasileiro

    O estudo intitulado "Sustainability Analysis of Nitrogen Use Efficiency in Soybean-Corn Succession Crops of Midwest Brazil", publicado na revista Nitrogen (2024), examina a eficiência do uso de nitrogênio (N) em sistemas agrícolas e revela a importância da gestão desse elemento químico no solo para aumentar a sustentabilidade e minimizar os impactos ambientais. O Nitrogênio é um elemento essencial para o desenvolvimento das plantas. Créditos: Myimages. Contexto e Relevância Nitrogênio é um elemento essencial para o desenvolvimento das plantas e a produtividade agrícola. Apesar de abundante na atmosfera, ele precisa ser transformado em formas reativas (como nitrato e amônia) para ser assimilado pelas plantas. O uso crescente de fertilizantes sintéticos na agricultura moderna, embora tenha aumentado a produção de alimentos, também resultou em perdas significativas de nitrogênio para o meio ambiente, contribuindo para emissões de gases de efeito estufa, poluição de cursos d'água e acidificação do solo. Entre 2008 e 2020, a área plantada com sucessão soja-milho nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul triplicou, alcançando 7,3 milhões de hectares. Essa expansão intensificou a demanda por nitrogênio e os desafios associados à sua gestão. Principais Descobertas Eficiência no Uso de Nitrogênio (NUE): A análise revelou uma eficiência agronômica média de 0,71, indicando que aproximadamente 71% do nitrogênio aplicado no sistema foi convertido em biomassa de grãos. Contudo, essa eficiência reflete perdas consideráveis para o ambiente. Perdas de Nitrogênio: O estudo estimou uma perda anual média de 30 kg/ha de nitrogênio devido à volatilização, lixiviação e desnitrificação. Essas perdas, se não controladas, contribuem para o acúmulo de nitrogênio reativo (Nr) no solo e seu consequente impacto ambiental. Balanço de Nitrogênio: Houve um saldo positivo de 57 kg/ha de nitrogênio anualmente, sugerindo acúmulo no sistema. Esse excedente, embora útil para manter a fertilidade do solo, pode levar a impactos negativos como a contaminação do lençol freático. Contribuição da Fixação Biológica: No sistema de sucessão soja-milho, a soja contribui significativamente por meio da fixação biológica de nitrogênio (BNF), reduzindo a dependência de fertilizantes sintéticos. Cerca de 58% do nitrogênio disponível no sistema é oriundo dessa prática. Impactos Ambientais e Desafios Eutrofização e Poluição Hídrica : O excesso de nitrogênio lixiviado contamina rios e lagos, promovendo o crescimento excessivo de algas e impactando ecossistemas aquáticos. Emissões de Gases de Efeito Estufa : A desnitrificação gera óxido nitroso (N2O), um potente gás de efeito estufa, cuja emissão média anual no sistema foi de 11 Gg. Acúmulo de Nitrogênio Reativo : O acúmulo persistente de Nr no solo pode alterar os ciclos naturais de nutrientes, causando degradação ambiental. Estratégias Propostas Para melhorar a eficiência no uso de nitrogênio e reduzir perdas, o estudo sugere: Otimização na Aplicação de Fertilizantes : Ajustar a quantidade de fertilizante conforme a demanda específica da cultura e as condições do solo; Cobertura Vegetal e Integração Lavoura-Pecuária : Práticas que aumentam a retenção de nitrogênio e reduzem a lixiviação; Monitoramento Avançado : Uso de tecnologias como sensores e drones para monitorar fluxos de nitrogênio no solo; Promoção da Fixação Biológica : Incentivar a rotação de culturas com leguminosas para aproveitar o potencial natural de fixação de nitrogênio. Conclusão A pesquisa destaca que o manejo do nitrogênio em sistemas de sucessão soja-milho tem potencial para aumentar a sustentabilidade agrícola, desde que sejam adotadas práticas de gestão eficientes. Esses resultados reforçam a necessidade de políticas públicas e iniciativas do setor privado para capacitar agricultores e promover tecnologias que equilibrem produtividade e conservação ambiental. Fonte: Sustainability Analysis of Nitrogen Use Efficiency in Soybean-Corn Succession Crops of Midwest Brazil

  • Mariangela Hungria Recebe Prêmio por Contribuições na Agricultura Sustentável

    Pesquisadora da Embrapa é reconhecida pelo impacto de suas pesquisas na ciência e na agricultura brasileira Mariangela receberá o Prêmio na categoria Trajetória, na área do conhecimento Ciências Exatas, da Terra e Engenharias. Foto: Luciano Pascoal/Arquivo Embrapa Soja A pesquisadora Mariangela Hungria , referência mundial no desenvolvimento de bioinsumos agrícolas, foi uma das vencedoras do Prêmio Mulheres e Ciência  na categoria Trajetória . A premiação, promovida pelo CNPq em parceria com o Ministério das Mulheres, o British Council e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe, reconhece cientistas que impulsionam o avanço da pesquisa no Brasil. A cerimônia de entrega acontecerá no dia 12 de março, na sede do CNPq, em Brasília (DF). Mariangela foi agraciada na área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias, destacando-se por sua atuação no uso de biológicos na agricultura como alternativa sustentável aos fertilizantes químicos. "Esse prêmio representa não apenas minha trajetória, mas o trabalho de toda uma equipe que, ao longo dos anos, contribuiu para o avanço da ciência no Brasil",  comemora Mariangela. Uma Trajetória de Impacto na Ciência Com mais de 40 anos de carreira , Mariangela Hungria é uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento de tecnologias de inoculação e coinoculação da soja , que permitiram ao Brasil liderar o uso de fixação biológica do nitrogênio  na agricultura. Essa inovação possibilita a substituição dos fertilizantes nitrogenados , gerando uma economia estimada de R$ 38 bilhões por safra . 📌 Principais contribuições científicas: ✅ Inoculação e coinoculação da soja : Aumentam a produtividade e eliminam a necessidade de fertilizantes nitrogenados. ✅ Rizóbios para feijão : Melhoram a fixação de nitrogênio na cultura. ✅ Azospirillum brasiliense para milho e trigo : Favorecem o crescimento e a resistência das plantas. ✅ Pesquisa com pastagens e braquiárias : Contribuem para a produção sustentável de forrageiras. Além de sua atuação na Embrapa Soja, Mariangela é professora e orientadora em Microbiologia e Biotecnologia na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e em Bioinformática na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Também faz parte da Academia Brasileira de Ciências, da Ordem Nacional do Mérito Científico e de diversas sociedades científicas nacionais e internacionais. "O CNPq sempre foi essencial para minha trajetória, viabilizando equipamentos e projetos que tornaram esse reconhecimento possível",  afirma a cientista. Mulheres na Ciência: Reconhecimento e Valorização O Prêmio Mulheres e Ciência busca estimular a participação feminina na pesquisa científica, promovendo maior equidade de gênero no setor. 📌 Categorias e premiações: 🔹 Estímulo : Para cientistas com até 45 anos – Prêmio de R$ 20 mil + participação em congresso científico . 🔹 Trajetória : Para cientistas com 46 anos ou mais – R$ 40 mil + missão ao Reino Unido  para debater políticas científicas. 🔹 Mérito Institucional : Destinado a universidades e institutos comprometidos com a inclusão de mulheres na ciência  – R$ 50 mil  para fomento de projetos. Nesta edição, o prêmio recebeu 1.134 candidaturas, sendo 410 apenas na categoria Trajetória, na qual Mariangela foi uma das vencedoras. Vencedoras do Prêmio Mulheres e Ciência 2024 🏆 Categoria Estímulo Ciências da Vida:  Mariana Emerenciano Cavalcanti de Sá ( INCA ) Ciências Exatas e Engenharias:  Patricia Takako Endo ( UPE ) Ciências Humanas e Sociais:  Marina Alves Amorim ( FJP ) 🏆 Categoria Trajetória Ciências da Vida:  Camila Cherem Ribas ( INPA ) Ciências Exatas e Engenharias:  Mariangela Hungria ( Embrapa ) Ciências Humanas e Sociais:  Debora Diniz Rodrigues ( UnB ) O Legado de Mariangela Hungria A pesquisadora é comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico e membro titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Brasileira de Ciência Agronômica. A premiação de Mariangela Hungria reforça o papel das mulheres na ciência e o impacto da pesquisa sustentável na agricultura. Com um histórico de contribuições que transformaram a produção agrícola brasileira, seu trabalho continua sendo referência no Brasil e no mundo. 🔬 Em 2020 , foi listada entre os 100 mil cientistas mais influentes do mundo , segundo a Universidade de Stanford (EUA) . 🏆 Em 2022 , ocupou a 1ª posição no Brasil  e foi a única cientista sul-americana  no ranking mundial de Fitotecnia e Agronomia , do Research.com . Com essa conquista, Mariangela não apenas recebe um reconhecimento pessoal, mas também fortalece o papel das mulheres na ciência, inspirando novas gerações de pesquisadoras. Fonte: Mariangela Hungria será agraciada com Prêmio Mulheres e Ciência - Portal Embrapa

  • Abelhas e Agricultura: O Papel Essencial da Polinização para a Produção de Alimentos

    Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), pesquisadores vêm estudando a influência das abelhas na polinização agrícola, destacando sua importância para a produção sustentável e a regeneração ambiental. As abelhas desempenham um papel essencial na agricultura e no meio ambiente. Foto: Dmitry Grigoriev / unsplash As abelhas  são fundamentais para a agricultura e a biodiversidade , atuando como polinizadoras naturais em diversas culturas agrícolas. Esse processo não apenas garante a reprodução das plantas, mas também aumenta a produtividade das lavouras e melhora a qualidade dos alimentos . O Impacto das Abelhas na Agricultura A polinização por abelhas  desempenha um papel essencial na produção de diversas culturas, como café, girassol e frutas, impactando diretamente o rendimento e a qualidade dos produtos agrícolas. 📌 Benefícios da polinização na agricultura: ✅ Aumento da produtividade : Lavouras polinizadas por abelhas produzem mais frutos e sementes. ✅ Melhoria da qualidade dos alimentos : O óleo de girassol, por exemplo, apresenta maior teor de vitamina E  quando polinizado por esses insetos. ✅ Sustentabilidade : Abelhas auxiliam na redução do uso de agrotóxicos , pois contribuem para o equilíbrio ecológico. Um estudo com café , conduzido na Esalq/USP , mostrou que a presença de abelhas nas lavouras melhora a uniformidade dos grãos  e aumenta a produtividade , resultando em cafés de maior qualidade para o mercado de cafés especiais . "Embora o café consiga se autopolinizar, as abelhas garantem maior produtividade e qualidade dos grãos",  explica Denise Alves , pós-doutoranda da Esalq. Espécies de Abelhas e Seu Papel na Polinização Na Esalq, é possível encontrar seis espécies nativas de abelhas sem ferrão , além de abelhas solitárias e a Apis mellifera , conhecida como abelha africanizada . 🔹 Abelhas sem ferrão : São essenciais para a polinização de florestas e podem ser manejadas de forma sustentável, até mesmo em áreas urbanas. 🔹 Abelhas solitárias : Não vivem em colônias, mas desempenham um papel fundamental na regeneração ambiental . 🔹 Apis mellifera : Popular na produção de mel , essa espécie também tem um comportamento defensivo e pode ferroar. A presença dessas abelhas não apenas melhora a produtividade agrícola, mas também contribui para a restauração de ecossistemas , pois muitas espécies dependem de ocos em árvores para nidificação . "As abelhas não apenas ajudam na polinização agrícola, mas também desempenham um papel vital na recuperação ambiental",  destaca Denise Alves. Meliponário da Esalq (Crédito: Anna Pizzo) Educação e Manejo Sustentável das Abelhas A Esalq/USP  oferece a disciplina Insetos Benéficos , na qual alunos de Ciências Biológicas, Engenharia Agronômica e Engenharia Florestal  aprendem sobre a importância das abelhas na agricultura. O curso inclui aulas práticas no apiário e meliponário do campus , onde os estudantes aprendem sobre produção de mel e conservação de abelhas nativas . Além disso, a Esalq recebe visitas escolares , permitindo que estudantes conheçam de perto o manejo sustentável das abelhas sem ferrão . 📩 Escolas interessadas podem agendar visitas pelo e-mail : daalves@usp.br Cuidados ao Encontrar Abelhas na Natureza Se você encontrar um ninho de abelhas , é essencial identificar a espécie antes de tomar qualquer atitude . 🐝 Apis mellifera (abelha africanizada) : Possui comportamento defensivo  e pode ferroar. Em caso de enxames em áreas de risco, recomenda-se chamar um apicultor especializado . 🐝 Abelhas sem ferrão : São inofensivas e podem ser mantidas no local ou manejadas de forma sustentável . "As abelhas sem ferrão não representam perigo e podem ser manejadas mesmo em ambientes urbanos, contribuindo para o equilíbrio ecológico",  explica Denise Alves. Muitas dessas espécies são fundamentais para a biodiversidade urbana  e podem ser criadas em caixas racionais , garantindo sua conservação. O manejo sustentável das abelhas fortalece a agricultura , melhora a produção de alimentos  e preserva a biodiversidade . Estudos como os conduzidos pela Esalq/USP  reforçam a importância desses polinizadores para a segurança alimentar e para o equilíbrio dos ecossistemas. Fonte: Aliadas da agricultura e da biodiversidade

  • Macaúba: Biocombustível do Futuro Atrai Investimento Bilionário da Acelen

    A Acelen Renováveis, subsidiária do fundo Mubadala Capital, aposta US$ 3 bilhões na produção de combustível sustentável para aviação. Fruto da Macaúba. Imagem: Neofeed. A Acelen Renováveis , subsidiária do fundo Mubadala Capital, está investindo US$ 3 bilhões  em um projeto inovador para a produção de biocombustíveis sustentáveis  a partir da macaúba, uma palmeira nativa do Brasil com alto potencial energético e baixo consumo de água. Com essa aposta, a empresa busca transformar o Brasil em um líder global na produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês) , um substituto ecológico para o querosene de aviação tradicional. O SAF é uma das principais apostas da indústria para reduzir as emissões de carbono no setor aéreo , e a expectativa é de que esse mercado movimente US$ 400 bilhões por ano globalmente , sendo US$ 30 bilhões apenas no Brasil . Produção Industrial de Óleo de Macaúba Começa no Brasil A Acelen deu um passo importante ao realizar, pela primeira vez, a extração industrial de óleo de macaúba em fluxo contínuo  em seu Acelen Agripark , um centro de inovação agroindustrial em Montes Claros (MG). Antes, esse processo estava restrito a experimentos laboratoriais, sem possibilidade de escalabilidade. 📌 Por que a macaúba é um game changer no setor de biocombustíveis? ✅ Alta produtividade : Gera 2.500 litros de óleo por hectare , cinco vezes mais do que a soja, reduzindo a necessidade de grandes áreas cultiváveis. ✅ Sustentabilidade : O plantio será feito exclusivamente em terras degradadas, respeitando normas internacionais que proíbem biocombustíveis ligados ao desmatamento. ✅ Versatilidade : Pode ser utilizada tanto para Combustível Sustentável de Aviação (SAF)  quanto para HVO (Óleo Vegetal Hidrotratado) , uma alternativa renovável ao diesel. Segundo Victor Barra , diretor de agronegócios da Acelen, a empresa desenvolveu tecnologias inéditas para extração contínua de óleo de macaúba , tornando viável sua produção industrial. “Estamos na fase de comissionamento, testando os equipamentos para garantir máxima eficiência operacional”,  afirma Barra. Acelen Planeja Produzir 1 Bilhão de Litros de Óleo de Macaúba A estratégia da Acelen é ambiciosa: produzir 1 bilhão de litros de óleo de macaúba  em sua refinaria em Mataripe (BA), suprindo a crescente demanda global por combustíveis sustentáveis. Plantação de Macaúba. Imagem: Neofeed Além disso, a empresa já iniciou o plantio das primeiras 85 mudas  em seu Agripark, aproveitando a estação chuvosa. O centro terá capacidade para germinar 1,7 milhão de sementes por mês  e produzir 10,5 milhões de mudas por ano , consolidando a produção em larga escala . 🔹 Investimento total no Acelen Agripark:  R$ 314 milhões 🔹 Financiamento via BNDES:  R$ 258 milhões O Brasil tem uma vantagem competitiva única  nesse setor. Com cerca de 40 milhões de hectares de terras degradadas , o país pode expandir a produção sem comprometer áreas de floresta, posicionando-se como líder global na bioenergia sustentável. São Paulo Também Investe na Macaúba Como Biocombustível A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo  está incentivando o cultivo sustentável da macaúba como alternativa para recuperação de áreas degradadas e produção de biocombustíveis . O Instituto Agronômico de Campinas (IAC)  iniciou pesquisas sobre a palmeira em 2006 , e, em 2023, firmou uma parceria com a Acelen para capacitar pequenos e médios agricultores, tornando a produção acessível e viável economicamente . "O objetivo é transformar São Paulo em um polo nacional na produção de óleos vegetais para biocombustíveis",  afirmou um representante do IAC. O Brasil Rumo à Liderança Global em Bioenergia Com investimentos robustos e uma matéria-prima altamente produtiva, o Brasil está prestes a se tornar uma potência na produção de biocombustíveis sustentáveis . A aposta da Acelen na macaúba como querosene verde  pode consolidar o país como referência na transição para uma economia de baixo carbono , beneficiando tanto o setor aéreo quanto o meio ambiente. Fonte: https://neofeed.com.br/economia/empresa-do-mubadala-reforca-aposta-de-us-3-bilhoes-na-macauba-como-querosene-verde/

  • USP Sustentável: Novo Programa Reforça Compromisso da Universidade com a Sustentabilidade

    A Universidade de São Paulo (USP) lançou um novo programa para fortalecer ações de sustentabilidade e ampliar a participação da comunidade acadêmica em práticas ambientais responsáveis. O USP Sustentável visa dar visibilidade às iniciativas sustentáveis da universidade, além de abrir novos canais de engajamento para alunos, professores e funcionários. A iniciativa reforça o compromisso da USP em tornar seus campi modelos de sustentabilidade para o Brasil, promovendo pesquisas inovadoras, gestão ambiental eficiente e uma cultura acadêmica alinhada às metas globais de desenvolvimento sustentável. Um Movimento pela Sustentabilidade Universitária O USP Sustentável nasce com o objetivo de fortalecer a comunicação sobre projetos ambientais desenvolvidos na universidade, que já conta com mais de 200 iniciativas ativas e 2.500 pesquisadores  focados nessa área. A criação do programa foi motivada pela necessidade de ampliar a visibilidade e a adesão da comunidade universitária às práticas sustentáveis, tornando a USP um exemplo de inovação ambiental. Principais ações do USP Sustentável: ✔️ Criação do portal oficial : USP Sustentável , que reunirá notícias, eventos e projetos. ✔️ Presença digital  no Instagram via @usp.sustentavel , incentivando a interação da comunidade. ✔️ Divulgação de pesquisas e iniciativas  pelo Jornal da USP , com um selo especial para identificar conteúdos relacionados. ✔️ Campanhas periódicas  de conscientização sobre práticas sustentáveis nos campi. “A sustentabilidade tem sido um dos princípios norteadores da nossa gestão. O USP Sustentável joga luz sobre essa produção científica e sobre as iniciativas da Universidade nessa área.”- Carlos Gilberto Carlotti Junior , Reitor da USP Investimentos e Pesquisa: A Sustentabilidade na Prática A USP já investiu R$ 250 milhões  em pesquisas sobre sustentabilidade, com previsão de novos aportes até o final de 2025. A universidade mantém cinco Centros de Pesquisa  dedicados a temas ambientais: Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC) Centro de Estudos Amazônia Sustentável CCARBON RCGI USP PROCLIMA Além disso, a Superintendência de Gestão Ambiental (SGA) coordena projetos voltados para educação ambiental, uso eficiente de água e energia, mudanças climáticas e mobilidade sustentável . Em 2023, foi criado o Grupo de Trabalho de Transição Energética, formado por especialistas de diversas áreas para desenvolver soluções em descarbonização, geração de energia limpa e segurança energética nos campi da USP. Como Participar do USP Sustentável? A USP convida toda a comunidade acadêmica a se engajar nas iniciativas sustentáveis por meio do portal USP Sustentável . No site, será possível acessar conteúdos sobre práticas ambientais, projetos acadêmicos e oportunidades de participação em eventos e campanhas. Acompanhe também nas redes sociais: 📢 Instagram: @usp.sustentavel Fonte: https://jornal.usp.br/institucional/usp-lanca-novo-programa-para-dar-visibilidade-as-acoes-de-sustentabilidade/

  • Cientistas brasileiros descobrem enzima que pode revolucionar a indústria de biocombustíveis

    Estudo do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) revela molécula capaz de aumentar eficiência de biorrefinarias e acelerar transição para energia sustentável. Enzima descoberta em pesquisa pode aumentar o potencial de quebra da celulose em escala industrial. Créditos: My images Cientistas brasileiros do CNPEM identificaram uma enzima - CelOCE (Cellulose Oxidative Cleaving Enzyme) - com potencial para transformar a indústria de biocombustíveis. A descoberta, detalhada em pesquisa recente e publicada na revista Nature , destaca como a enzima, isolada de microrganismos em solos brasileiros, otimiza a degradação de biomassa, processo crucial para a produção de etanol de segunda geração e outros biocombustíveis. A enzima atua de forma única ao quebrar componentes complexos da biomassa vegetal, como a lignina, substância que dificulta a conversão de açúcares em energia. A CelOCE opera por um mecanismo de clivagem oxidativa, elevando a eficiência de conversão de celulose de 60-70% para 80%. O avanço chega em um momento estratégico, quando o Brasil busca consolidar sua liderança global em biocombustíveis sustentáveis, alinhado às metas climáticas do Acordo de Paris. A eficiência nos processos pode aumentar de 60% para 80% com a utilização da CelOCE. Foto: Jornal Cana A nova enzima não apenas beneficia a produção de etanol, mas também pode ser aplicada na fabricação de bioplásticos e outros materiais renováveis. "Essa descoberta reforça o papel do Brasil como laboratório global de soluções sustentáveis", afirma um dos coordenadores do estudo. A expectativa é que a tecnologia seja testada em escala industrial até 2026, com parcerias já em negociação com empresas do setor sucroenergético. Além do CNPEM, instituições como a Universidade de São Paulo (USP) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) têm contribuído para avanços na área. Uma limitação é a incerteza sobre o volume exato de aumento na produção, que varia com a quantidade de resíduos disponíveis. Comparações com outras descobertas, como enzimas para jet fuel derivado de óleo de etanol de milho ( A new enzyme could turn corn oil into jet fuel ), indicam um campo em rápida evolução, mas a CelOCE destaca-se por seu foco em celulose. Fonte: https://globorural.globo.com/inovacao/noticia/2025/02/cientistas-brasileiros-descobrem-enzima-que-pode-ser-nova-revolucao-nos-biocombustiveis.ghtml

  • Pequenos produtores rurais padecem de exclusão pela falta de conectividade

    Uma pesquisa realizada pela KPMG, em parceria com a Sociedade de Engenheiros da Mobilidade do Brasil, revelou que apenas 16% das propriedades rurais no Brasil possuem acesso à internet de qualidade. Esse déficit tecnológico afeta principalmente pequenos e médios agricultores. Plantação de Milho - Fonte: Shuttershock O engenheiro agrônomo Rodrigo Maule, pesquisador associado do Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC) e coordenador executivo do Grupo de Políticas Públicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), ambos da USP, analisa os fatores que dificultam a conectividade no campo e os impactos negativos para os agricultores. Rodrigo Maule – Foto: Gerhard Waller / ESALQ Segundo Maule, a falta de infraestrutura e os altos custos necessários para implementar a conectividade são os principais obstáculos. "A telefonia móvel é o meio mais democrático de comunicação e acesso a dados em qualquer lugar. Contudo, o alto custo e a baixa demanda tornam o atendimento nas áreas rurais pouco atrativo para as operadoras", afirma Maule. INCLUSÃO O pesquisador, que contribuiu com um capítulo no livro "Agro 4.0: Fundamentos, Realidades e Perspectivas para o Brasil", enfatiza que a conectividade é essencial para pequenos produtores e a agricultura familiar. Sem ela, esses profissionais enfrentam barreiras significativas para se integrar ao mercado de produção. "A comunicação facilita o acesso ao mercado, a troca de informações e a comercialização de insumos. A ausência dessa conectividade pode levar à exclusão produtiva e perda de competitividade", analisa Maule. MELHORIAS Maule destaca que uma melhor conexão nas áreas rurais traria benefícios significativos, como acesso à assistência técnica remota. Muitas vezes, produtores esperam semanas por uma visita técnica, causando atrasos na produção. Com a comunicação móvel, problemas podem ser resolvidos rapidamente através de mensagens e compartilhamento de arquivos com técnicos ou outros agricultores. Além disso, a emissão de documentos como notas fiscais e guias de transporte animal seria agilizada com recursos digitais. Sem acesso a essas ferramentas, os agricultores precisam se deslocar até cidades próximas, gastando tempo e recursos. "A boa comunicação facilita o acesso a inovações, melhora a gestão da unidade produtiva e traz grandes benefícios para os agricultores", comenta Maule. INVESTIMENTO Rodrigo Maule afirma que a conectividade rural é uma prioridade para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Ministério das Comunicações (MCom) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esses órgãos possuem secretarias dedicadas ao tema. Um mecanismo importante para melhorar a conexão rural é o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Criado pela Lei 9.998, de 17 de agosto de 2000, o fundo visa financiar a expansão de serviços de comunicação em escolas, comunidades carentes e áreas rurais. "Precisamos de bons projetos e estudos técnicos para acessar esses recursos e ampliar a conectividade rural, promovendo inclusão produtiva e digitalização. É uma operação irreversível, e devemos oferecer essas condições para produtores de todos os portes", conclui Maule. Veja a matéria, na íntegra, em: https://jornal.usp.br/radio-usp/falta-de-acesso-a-internet-de-qualidade-no-meio-rural-exclui-pequenos-produtores/

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