
Busca no Site
150 resultados encontrados com uma busca vazia
- Plataforma Educacional oferta capacitações on-line desenvolvidas pela Embrapa
A plataforma e-Campo tem como principal objetivo contribuir com o compartilhamento de conhecimento e tecnologias gerados durante as pesquisas realizadas pela Embrapa. A Embrapa, juntamente com seus parceiros, vem desenvolvendo capacitações composta por equipes multidisciplinares, e baseadas em metodologias e estratégias adequadas ao público jovem e adulto, respeitando a experiência do participante e priorizando a aplicação prática dos conteúdos. Os cursos são consideradas como "livres a distância" (uma forma de educação não-formal de duração variável) destinados à fornecer conhecimentos que contribuam para a profissionalização, qualificação e atualização. Público Alvo As capacitações do e-Campo são recomendadas para jovens a partir de 15 anos e adultos que possuem interesse em adquirir conhecimentos e habilidades relacionadas às tecnologias desenvolvidas pela Embrapa e seus parceiros. A plataforma, atualmente, dispõe de mais de 100 capacitações ativas e, dentre estas, a maioria são gratuitas. Podemos destacar as seguintes capacitações ofertadas: Recuperação de Pastagens Degradadas ; Compostagem ; Cromatografia - Conceitos básicos ; Apicultura para iniciantes ; Saneamento Básico Rural ; Sistema de Plantio Direto ; Tecnologias para Agricultura de Baixo Carbono ; e muito mais ... Para saber mais, acesse a plataforma e-Campo da Embrapa.
- II Simpósio INCT Combate à Fome: Reflexões sobre Políticas Públicas de Segurança Alimentar no Brasil
O II Simpósio INCT Combate à Fome ocorrerá no dia 4 de dezembro de 2024, das 8h30 às 18h30, na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. O evento é gratuito e aberto ao público, com transmissão ao vivo pelo canal da FSP-USP no YouTube . Focado em debater políticas públicas de segurança alimentar , o simpósio reunirá pesquisadores, agentes públicos e representantes da sociedade civil para abordar temas como produção agrícola sustentável , saberes contemporâneos no combate à fome e o papel da comunicação científica. O tema central será “Políticas Públicas de Segurança Alimentar no Brasil: Pesquisas para governança e transformação dos sistemas alimentares” . O simpósio será dividido em três mesas de debate , além de palestras, exposições científicas e uma feira de agricultores. A programação completa pode ser acessada clicando aqui . Destaques da Programação Abertura (8h30) : Apresentação do evento. Palestra Magna (9h) : Shining a light on food systems monitoring and governance , com Jessica Fanzo (Columbia Climate School, EUA). Mesa 1 (9h30) : Tema: Produção Agrícola Sustentável no Brasil: Desafios internos e externos . Coordenadores: Sílvia Helena Galvão de Miranda (Esalq/USP) e Antonio Mauro Saraiva (IEA/USP). Palestras sobre pesquisa agropecuária e o papel dos produtores familiares. Mesa 2 (14h) : Tema: Saberes Contemporâneos para o Enfrentamento da Má-Alimentação . Discussão sobre indicadores climáticos, desigualdades e a transformação dos sistemas alimentares. Mesa 3 (16h) : Tema: Comunicação, Educação e Difusão Científica no Combate à Fome e Promoção da Saúde . Participação de especialistas da Argentina e Brasil para debater educação alimentar e soberania alimentar. Encerramento (18h30) : Apresentação de resultados das atividades do INCT. Sobre o INCT Combate à Fome O evento é organizado pelo INCT Combate à Fome, uma iniciativa transdisciplinar vinculada ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com a FSP-USP e a Capes. O projeto busca estratégias inovadoras e políticas públicas para garantir o direito humano à alimentação adequada, com apoio de ferramentas como inteligência artificial . Serviço 📅 Data: 4 de dezembro de 2024 📍 Local: Anfiteatro Paula Souza, Faculdade de Saúde Pública da USP 💻 Online: Transmissão no YouTube 💡 Para mais informações, acesse o site do evento .
- Escassez Hídrica e Saúde: Impactos e Soluções Propostas por Paulo Saldiva
A crise hídrica, intensificada pelas mudanças climáticas, preocupa especialistas como o professor Paulo Saldiva, que destacou os efeitos da seca e da redução no fornecimento de água durante sua coluna na Rádio USP. Segundo Saldiva, a escassez hídrica traz consigo um problema adicional: a piora na qualidade da água. As projeções indicam um agravamento desse cenário já no próximo ano, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, com impacto direto na saúde pública. “O cenário não é bom. Algumas regiões, na região de Sorocaba, de Piracicaba, já trabalhamos com níveis de estresse hídrico muito grande, e a Região Metropolitana de São Paulo vai buscar água cada vez mais longe e de forma cada vez mais cara.”- ressalta o Prof. Saldiva. A diminuição do volume disponível reduz a capacidade de diluir resíduos, intensificando a concentração de poluentes nos corpos d'água. Além disso, em situações de crise, muitas pessoas recorrem a fontes alternativas, como poços contaminados por esgoto ou resíduos industriais, elevando os riscos à saúde. Nos períodos de seca e baixa oferta hídrica, há um aumento significativo de doenças transmitidas pela água. "A saúde acaba sendo a última barreira para tratar os problemas, mas as respostas efetivas estão nas políticas públicas e em mudanças de comportamento", alerta o professor. Soluções Propostas Para Saldiva, o enfrentamento da crise hídrica exige ações estruturais e culturais. Entre as medidas citadas estão: Reuso de Água : Incentivar o reaproveitamento de recursos hídricos como forma de mitigar a escassez. Construção de Reservatórios : Ampliar a capacidade de armazenamento e manejo da água. Educação e Conscientização : Promover uma mudança cultural, deixando de tratar a água como um recurso inesgotável e adotando hábitos de consumo mais sustentáveis. Melhoria do Tratamento de Esgoto : Investir em tecnologias para destinação e tratamento adequado dos resíduos sanitários. Um Chamado à Sustentabilidade O professor enfatiza que o acesso à água não será extinto, mas se tornará cada vez mais difícil, exigindo uma preparação antecipada para evitar colapsos futuros. Ele conclui que a solução passa por aumentar a sustentabilidade do sistema e ajustar hábitos de consumo, com foco em políticas sistêmicas que priorizem a preservação ambiental e a saúde coletiva. Paulo Saldiva foi membro do comitê que estabeleceu os padrões de qualidade do ar e do comitê que definiu o potencial carcinogênico da poluição atmosférica, ambos da Organização Mundial de Saúde. Para saber mais sobre esse e outros assuntos, acesse aqui .
- 1ª Exposição Internacional de Máquinas Agrícolas da China é Realizada em Mato Grosso
O evento marca os 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China e busca fortalecer os laços entre os dois países no setor agroindustrial. O estado de Mato Grosso será o palco da 1ª Exposição Internacional de Máquinas Agrícolas da China (Ciame) no Brasil, que ocorrerá entre os dias 26 e 28 de novembro na cidade de Primavera do Leste. Organizado pelo Ministério de Comércio da República Popular da China e coordenado pela empresa Nanguang, o evento conta com o apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). A iniciativa visa apresentar as mais recentes inovações em agricultura digital e inteligente, além de promover o intercâmbio de conhecimentos entre empresários e produtores rurais sobre tendências e desafios do setor. A exposição será realizada no estacionamento da empresa LongPing High-Tech , reunindo mais de 30 expositores e oferecendo entrada gratuita ao público. O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destacou a relevância do evento para o estado: “Este evento é uma oportunidade para continuar fortalecendo a imagem mato-grossense. Nossa agricultura é uma das mais produtivas e inovadoras do mundo. Eventos como esse são fundamentais para impulsionar a troca de experiências e o avanço tecnológico no setor.” Além disso, Miranda enfatizou que a realização de eventos internacionais faz parte da estratégia do Governo de Mato Grosso para expandir a competitividade dos produtos agrícolas locais no mercado global, consolidando a exportação de commodities e incentivando o crescimento econômico do estado. A 1ª Exposição Internacional de Máquinas Agrícolas da China promete ser um marco tanto para o setor agroindustrial mato-grossense quanto para a ampliação das relações comerciais entre Brasil e China. Para saber mais, acesse aqui .
- Desafios do G20 no Enfrentamento à Transformação dos Sistemas Alimentares Globais
A segurança alimentar é uma das principais questões enfrentadas globalmente, e o papel do G20 na reformulação dos sistemas alimentares é essencial para mitigar a fome no mundo. O G20 , fórum internacional de cooperação econômica fundado em 1999, é uma plataforma que reúne as maiores lideranças globais para debater temas fundamentais ao desenvolvimento socioeconômico mundial. Sob a presidência brasileira neste ano, o Rio de Janeiro recebe eventos importantes como o Urban 20 (U20), o G20 Social e a Cúpula dos Líderes do G20. Entre os principais assuntos em discussão estão a inclusão social, combate à fome, mudanças climáticas e a reforma das instituições globais de governança. Segundo especialistas, isso requer políticas voltadas para a sustentabilidade, como a redistribuição de subsídios agrícolas para práticas mais sustentáveis e a promoção de tecnologias que aumentem a eficiência do uso da terra. Durante a presidência do Brasil, o tema da segurança alimentar deverá ocupar uma posição central nas discussões do grupo. O Brasil enfrenta desafios significativos: em 2022, mais de 125 milhões de brasileiros estavam em situação de insegurança alimentar, incluindo 33 milhões em fome extrema. Paralelamente, 26,8% da população adulta sofre de obesidade, conforme dados do IBGE. Globalmente, o cenário não é diferente: mais de 700 milhões de pessoas passam fome, enquanto dietas monótonas e alimentos ultraprocessados contribuem para a obesidade mundial. Este problema é agravado por sistemas alimentares ineficientes, que causam desperdício de recursos e prejudicam o meio ambiente. Uma alternativa promissora para enfrentar esses desafios é o reaproveitamento de áreas de pastagem improdutivas. Transformar essas áreas em sistemas agroflorestais ou em terrenos para agricultura sustentável pode aumentar a produção de alimentos saudáveis e diversificados, reduzir a pressão sobre o meio ambiente e fortalecer as economias locais. Além disso, a diversificação de culturas agrícolas reduz a dependência de monoculturas, que são mais suscetíveis a pragas, mudanças climáticas e degradação do solo. Os debates no G20 podem ser determinantes para incentivar mudanças nos sistemas alimentares e implementar políticas que favoreçam uma produção mais sustentável e uma distribuição justa. Para isso, é necessário integrar as preocupações ambientais, sociais e econômicas em um esforço global coordenado. Ao colocar a segurança alimentar no centro de suas decisões, o G20 pode redefinir os paradigmas globais, provando que é possível alimentar o mundo de forma sustentável. Fonte: Jornal da USP
- Centros de Estudos da USP Reafirmam o Papel da Universidade no Cenário Global
A Universidade de São Paulo (USP) dá um passo significativo para alinhar suas atividades acadêmicas às demandas globais com a criação de Centros de Estudos multidisciplinares. A Revista USP, em sua edição de número 143, homenageia os 90 anos da Universidade de São Paulo, a maior universidade do país e, segundo inúmeras classificações internacionais, uma das mais importantes do mundo. Diversos artigos elaborados sobre temas como inovação, agendas globais e o futuro da pesquisa no mundo foram reunidos em uma coluna: dossiê ciência no Brasil “É papel fundamental da Universidade engajar a ciência brasileira no desenvolvimento de novas frentes de pesquisa. As conferências e atividades dos encontros acadêmicos sobre ‘O futuro da ciência no Brasil’ cumprem esse papel e objetivam manter a USP alinhada com o que de mais relevante as universidades produzem no mundo” (Carlos Gilberto Carlotti Junior, Reitor da Universidade de São Paulo). Com um modelo inspirado nas melhores universidades do mundo, os Centros de Estudos, criados a partir de 2023 e vinculados à reitoria, concentram-se na pesquisa, ensino e extensão, promovendo conexões com o governo, o setor privado e a sociedade civil. Além disso, visam abordar desafios globais como sustentabilidade, saúde, mudanças climáticas e inovação tecnológica, contribuindo para as metas estabelecidas pela ONU na Agenda 2030. Os primeiros oito centros incluem iniciativas em áreas estratégicas como: Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC) Missão : Coordenar iniciativas para promover uma agricultura tropical sustentável, integrando pesquisa, inovação e impacto social. Destaques : Projetos como a domesticação da macaúba , que transforma áreas degradadas em polos de bioenergia. Criação do Selo Verde Brasil , certificando produtos sustentáveis com competitividade global. Impacto direto em múltiplos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como erradicação da fome e mitigação de mudanças climáticas. Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical (CCARBON) Missão : Avançar a agricultura de baixo carbono, desenvolvendo práticas inovadoras para mitigar mudanças climáticas. Destaques : Pesquisa interdisciplinar sobre sequestro de carbono em solos agrícolas. Publicação de estudos de alto impacto e colaboração com instituições globais. Desenvolvimento de tecnologias para captura de carbono e capacitação de profissionais para práticas sustentáveis. Centro de Estudos Amazônia Sustentável (CEAS) Missão : Combater a tripla crise planetária (clima, biodiversidade e poluição) através de ciência integrada e conhecimento indígena. Destaques : Parcerias com instituições amazônicas como a UFPA e o Instituto Mamirauá. Foco em soluções inovadoras para conservação, restauração ecológica e justiça socioambiental. Construção de uma agenda científica para fortalecer a resiliência da Amazônia e mitigar impactos climáticos. Centro de Estudos em Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina (CIAAM) Missão : Colocar a USP como líder em inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (AM) no Brasil e no mundo. Destaques : Integração de grupos de pesquisa com instituições internacionais, como o Turing Institute e o Mila. Projetos em áreas como cidades inteligentes, saúde e educação, com forte impacto social. Promoção de cursos abertos, incluindo um recente que atraiu mais de 35 mil inscritos. Centro de Estudos de Gases de Efeito Estufa (RCGI) Missão : Liderar pesquisas e inovações tecnológicas voltadas à mitigação de gases de efeito estufa (GEE). Destaques : Desenvolvimento de tecnologias como bioenergia com captura de carbono (BECCS) e produção de hidrogênio verde. Instalações pioneiras, como a primeira planta piloto de hidrogênio derivado de etanol. Fortalecimento do Brasil como referência global em tecnologias de descarbonização. Centro Observatório das Instituições Brasileiras (COI) Missão : Analisar e aprimorar as instituições brasileiras, formal e informalmente, por meio de pesquisas interdisciplinares. Destaques : Foco em temas como gênero, saúde, segurança pública e sustentabilidade. Eventos como “As Mulheres e as Instituições”, que destacam desigualdades e promovem soluções para carreiras científicas e jurídicas. Produção de pesquisas que conectam democracia, cultura e desenvolvimento sustentável. Centro USP-China Missão : Fomentar parcerias entre a USP e instituições chinesas em áreas prioritárias como saúde, sustentabilidade e big data. Destaques : Colaboração estratégica com universidades de destaque na China, como Tsinghua e a Academia Chinesa de Ciências. Projetos em segurança alimentar, mudanças climáticas e inovação tecnológica. Papel de liderança do Brasil na articulação acadêmica entre o Sul Global e a China. Centro de Estudos e Tecnologias Convergentes para Oncologia de Precisão (C2PO) Missão : Promover inovações no diagnóstico e tratamento do câncer, com foco em soluções acessíveis ao Sistema Único de Saúde (SUS). Destaques : Utilização de tecnologias como genômica, imunoterapia e inteligência artificial para diagnósticos precisos. Criação de materiais educativos e campanhas contra preconceitos sobre o câncer. Colaboração em tratamentos avançados, incluindo terapia celular e nanotecnologia. Com essas iniciativas, a USP reforça sua missão de utilizar o conhecimento como ferramenta de transformação social e ambiental. O modelo integrado e sustentável solidifica a posição da universidade como referência em ciência e tecnologia no Brasil e no mundo. Para saber mais sobre os Centros de Estudos da USP, veja aqui.
- Coordenador do STAC afirma que a Conectividade Rural tem impactos sustentáveis significativos nas esferas econômica, social e ambiental
O professor Durval Dourado Neto, titular da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), destaca-se como uma referência no desenvolvimento de tecnologias voltadas para a conectividade e sustentabilidade no setor agrícola. Com uma carreira dedicada a pesquisas inovadoras, ele foi recentemente premiado pela Fundação Bunge de 2024 pelo impacto de seu trabalho na área de conectividade rural, reconhecendo sua contribuição para um setor agrícola mais moderno e interconectado. Formado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Viçosa e com especializações e pós-doutorado em instituições renomadas, como o International Centre for Theoretical Physics (ICTP) e a Universidade da Califórnia, Dourado Neto dedica-se a projetos que buscam ampliar o acesso à internet e à tecnologia nas áreas rurais. Em sua visão, a conectividade rural não apenas otimiza a produção agrícola e a gestão das propriedades, mas também transforma o ambiente rural ao possibilitar avanços significativos na educação, geração de emprego e preservação ambiental. À frente do Grupo de Políticas Públicas (GPP) e do Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC), ambos vinculados à USP, o professor trabalha com uma equipe multidisciplinar para caracterizar as demandas de conectividade rural e fornecer subsídios importantes para o desenvolvimento de políticas públicas. Esses dados são utilizados pelo governo federal para ampliar a infraestrutura de internet no campo, facilitando o uso de ferramentas digitais e o acesso a insumos que potencializam a produtividade e reduzem custos operacionais no agronegócio. Durval Dourado Neto ressalta que a conectividade no campo traz impactos profundos nas esferas econômica, social e ambiental. Por meio da inclusão digital, ele acredita que é possível criar um ambiente rural mais sustentável e competitivo, capaz de atrair novas gerações e melhorar a qualidade de vida das comunidades rurais. A ampliação da conectividade também facilita o monitoramento de recursos naturais e promove o uso mais eficiente de insumos, contribuindo para uma agricultura mais sustentável e menos impactante ao meio ambiente. "Com o avanço dos estudos, é possível identificar as lacunas e contribuir para alternativas de aumento de produtividade, com menor impacto ambiental, maior geração de emprego e melhoria da educação e renda e, consequentemente, da qualidade de vida." - afirma o Coordenador do STAC e do GPP. Seu trabalho, segundo o professor, vai além da geração de conhecimento técnico. Ele afirma que a premiação incentiva a continuidade de estudos que apresentam benefícios reais para a sociedade, promovendo uma transformação inclusiva no campo e fortalecendo a conexão entre o setor agrícola e as tecnologias digitais. Este reconhecimento destaca a importância de uma agricultura conectada e moderna para o futuro do setor no Brasil, onde a conectividade rural emerge como um elemento-chave para a sustentabilidade e a inovação no agronegócio.
- Agricultura Regenerativa apresenta caminhos para sustentabilidade no campo
Com foco na regeneração do solo, no aumento da biodiversidade e na promoção da sustentabilidade, a agricultura regenerativa se destaca como uma alternativa que vai além da simples manutenção dos sistemas agrícolas, oferecendo uma nova visão para o futuro da produção sustentável. Diferentemente da agricultura convencional, que visa controlar os impactos negativos, a agricultura regenerativa busca ativamente recuperar e melhorar as condições do solo e do ecossistema agrícola. Esse conceito, introduzido na década de 1980 pelo americano Robert Rodale, se popularizou como resposta aos desafios ambientais e climáticos que hoje ameaçam a produção agrícola global. Com o crescimento da demanda por alimentos e a pressão sobre os recursos naturais, técnicas de conservação e regeneração do solo, como o plantio direto, o uso de bioinsumos e a integração de sistemas agroflorestais, estão se tornando indispensáveis. No Brasil, onde o clima pode variar entre períodos de seca intensa e fortes chuvas, as práticas regenerativas também ajudam a mitigar os efeitos das mudanças climáticas e a reduzir a erosão dos solos. Práticas Regenerativas Um dos pilares da agricultura regenerativa é a rotação de culturas, prática que envolve alternar o cultivo de diferentes plantas na mesma área ao longo dos ciclos agrícolas. A rotação evita a exaustão dos nutrientes do solo, melhora a saúde da microbiota e ajuda a controlar naturalmente as pragas e doenças, reduzindo a dependência de pesticidas. Quando combinada com o plantio direto — técnica que minimiza o revolvimento do solo — a rotação de culturas contribui para a preservação da estrutura e da fertilidade do solo. Além disso, a cobertura vegetal (ou palhada) plantada entre as safras principais, protege o solo contra a erosão e melhora sua estrutura ao fornecer matéria orgânica. Este manejo conserva a umidade, aumenta a fertilidade e cria um habitat para organismos benéficos ao solo, como bactérias e fungos, fundamentais para o ciclo de nutrientes. Outro ponto central da agricultura regenerativa é a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), prática que traz animais para o sistema agrícola, seja para pastagem rotativa ou para uso conjunto com culturas e árvores. Essa técnica amplia a fertilidade do solo, promove o controle natural de pragas e aumenta a diversidade ecológica da área. O resultado é um sistema produtivo mais equilibrado e resiliente, capaz de responder melhor a eventos climáticos extremos e flutuações de mercado. Saúde do Solo Ao promover práticas que preservam a microbiota e aumentam a quantidade de matéria orgânica, a agricultura regenerativa transforma o solo em um "estoque de carbono". Esse processo não só melhora a fertilidade, mas também contribui para a captura de carbono da atmosfera, um benefício ambiental significativo em tempos de aquecimento global. Esse cuidado com o solo não apenas assegura a produtividade imediata, mas também cria condições para uma produção sustentável a longo prazo, com menor dependência de insumos externos e maior resistência a condições climáticas adversas. Sustentabilidade A sustentabilidade é o cerne da agricultura regenerativa, que visa não apenas a produção de alimentos, mas a proteção dos recursos naturais e o fortalecimento da resiliência econômica dos agricultores. Ao integrar técnicas que promovem a saúde do solo e reduzem as emissões de gases de efeito estufa, a agricultura regenerativa contribui para a mitigação das mudanças climáticas, ao mesmo tempo que proporciona maior segurança alimentar e estabilidade econômica aos produtores. E o futuro? Com incentivos à sustentabilidade e ao uso de tecnologias que ajudam a preservar o solo, a agricultura regenerativa pode se tornar um modelo para o futuro da produção de alimentos, ao oferecer, não apenas um caminho para a sustentabilidade, mas uma visão de futuro em que a produção de alimentos anda lado a lado com a preservação dos recursos naturais e o bem-estar das comunidades agrícolas. Empresas de fertilizantes e bioinsumos, por exemplo, têm apoiado a transição para práticas mais sustentáveis, desenvolvendo produtos que nutrem as plantas e aumentam a resiliência dos solos. O Brasil, com sua rica diversidade ambiental e agrícola, tem potencial para liderar esse movimento e se consolidar como um exemplo de agricultura sustentável no cenário global. Fontes: Embrapa e Nutrição de Safras
- "Desertos e Pântanos Alimentares": Mapeamento identifica áreas de difícil acesso à alimentos saudáveis
Ferramenta, lançada recentemente, não apenas identifica regiões chamadas de “desertos alimentares” e “pântanos alimentares,” mas também fornece subsídios para políticas públicas que possam identificar essas zonas e possibilitar um olhar mais estratégico para o planejamento de políticas de segurança alimentar. O Brasil enfrenta uma batalha constante contra a fome e a insegurança alimentar. Nesse contexto, a iniciativa “Alimenta Cidades” surge como uma plataforma estratégica e inovadora, buscando mapear e compreender as áreas de vulnerabilidade alimentar do país. Estima-se que mais de 64 milhões de brasileiros serão diretamente beneficiados com a implementação de estratégias planejadas a partir dos dados gerados pela plataforma. Mapeamento e desenvolvimento do "Alimenta Cidades" A plataforma foi criada com o objetivo de identificar e analisar desertos e pântanos alimentares — áreas onde a população tem acesso limitado a alimentos frescos, saudáveis e acessíveis. Os desertos alimentares são regiões onde há escassez de estabelecimentos que oferecem frutas, verduras, legumes e outros produtos in natura, essenciais para uma dieta balanceada. Já os pântanos alimentares são áreas onde há uma alta concentração de estabelecimentos que vendem alimentos ultraprocessados e de baixo valor nutricional, contribuindo para a má nutrição e doenças crônicas. O mapeamento desses locais é fundamental, pois revela onde a população enfrenta barreiras para manter uma alimentação saudável. O Grupo de Políticas Públicas ( GPP ), vinculado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), vem desenvolvendo projetos de análise territorial, avaliação, proposição e monitoramento de políticas públicas voltadas à interface agricultura, meio ambiente e sociedade. Coordenado pelo Professor Durval Dourado Neto , Professor titular da Esalq/USP, o grupo atualizou, e incrementou com novos dados, o mapeamento de desertos alimentares, iniciado em 2018 pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan). Segundo a Agência Brasil, a plataforma "Alimenta Cidades" utiliza dados atualizados e técnicas avançadas para identificar essas zonas e possibilitar um olhar mais estratégico para o planejamento de políticas de segurança alimentar. Por meio dessas informações, é possível entender a distribuição geográfica da insegurança alimentar e mobilizar recursos para transformar essas realidades. Impacto Social e Políticas de Segurança Alimentar O “Alimenta Cidades” é mais que uma ferramenta digital; é um movimento que visa transformar o cenário da segurança alimentar no país. No segundo encontro da estratégia, realizado em outubro de 2024, foi anunciado que a iniciativa pretende beneficiar diretamente milhões de brasileiros, integrando ações com governos locais, estaduais e federal para fortalecer cadeias de produção e distribuição de alimentos saudáveis e acessíveis. A partir dos dados fornecidos pela plataforma, políticas mais assertivas e localizadas podem ser desenvolvidas para garantir que comunidades vulneráveis tenham acesso a alimentos de qualidade e a preços justos. Um dos principais focos do projeto é o incentivo à produção e comercialização de produtos da agricultura familiar. A estratégia visa fortalecer a presença de alimentos frescos nas regiões mapeadas como desertos alimentares, além de promover parcerias entre produtores locais e estabelecimentos comerciais. Com isso, o programa estimula a economia local e contribui para que o acesso a alimentos saudáveis seja uma realidade para um número crescente de brasileiros. Desafios e Perspectivas para o Futuro Implementar ações efetivas em desertos e pântanos alimentares requer um esforço conjunto de diversas esferas do governo e da sociedade civil. Os desafios vão desde a infraestrutura para o escoamento da produção até a conscientização sobre os benefícios de uma alimentação saudável e equilibrada. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, uma das metas do programa é não apenas mitigar a insegurança alimentar, mas criar condições para que as famílias possam adotar hábitos alimentares sustentáveis a longo prazo. Com o uso da tecnologia para entender a geografia da fome no Brasil, a plataforma Alimenta Cidades tem o potencial de transformar a forma como o país encara e combate a insegurança alimentar. Espera-se que, com o desenvolvimento contínuo desse projeto, haja uma diminuição significativa dos desertos e pântanos alimentares no Brasil, tornando a alimentação saudável um direito acessível a todos.
- ESALQ promove evento para estudantes do ensino médio
No último dia 07/11 foi realizado um "dia de campo" com alunos da Escola Técnica Estadual Coronel Fernando Febeliano da Costa (ETEC Febeliano), organizado por professores e Grupos de Estudos ligados ao Departamento de Produção Vegetal (LPV) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) . O I Circuito da Soja, Cana e Sementes teve o propósito de transmitir informações sobre a importância econômica, identificação morfológica das plantas in loco nos canteiros, bem como conhecer subprodutos relacionados a essas culturas e entender sobre aspectos das sementes que dão início ao processo de formação da planta. Os 34 alunos da instituição de ensino médio foram recebidos por docentes da Esalq, especializados nessa área, e por alunos do Grupo de Estudos em Cana-de-Açúcar ( GECA ), do Grupo de Estudos em Soja ( GES ) e do Grupo de Tecnologia de Sementes ( GTS ). Foram realizadas explanações teóricas para os alunos sobre a origem, formas de cultivo e aplicações comerciais da soja e da cana. Além disso, os estudantes participaram de dinâmicas e fizeram uma visita ao Departamento de Sementes. Esta iniciativa alinha-se com os 12 objetivos estratégicos definidos pela Universidade de São Paulo (USP) para serem implementados até o final do próximo ano, tendo em vista a redação do objetivo estratégico de número 11 - "Aprimorar a divulgação das atividades de cultura e extensão da USP para a sociedade." Fontes: Esalq Net e Jornal da USP
- Aeronave supersônica é projetada para operar com Combustível de Aviação Sustentável
Apostando em Combustível de Aviação Sustentável (SAF), Overture, da Boom Supersonic, visa a neutralidade de carbono até 2025, combinando avanços tecnológicos com impactos positivos para a economia e o meio ambiente. A Boom Supersonic, empresa inovadora sediada nos Estados Unidos, está desenvolvendo o Overture, um jato supersônico projetado para atingir o dobro da velocidade dos aviões comerciais atuais e, ao mesmo tempo, operar com 100% de Combustível de Aviação Sustentável (SAF). Com capacidade para transportar até 80 passageiros, o Overture representa um avanço significativo no compromisso da indústria aérea com a sustentabilidade, combinando inovação e redução de impacto ambiental, e promete benefícios expressivos para a economia global. Benefícios Ambientais e Desafios do Supersônico A principal vantagem ambiental do Overture será a diminuição drástica de emissões em voos comerciais de alta velocidade. Contudo, a aviação supersônica em si ainda levanta preocupações: voar a altitudes mais elevadas significa que poluentes como óxidos de nitrogênio têm potencial para afetar diretamente a camada de ozônio e agravar o aquecimento global. A Boom Supersonic, consciente desse desafio, procura equilibrar esses impactos com a utilização exclusiva de SAF, que libera menos partículas prejudiciais e contribui para um voo mais limpo em comparação com os combustíveis fósseis. Avanços na Tecnologia do SAF A tecnologia de Combustível de Aviação Sustentável (SAF) utiliza fontes renováveis e resíduos orgânicos, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa em até 80% ao longo do ciclo de vida, em comparação com o querosene convencional. O Overture é um exemplo da aplicabilidade do SAF na aviação comercial supersônica, mostrando que a velocidade não precisa ser sinônimo de altos índices de poluição. Impactos Econômicos do SAF O desenvolvimento do SAF também impulsiona a economia verde, gerando empregos e oportunidades em setores variados, como o agronegócio, o tratamento de resíduos e as energias renováveis. De acordo com estudos da Chooose, empresa de soluções climáticas, a demanda pelo SAF poderá gerar novos empregos em países produtores e transformar resíduos agrícolas em biocombustíveis de alto valor. Isso inclui a produção de matérias-primas como óleos vegetais e resíduos agrícolas, que são refinados para se tornarem combustível de aviação. Por outro lado, o custo do SAF ainda é um desafio: ele pode ser de três a cinco vezes mais caro que o querosene tradicional, um fator que, embora represente um custo elevado para as companhias aéreas, também abre caminhos para novos investimentos e subsídios governamentais que podem tornar o SAF mais acessível ao longo do tempo. Macaúba: Fonte Promissora do SAF A macaúba, uma palmeira nativa do Brasil, desponta como uma fonte promissora para a produção de SAF, aproveitando seu alto rendimento de óleo vegetal e seu potencial de cultivo sustentável em áreas de pastagens degradadas. O óleo da macaúba é rico em ácidos graxos, essenciais para a produção de biocombustíveis de alta qualidade, como o combustível de aviação sustentável. Esse cultivo não só favorece a recuperação do solo e a biodiversidade, mas também promove o desenvolvimento econômico em regiões rurais, criando uma cadeia de produção alinhada com a conservação ambiental. A introdução do SAF a partir da macaúba no mercado de aviação coloca o Brasil em posição estratégica para atender à crescente demanda por biocombustíveis, impulsionando práticas agrícolas sustentáveis enquanto contribui para a redução das emissões de carbono no setor aéreo. Perspectivas Futuras para o Setor Aéreo Sustentável Com o Overture e outros desenvolvimentos, a Boom Supersonic está colaborando com governos e instituições de pesquisa para acelerar a produção e a acessibilidade do SAF. A meta é que, até o final da década, uma proporção significativa de voos de longa distância seja movida por biocombustíveis sustentáveis. A esperança é que os avanços nessa área fomentem um ciclo virtuoso: com maior demanda por SAF, os custos podem ser reduzidos, facilitando o acesso e a adoção em larga escala. O impacto ambiental e econômico do SAF reflete uma tendência cada vez mais visível na aviação: a busca por soluções que minimizem o impacto ambiental ao mesmo tempo em que se promovem avanços tecnológicos significativos. O Overture é um dos principais exemplos desse movimento, mostrando que, com inovação, a indústria da aviação pode se alinhar a práticas mais ecológicas sem sacrificar a performance. Fontes: NBAA: Boom Supersonic Aims for Net-Zero Carbon by 2025 / Chooose: Benefits of Sustainable Aviation Fuel (SAF) / Inside Climate News: Supersonic Aviation and Climate Change
- Embrapa e UFRRJ: práticas agrícolas sustentáveis na manutenção da porosidade do solo do Cerrado
Pesquisa apresentada na XXI Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água , serve como um guia para produtores e técnicos que buscam adotar práticas agrícolas que visam a recuperação de pastagens degradadas, especialmente em ecossistemas sensíveis como o Cerrado, onde a sustentabilidade da produção agrícola depende diretamente da preservação dos recursos naturais. O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da Embrapa em áreas do Cerrado, revelou a importância das práticas agrícolas sustentáveis na manutenção da porosidade do solo. A pesquisa demonstrou como essas práticas são essenciais para a preservação de características naturais do solo, como a porosidade e a agregação, mesmo em áreas cultivadas, comparando-as com regiões de mata nativa. Entre as práticas destacadas, o manejo adequado de pastagens degradadas foi um dos principais fatores que contribuiu para a recuperação do solo. O Papel das Pastagens Bem Manejadas O estudo focou em três sistemas de manejo agrícola, incluindo a pastagem produtiva com capim mombaça. Os resultados mostraram que a conservação da porosidade do solo é possível através de técnicas como a rotação de piquetes e o controle da taxa de lotação animal. Essas práticas permitem que as pastagens tenham tempo de recuperação, evitando a compactação do solo causada pelo pisoteio do gado. Além disso, promovem o desenvolvimento de raízes mais profundas e robustas, que são fundamentais para o aumento da matéria orgânica no solo, o que melhora sua estrutura e a capacidade de infiltração de água. Segundo o pesquisador da Embrapa Solos, David Campos , o controle da lotação animal é crucial para evitar danos à porosidade do solo: "A rotação de piquetes oferece períodos de descanso para a pastagem, permitindo que o sistema radicular se fortaleça e, consequentemente, melhore a qualidade do solo", explica Campos. Plantio Direto como Alternativa Sustentável Outro ponto de destaque da pesquisa foi a eficácia do plantio direto no controle da compactação do solo. A prática, utilizada em áreas de cultivo de milho, mostrou que a ausência de maquinário pesado e o intervalo entre colheitas ajudam a manter a estrutura do solo intacta, favorecendo a infiltração de água e o crescimento das raízes. Isso contribui diretamente para a recuperação de áreas anteriormente degradadas e para a manutenção da produtividade. Sustentabilidade e Preservação do Cerrado O bioma Cerrado, conhecido por sua rica biodiversidade, é também altamente vulnerável às práticas agrícolas inadequadas, que podem levar à compactação do solo e à redução da capacidade de infiltração de água. A pesquisa reforça que o manejo adequado do solo, incluindo a recuperação de pastagens degradadas, é vital para a sustentabilidade desse ecossistema e para a longevidade da produção agrícola na região. Érika Pinheiro , pesquisadora da UFRRJ, enfatiza a importância da densidade do solo na manutenção de sua saúde: “Solos compactados perdem a capacidade de suportar o crescimento radicular e a emergência das plantas, o que afeta diretamente a produtividade agrícola no Cerrado”, explica. Conclusões e Impactos para o Setor Agrícola Os resultados deste estudo trazem uma mensagem clara para o setor agrícola: é possível conciliar produção e conservação ambiental. Práticas sustentáveis, como o manejo correto de pastagens e o uso de sistemas de plantio direto, podem manter a qualidade do solo em níveis semelhantes aos das áreas nativas, garantindo a viabilidade econômica e a saúde ambiental no longo prazo. A pesquisa, apresentada na XXI Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água, serve como um guia para produtores e técnicos que buscam adotar práticas agrícolas mais sustentáveis e garantir a recuperação de pastagens degradadas. Isso é especialmente relevante em ecossistemas sensíveis como o Cerrado, onde a sustentabilidade da produção agrícola depende diretamente da preservação dos recursos naturais. A adoção dessas práticas aponta para um futuro em que a produção agrícola pode ser realizada em harmonia com a natureza, garantindo tanto a segurança alimentar quanto a conservação do solo para as próximas gerações. Mais informações em: https://www.canalrural.com.br/agricultura/pesquisa-destaca-como-praticas-agricolas-sustentaveis-mantem-a-porosidade-do-solo-no-cerrado/
- Brasil desponta como líder em pesquisa para agricultura sustentável
A agricultura brasileira, peça-chave na economia e na segurança alimentar global, está no centro de uma produção científica que aponta caminhos para agricultura sustentável no Brasil e sugere coordenação de instituições para avanço do setor. O Brasil, uma das maiores potências agrícolas do mundo, vem ocupando uma posição estratégica no desenvolvimento sustentável global. Com produção de alimentos que abastece não apenas o mercado interno, mas também diversas nações, o país tem o desafio de equilibrar crescimento econômico, proteção ambiental e demandas sociais. Em um estudo recente publicado na revista científica Sustainability , pesquisadores brasileiros realizaram uma análise bibliométrica das publicações científicas do país relacionadas à agricultura e sustentabilidade, revelando uma trajetória de crescimento na área e destacando instituições e autores de maior influência. A pesquisa, conduzida por uma equipe de universidades brasileiras, analisou 3.139 artigos publicados entre 2000 e 2022 por 21.380 autores. Segundo o estudo, o termo "sustentabilidade" experimentou expansão em uso, desdobrando-se em temas correlatos como "agricultura sustentável" e "intensificação sustentável". A “integração lavoura-pecuária” e a “agrofloresta” também se destacaram como práticas de grande relevância para o desenvolvimento de estudos futuros, enfatizando a importância de sistemas agrícolas que respeitem o equilíbrio ambiental. A importância das universidades e da pesquisa colaborativa A Universidade de São Paulo (USP) liderou o volume de publicações, com cerca de 33% dos estudos , seguida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Essas instituições representam mais da metade da produção científica brasileira na área e, de acordo com os autores, poderiam coordenar iniciativas de pesquisa colaborativa que envolvam diferentes estados e até outros países. A pesquisa destaca que a criação de grupos de estudo multicolaborativos facilitaria o desenvolvimento de políticas públicas mais participativas e abrangentes. “Com a participação de várias universidades e centros de pesquisa, o Brasil pode estabelecer uma base sólida de conhecimento científico aplicada às políticas públicas” , sugerem os pesquisadores. Eles afirmam que esses grupos, ao integrar conhecimento técnico e experiências locais, poderiam propor soluções inovadoras para problemas ambientais e socioeconômicos que afetam o setor agrícola. Desafios e oportunidades para uma agricultura sustentável Embora o Brasil se destaque em várias frentes agrícolas, como na produção de soja, carne e café, o modelo agrícola atual também é apontado como um contribuinte significativo para a emissão de gases de efeito estufa e para o consumo de recursos hídricos e energéticos em larga escala. Em resposta a essas preocupações, os autores observam que o país tem um crescente interesse em práticas sustentáveis, como o uso de biofertilizantes e técnicas de integração entre lavoura e pecuária. A análise sugere que, ao priorizar temas como “agricultura sustentável” e “segurança alimentar”, o Brasil pode não apenas atender às metas nacionais de sustentabilidade, mas também colaborar de maneira mais efetiva com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Segundo a pesquisa, esse compromisso é essencial para mitigar os efeitos da agricultura intensiva e promover uma gestão mais equilibrada dos recursos naturais, preservando a biodiversidade. O papel das colaborações internacionais Além de parcerias nacionais, o estudo aponta que a colaboração com instituições estrangeiras tem se mostrado crucial para o desenvolvimento do conhecimento sobre práticas agrícolas sustentáveis. Instituições como a Universidade de Ghent, na Bélgica, e a Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) foram mencionadas como parceiras estratégicas em diversos estudos, ampliando o alcance e o impacto da pesquisa brasileira. Próximos passos: do conhecimento à ação A partir dos dados levantados, os autores sugerem a criação de políticas públicas que incentivem práticas sustentáveis na agricultura e criem mecanismos para integrar a ciência com as necessidades do setor agrícola. “O conhecimento científico é uma ferramenta essencial para informar e estruturar políticas agrícolas que alinhem desenvolvimento econômico e preservação ambiental” , afirma o estudo. A pesquisa ressalta, entretanto, que para que essas políticas sejam efetivas, elas devem ser desenhadas com base em evidências científicas e com o envolvimento direto das comunidades afetadas. Dessa forma, o país poderá traçar um caminho sólido para uma agricultura sustentável, promovendo o desenvolvimento de longo prazo e garantindo a segurança alimentar para as futuras gerações.
- Silvia Massruhá na Embrapa: liderança feminina fortalece o Brasil com sustentabilidade e inovação no agro
Primeira mulher a presidir a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Massruhá representa continuidade e inovação da pesquisa agropecuária nacional, contribuindo diretamente para posicionar o país como uma referência global em agronegócio tropical e tecnologias voltadas para a sustentabilidade. A Embrapa, fundada em 1973, vem desempenhando papel estratégico na transformação do agronegócio nacional, desenvolvendo tecnologias e sistemas que sustentam o aumento da produtividade sem expandir a área plantada. O foco da instituição sempre foi promover um agronegócio adaptado às características do Brasil tropical, respeitando os diversos biomas e a complexidade ambiental. Com 43 centros de pesquisa, a Embrapa já desenvolveu cerca de 4 mil tecnologias, promovendo inovações como a adaptação da soja e o desenvolvimento de sistemas integrados de produção. Estes avanços garantiram ao Brasil um aumento de produtividade de grãos de 580% em meio século, ao mesmo tempo que a área plantada cresceu apenas 140%, um resultado impressionante e diretamente ligado ao progresso científico. A atual gestão de Massruhá enfatiza a interseção entre sustentabilidade e competitividade, sendo o momento atual de intensificar a aplicação de dados e conhecimentos acumulados ao longo dos anos, especialmente para auxiliar nas demandas energéticas e climáticas. A Embrapa não só lidera no campo da biotecnologia e da agricultura de precisão, mas também inova em bioprodutos e bioenergia, buscando alternativas como o biogás e o bioquerosene, em parceria com cadeias produtivas e empresas nacionais. A liderança de Massruhá visa consolidar o Brasil como expoente de uma agricultura tropical de baixo carbono, que utiliza dados científicos para subsidiar políticas públicas, como o programa RenovaBio, e que tem o potencial de reduzir significativamente as emissões de gases do efeito estufa. Essa visão se alinha com o momento de destaque que o Brasil terá na COP30, em Belém, onde o país poderá demonstrar seu pioneirismo na integração de lavoura, pecuária e floresta e em sistemas agroflorestais, com resultados significativos em termos de sequestro de carbono. O desafio de Massruhá é manter a Embrapa como referência global em um cenário de financiamento limitado. Para isso, ela planeja fortalecer parcerias público-privadas e discutir fontes alternativas de recursos, de modo que a Embrapa possa manter sua função estratégica na segurança alimentar e na soberania nacional. Sob sua gestão, a Embrapa tem a missão de demonstrar ao mundo que a agropecuária brasileira é, sim, sustentável, integrando produtividade e preservação ambiental em um modelo multifuncional e resiliente. Para saber mais, acesse aqui .
- BNDES financia projeto de biocombustíveis a partir da macaúba, integrando agricultura familiar e inovação.
Em uma iniciativa que combina inovação, sustentabilidade e impacto social, a Acelen, empresa de energia renovável, anunciou o desenvolvimento do Acelen Agripark em Minas Gerais, um projeto focado na produção de biocombustíveis a partir da macaúba, planta nativa brasileira com alto potencial energético. Localizado em uma área de 138 hectares, o Agripark terá setores dedicados à pesquisa genética, tecnologia de germinação e desenvolvimento de mudas e sementes, incluindo o uso de processos automatizados para redução de perdas e custos. Com o potencial de reduzir as emissões de CO2 em até 80%, esse biocombustível, que utiliza a macaúba como matéria-prima, promete ser uma alternativa ambientalmente responsável aos combustíveis fósseis. O projeto receberá um investimento bruto de R$ 314 milhões, dos quais R$ 258 milhões virão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Agricultura familiar como parceira essencial O cultivo da macaúba será realizado em uma área total de 180 mil hectares de pastagens degradadas , distribuídas entre Minas Gerais e Bahia. Em alinhamento com os princípios de sustentabilidade e desenvolvimento social, 20% dessa área será destinada a pequenos agricultores e produtores familiares , estimulando a inclusão econômica e a sustentabilidade. Essa parceria permitirá que a produção do óleo e seus derivados esteja atrelada ao fortalecimento socioeconômico local, com estimativa de geração de mais de 90 mil empregos . Impacto ambiental e inovação tecnológica Para além da produção de biocombustíveis, o Agripark se compromete com a preservação ambiental, dedicando 13 hectares à Reserva Legal e 41 hectares à Área de Preservação Permanente (APP) . A empresa planeja transformar essas terras anteriormente degradadas em áreas produtivas, promovendo o sequestro de carbono e impulsionando o impacto socioeconômico. Segundo o CEO da Acelen, Luiz de Mendonça, o projeto reflete a missão da empresa de liderar na transição energética e integrar o agronegócio brasileiro ao desenvolvimento de soluções sustentáveis. “Apostamos em um ecossistema robusto que une pesquisa e inovação para transformar a macaúba em um combustível renovável altamente eficiente, colocando o Brasil na vanguarda da energia verde”, afirma Mendonça. Foco na produção sustentável de biocombustíveis A Acelen Renováveis pretende construir uma unidade integrada em Camaçari, na Bahia, para processar o óleo da macaúba em biocombustíveis, com capacidade de produção de até 1 bilhão de litros anuais . Esses biocombustíveis serão “drop-in,” ou seja, podem ser usados em motores tradicionais sem necessidade de modificação, oferecendo uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis, especialmente para o setor de aviação. A iniciativa da Acelen não só fortalece a agenda de biocombustíveis no Brasil, mas também oferece um modelo de crescimento sustentável com geração de empregos, inovação tecnológica e valorização da agricultura familiar, posicionando o país como um importante ator no cenário global de energia renovável. Fontes: https://globorural.globo.com/biocombustiveis/noticia/2024/10/projeto-de-biocombustivel-de-macauba-da-acelen-tera-r-258-milhoes-do-bndes.ghtml https://www.acelen.com.br/2022/novidades/2024/10/17/acelen-agripark-reune-pesquisa-inovacao-e-tecnologia-para-o-desenvolvimento-da-macauba/
- Recuperação de Pastagens Degradadas pode alavancar a agricultura no Estado do MS
O Mato Grosso do Sul possui 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas que podem ser recuperadas, oferecendo um grande potencial produtivo para práticas sustentáveis. As pastagens degradadas representam ecossistemas que perderam produtividade e capacidade de recuperação, frequentemente devido a manejos inadequados, resultando em sérios impactos ambientais, como a degradação do solo e da água. A recuperação dessas áreas, promovida pelo Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD) , tem como foco transformar pastagens de baixa produtividade em sistemas agropecuários mais eficientes e sustentáveis. Isso não apenas aumenta a produtividade sem necessidade de desmatamento, mas também contribui para a captura de carbono, auxiliando na mitigação das mudanças climáticas. Terras improdutivas podem ser convertidas para diferentes finalidades, como a intensificação da pecuária, produção de soja, silvicultura, e até mesmo a implementação de sistemas agroflorestais. No contexto da sustentabilidade, a recuperação das pastagens permite evitar a expansão sobre vegetação nativa, garantindo a proteção do meio ambiente enquanto promove a produção agrícola e pecuária. O secretário da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destaca que o programa oferece uma oportunidade de aumentar a produtividade do Estado de maneira sustentável. Ele menciona que a conversão pode ocorrer em diversos níveis, incluindo áreas destinadas à agricultura familiar, com o potencial de desenvolver sistemas agroflorestais em até 217 mil hectares. Isso reforça programas de agricultura de baixo carbono, promovendo práticas que integram a conservação ambiental com o desenvolvimento econômico. Além disso, o programa visa atrair investimentos para viabilizar financeiramente essas ações, buscando soluções de crédito sustentável no mercado nacional e internacional, com condições de longo prazo e juros baixos. Dessa forma, o PNCPD não apenas amplia a produção sem desmatamento, mas também abre caminho para um modelo econômico mais sustentável e resiliente. Essa abordagem é um exemplo de como a recuperação de áreas degradadas pode ser um catalisador para o desenvolvimento econômico sustentável, protegendo o meio ambiente e promovendo práticas agropecuárias inovadoras e ecologicamente responsáveis. Saiba mais em: https://agenciadenoticias.ms.gov.br/ms-tem-47-milhoes-de-hectares-de-pastagens-degradadas-que-podem-ser-recuperadas-ampliando-a-producao/
- Programas governamentais visam acesso a alimentos mais saudáveis e cultivares sustentáveis
No Dia Mundial da Alimentação, o Governo Federal lançou dois planos estratégicos voltados para a promoção da produção sustentável e para o acesso a alimentos saudáveis. O Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planaab) e o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) têm como objetivo aprimorar o sistema de abastecimento de alimentos no Brasil, além de incentivar práticas agrícolas sustentáveis e promover a segurança alimentar da população. Planaab Intitulado "Alimento no Prato", estabelece diretrizes para o período de 2025 a 2028 e está inserido no contexto da Política Nacional de Abastecimento Alimentar (PNAAB), regulamentada pelo Decreto nº 11.820/2023. O plano visa criar um sistema de abastecimento inclusivo e sustentável, com foco em garantir o acesso regular e estável a alimentos básicos e frescos, especialmente nas regiões mais vulneráveis. Entre as ações previstas, estão: Monitoramento de preços de alimentos essenciais , como os da cesta básica, para evitar flutuações excessivas e garantir a acessibilidade. Fortalecimento de mercados locais , incluindo a criação e ampliação de feiras e centrais de abastecimento que facilitem a distribuição de alimentos frescos em áreas de difícil acesso. Programas de aquisição de alimentos que incentivem a compra de produtos da agricultura familiar e de pequenos produtores, contribuindo para o desenvolvimento rural e a redução da insegurança alimentar. Além disso, o Planaab incorpora a implementação de programas de alimentação escolar e comunitária, com o intuito de promover hábitos alimentares saudáveis desde a infância e garantir o direito humano à alimentação adequada. Planapo Em sua terceira edição, essa iniciativa faz parte da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica , estabelecida pelo Decreto nº 7.794/2012. Esse plano é orientado para o fortalecimento e disseminação de práticas agroecológicas e orgânicas em todo o território brasileiro. Ele visa a integração de sistemas produtivos mais diversificados e sustentáveis, com ênfase em: Incentivo à produção agroecológica , que se caracteriza pelo respeito ao equilíbrio ambiental, ao uso racional dos recursos naturais e à promoção da biodiversidade nas propriedades rurais. Estímulo à diversificação de cultivos , promovendo a integração de culturas agrícolas com a criação de pequenos animais e a adoção de técnicas de manejo que reduzam o uso de insumos químicos. Capacitação de agricultores familiares e pequenos produtores, fornecendo suporte técnico para a adoção de práticas sustentáveis e de baixo impacto ambiental. O Planapo também busca fomentar a pesquisa e a inovação em agroecologia, promovendo a troca de conhecimentos entre agricultores, pesquisadores e agentes públicos, além de incentivar a criação de redes de cooperação entre produtores orgânicos. Incentivo à Produção de Arroz e Diversificação de Cultivos Como parte das ações vinculadas ao Planaab e ao Planapo, o governo federal anunciou a criação do Programa Arroz da Gente , que visa aumentar a produção de arroz pela agricultura familiar, promovendo a diversificação regional das variedades cultivadas. A iniciativa busca integrar o cultivo do arroz com outras práticas agroecológicas e culturas, incentivando a sustentabilidade e a resiliência dos sistemas produtivos. Além disso, o governo lançou contratos de opção para a produção de arroz, com um montante de R$ 998 milhões destinado a estimular a formação de estoques de até 500 mil toneladas de arroz, visando estabilizar a oferta e os preços, principalmente em face das perdas estimadas na safra 2023/2024. Espaços de Comercialização da Agricultura Familiar Outra ação relevante foi a cessão de espaços na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) para a criação de áreas exclusivas de comercialização de produtos da agricultura familiar. Essa medida tem como objetivo facilitar o escoamento da produção dos pequenos agricultores e aproximá-los dos mercados urbanos, contribuindo para a geração de renda e o fortalecimento das economias locais. Impacto Ambiental e Social Os planos lançados reforçam o compromisso do país com a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis e inclusivas. A promoção da agroecologia e da produção orgânica traz benefícios ambientais significativos, como a preservação da biodiversidade, a redução do uso de agrotóxicos e o manejo adequado dos recursos hídricos e do solo. Além disso, esses sistemas produtivos contribuem para a mitigação das mudanças climáticas, ao promover a captura de carbono e melhorar a resiliência dos ecossistemas agrícolas frente a eventos climáticos extremos. Do ponto de vista social, as iniciativas estão diretamente alinhadas com o objetivo de garantir a segurança alimentar e nutricional da população brasileira, com foco nas camadas mais vulneráveis da sociedade. A integração das políticas de abastecimento alimentar com a promoção da agricultura familiar e sustentável cria um modelo mais inclusivo, que fortalece as economias locais e promove a equidade no acesso a alimentos saudáveis. Para ter acesso ao conteúdo completo, acesse: Governo Federal lança planos para incentivar produção sustentável e acesso a alimentos saudáveis no Brasil — Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar ( www.gov.br )
- Agricultura Urbana: lazer, educação ambiental e segurança alimentar
A agricultura urbana impacta positivamente na segurança alimentar e na redução da temperatura nas cidades, além de promover lazer, melhorar o meio ambiente e incentivar a educação ambiental. A agricultura urbana refere-se à prática de cultivar alimentos em pequena escala em áreas urbanas e periurbanas. Esse tipo de produção é voltado principalmente para o consumo próprio dos agricultores, distinguindo-se da agricultura tradicional em aspectos como a falta de especialização dos produtores, a impossibilidade de dedicação exclusiva à atividade e a diversidade de culturas. Além disso, o lucro não é o principal objetivo, uma vez que a produção visa o uso pessoal, com a possibilidade de venda do excedente. Além dos benefícios econômicos, a agricultura urbana também traz impactos sociais importantes. De acordo com o biólogo Rodrigo Augusto Santinelo Pereira, professor da USP, o cultivo de hortas pode promover o bem-estar da comunidade. As plantas podem estar associadas ao lazer e ao paisagismo, além de melhorar a estética dos espaços urbanos e promover a troca de plantas entre os moradores. Essa prática agrícola, incentivada pelo governo federal por meio do Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana, visa fomentar atividades agrícolas e pequenas criações de animais nas áreas urbanas disponíveis. O programa também busca conscientizar sobre os impactos da agricultura nas cidades, com ênfase em práticas sustentáveis e no combate à insegurança alimentar. No aspecto ambiental, a agricultura urbana oferece benefícios como a melhoria da qualidade do ar e da água, além de ajudar a reduzir a temperatura e as ilhas de calor nas cidades. Pereira explica que a transpiração das plantas aumenta a umidade relativa do ar, proporcionando maior conforto térmico. Além disso, as plantas funcionam como filtros naturais, capturando partículas de poeira e contaminantes do ar. Outro benefício é a redução do escoamento da água das chuvas, diminuindo a quantidade de poluentes que seriam carregados para rios e córregos urbanos, que muitas vezes são utilizados para captação de água. A educação ambiental é outro aspecto relevante da agricultura urbana. Pereira defende que as atividades de plantio ajudam a promover o conhecimento sobre o meio ambiente e as interações ecológicas. Ele sugere que essa educação pode ocorrer tanto em ambientes informais, como hortas comunitárias, quanto em ambientes formais, como escolas e comunidades. Em Ribeirão Preto, por exemplo, a Secretaria Municipal de Educação mantém 29 hortas urbanas em escolas municipais, com o apoio de recursos da própria Secretaria e das Associações de Pais e Mestres (APM).
- Governo Brasileiro Sanciona Lei de Incentivo à Biocombustíveis no Brasil
A nova legislação estabelece programas nacionais para o desenvolvimento de diesel verde, combustível sustentável para aviação (SAF, na sigla em inglês) e biometano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (8) a Lei Combustível do Futuro, que visa ampliar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis no Brasil. Esse movimento promove o aumento da mistura de etanol e biodiesel à gasolina e ao diesel. Com a nova lei, a mistura de etanol na gasolina, atualmente entre 18% e 27,5%, poderá atingir até 35%. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a medida fortalecerá a cadeia produtiva do etanol, gerando investimentos significativos no setor. Estima-se que a produção de etanol aumentará de 35 bilhões para 50 bilhões de litros por ano, movimentando mais de R$ 40 bilhões em novos investimentos. A Lei Combustível do Futuro também projeta investimentos de R$ 260 bilhões no agronegócio e na cadeia de biocombustíveis, promovendo a descarbonização da matriz de transporte e mobilidade no país. Programas de Incentivo Três programas principais foram criados pela lei para fomentar o uso de biocombustíveis: Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV) : A partir de 2027, companhias aéreas serão obrigadas a reduzir as emissões de gases do efeito estufa nos voos domésticos, começando com uma meta de 1% e alcançando 10% até 2037. Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV) : Estabelece a adição anual obrigatória de diesel verde ao diesel fóssil, conforme definido pelo Conselho Nacional de Política Energética. Programa de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano : Visa estimular o uso de biometano e biogás na matriz energética, com metas de redução de emissões de gases de efeito estufa que começam em 1% em 2026, podendo chegar a 10%. Biocombustíveis: Uma Alternativa Sustentável Os biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, são produzidos a partir de biomassa renovável e oferecem uma alternativa menos poluente aos combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural. A nova lei também regulamenta a captura e estocagem de carbono, impulsionando a transição energética do país e gerando oportunidades de crescimento econômico sustentável. Em discurso, Lula reforçou a importância da lei, afirmando que ela é um exemplo do potencial do Brasil em liderar a revolução energética global e gerar empregos enquanto respeita o meio ambiente. Segundo ele, o país está pronto para “colher” os frutos das políticas de energia limpa já implementadas. A Lei Combustível do Futuro marca mais um passo na trajetória do Brasil em direção a uma economia sustentável, fortalecendo sua posição como referência global em energias renováveis.
- Pesquisadores do STAC e do CENA são premiados por contribuições à segurança alimentar e à sustentabilidade no campo
Os pesquisadores Elisabete Aparecida de Nadai Fernandes, do Laboratório de Radioisótopos do Cena (Centro de Energia Nuclear na Agricultura) da USP em Piracicaba, e Durval Dourado Neto, Coordenador do Centro de Agricultura Tropical Sustentável (STAC), foram contemplados com o Prêmio Fundação Bunge 2024 . Reconhecida como uma das mais importantes premiações científicas do Brasil, a Fundação Bunge homenageia profissionais que desempenham um papel fundamental na pesquisa nacional. Elisabete receberá o prêmio na categoria Vida e Obra, no tema "Rastreabilidade na produção de alimentos: segurança alimentar, capacitação e redução de assimetrias regionais". Já Durval será agraciado na mesma categoria, mas com o tema "Desenvolvimento e uso de tecnologias e conectividade acessíveis para a sustentabilidade no campo". Elisabete, responsável pelo Laboratório de Radioisótopos do Cena, construiu uma carreira destacada no campo da rastreabilidade da segurança alimentar. Em 1986, após o acidente nuclear de Chernobyl, a equipe do laboratório foi fundamental ao identificar que leite importado da Europa e distribuído em escolas brasileiras estava contaminado com radiação, pois era proveniente de regiões próximas ao local do acidente. A atuação de Elisabete também foi essencial no acidente nuclear com Césio-137, ocorrido em 1987, em Goiás. O laboratório liderado por ela foi encarregado de verificar se os produtos agrícolas brasileiros haviam sido contaminados. Por sua vez, Durval Dourado Neto se destaca por pesquisas que influenciam diretamente políticas públicas no Brasil, especialmente relacionadas à produção sustentável de alimentos. Ele coordena o Grupo de Políticas Públicas (GPP), que desenvolve trabalhos em áreas como conectividade rural, crucial para a digitalização da agricultura. Suas pesquisas promovem impactos positivos, como a produção de alimentos saudáveis, a geração de renda, o bem-estar dos agricultores e a permanência dos jovens no campo. As iniciativas do professor e sua equipe têm fornecido subsídios ao governo para implementar programas de conectividade e plataformas digitais que beneficiem desde a agricultura familiar até o agronegócio. Veja a matéria completa neste link .




















