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Macaúba avança como fonte estratégica para biodiesel no Brasil

  • alexandrequeiroz41
  • 16 de jun.
  • 2 min de leitura

Segundo pesquisadores da Embrapa Agroenergia, os frutos dessa palmeira nativa possuem características excepcionais que a colocam como uma das opções mais promissoras para a produção de biodiesel sustentável.

Frutos Macaúba
Pesquisadores trabalham para que a macaúba se torne uma cultura agrícola comercial - Foto: Nilton Junqueira

A macaúba (Acrocomia aculeata) segue ganhando protagonismo na agenda de transição energética e diversificação das matérias-primas para biocombustíveis no Brasil.


Além de apresentar alta produtividade de óleo por hectare, a macaúba possui a vantagem de se adaptar a diferentes regiões e biomas brasileiros. Sua composição química, rica em ácidos graxos de cadeia longa e com boa estabilidade oxidativa, confere qualidade superior ao biodiesel, especialmente em comparação a outras matérias-primas de origem vegetal.


Os estudos destacam também o desempenho energético do biodiesel de macaúba, que apresenta excelente rendimento em motores, reduzindo emissões de gases de efeito estufa. Isso reforça seu alinhamento com metas ambientais e acordos internacionais de descarbonização do setor de transportes.


Outro ponto importante destacado pela pesquisa da Embrapa é o aproveitamento integral da planta: enquanto a polpa é rica em óleo para biodiesel, o endocarpo e a fibra podem ser destinados à produção de bioenergia e biomateriais. Isso permite um modelo produtivo com mínimo desperdício e máximo valor agregado — princípio essencial da bioeconomia.

Plantação Macaúba
Plantação de Macaúba - Foto: Nilton Junqueira

De acordo com os pesquisadores, os sistemas agroindustriais baseados na macaúba têm alto potencial para integrar cadeias sustentáveis, inclusive com a participação da agricultura familiar, contribuindo para a geração de renda no meio rural e a recuperação de áreas degradadas.


Ao lado de espécies como o babaçu e o dendê, a macaúba representa uma alternativa concreta para diversificar a matriz energética nacional com baixo impacto ambiental, especialmente em regiões de Cerrado e transição Amazônia-Cerrado.


O desafio agora está na estruturação de cadeias produtivas, com investimentos em melhoramento genético, logística de colheita e processamento, além da inserção da macaúba em programas de incentivo a biocombustíveis avançados.


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