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Mercado de bioinsumos no Brasil pode alcançar R$ 15,9 bilhões até 2030

  • alexandrequeiroz41
  • 24 de set.
  • 2 min de leitura

O mercado de bioinsumos agrícolas segue em plena expansão no Brasil e deve atingir R$ 15,9 bilhões em 2030, segundo projeções recentes.

bioinsumos
O crescimento reflete a busca cada vez maior por alternativas sustentáveis aos defensivos químicos - Créditos: Green Place

O que são bioinsumos?


Os bioinsumos englobam microrganismos vivos, extratos vegetais e outros compostos naturais aplicados na produção agrícola. Em contraste com defensivos químicos convencionais, eles atuam de forma mais específica, com menor impacto ambiental e contribuição direta para a saúde do solo.


A popularização desses produtos no Brasil está ligada a três fatores principais:


  1. Busca por sustentabilidade – Pressão de mercados consumidores internacionais e compromissos ambientais do país exigem cadeias produtivas de baixo carbono.

  2. Redução de custos – Os bioinsumos podem diminuir o uso de fertilizantes e pesticidas importados, cujos preços variam com crises geopolíticas e câmbio.

  3. Inovação tecnológica – Instituições como a Embrapa e universidades brasileiras lideram pesquisas para validar e ampliar o uso de microrganismos em diferentes culturas.


Crescimento no campo


Atualmente, estima-se que mais de 80 milhões de hectares já utilizem algum tipo de bioinsumo no Brasil. A expansão é notável em culturas como soja, milho, algodão, cana-de-açúcar e café.


Além dos ganhos produtivos, pesquisas apontam que a utilização desses insumos contribui para o sequestro de carbono no solo, aumenta a biodiversidade microbiana e reduz a dependência de insumos sintéticos — fatores que dialogam diretamente com as exigências globais de descarbonização da agricultura.


Exemplos de aplicação


Entre os principais grupos de bioinsumos já disponíveis estão:


  • Inoculantes bacterianos – utilizados em leguminosas, como a soja, para promover a fixação biológica do nitrogênio.

  • Biodefensivos – produtos à base de vírus, fungos e bactérias que combatem pragas como a lagarta-do-cartucho e a mosca-branca.

  • Biofertilizantes – compostos orgânicos que estimulam o desenvolvimento radicular e a absorção de nutrientes.


Em grandes propriedades, os bioinsumos têm sido integrados a sistemas de produção de alta escala. Já em pequenas e médias propriedades, são vistos como alternativa viável para reduzir custos, aumentar a produtividade e diversificar a produção.


Perspectivas para 2030


Se as projeções forem confirmadas, o Brasil consolidará sua posição como líder mundial no mercado de bioinsumos, tanto em área de aplicação quanto em volume econômico movimentado. A expectativa é que, até 2030:


  • O portfólio de bioinsumos disponíveis seja ainda mais diverso;

  • A integração com sistemas como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) seja intensificada;

  • A agricultura brasileira se torne referência global em bioeconomia e sustentabilidade.


Contudo, o crescimento do setor deve ser acompanhado de investimentos em regulamentação, certificação e assistência técnica, para garantir segurança, eficácia e acessibilidade a agricultores de diferentes perfis.



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