Projeto Semear Digital Une Agricultura Sustentável e Conservação da Mata Atlântica
- alexandrequeiroz41
- 24 de jun.
- 2 min de leitura
A Embrapa Agricultura Digital e a C3 Ambiental firmaram uma importante parceria para valorizar pequenos e médios produtores que contribuem com a preservação da Mata Atlântica.

O foco da ação está em remunerar agricultores pela conservação de matas nativas por meio do mercado voluntário de carbono. Isso significa que os produtores participantes poderão receber uma nova fonte de renda — os créditos de carbono, certificados com base nos serviços ambientais prestados pelas áreas preservadas em suas propriedades.
📍 Contexto local e ambiental
Em Lagoinha (Vale do Paraíba), desde 2023, 13 propriedades já integram o projeto, mesmo com a fragmentação da floresta causada pela pecuária leiteira.
Em Jacupiranga (Vale do Ribeira), a ação será lançada oficialmente durante a Semana do Meio Ambiente, no dia 6 de junho. A região abriga um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica em SP e é destaque na produção de banana e palmito pupunha.
Segundo Débora Drucker, pesquisadora da Embrapa, a estratégia é alinhar conservação da biodiversidade com produção agrícola por meio de soluções tecnológicas e incentivos econômicos sustentáveis. “A remuneração por serviços ambientais representa uma oportunidade real de renda aliada à conservação”, destaca.

💡 Modelo de carbono da C3 Ambiental
A C3 Ambiental desenvolveu um modelo de certificação agrupada, que reduz os custos de entrada no mercado de carbono para pequenos e médios produtores. Isso é essencial, já que os custos de certificação individual, tanto no Brasil (Lei nº 15.042/2024) quanto em padrões internacionais, podem ser proibitivos.
“Esses processos exigem metodologias rigorosas e auditorias independentes, o que inviabiliza a participação isolada. A certificação coletiva é a solução mais viável e inclusiva”, explica Vanessa Fuentes, diretora de operações da C3 Ambiental.
🔬 Monitoramento por DNA Ambiental
O projeto também incorpora técnicas de DNA Ambiental para mapear a biodiversidade de forma precisa e não invasiva. A partir de amostras de solo, água ou ar, é possível identificar fragmentos genéticos de espécies presentes no ambiente. Essas análises contribuem para:
Indicadores de qualidade ambiental
Certificação de áreas produtivas com biodiversidade conservada
Futuras possibilidades de criação de créditos de biodiversidade
🌿 Por que isso importa?
A Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do Brasil, preserva apenas 12,4% de sua cobertura original. E cerca de 80% dos remanescentes estão em propriedades privadas. Proteger essas áreas é vital para manter:
A biodiversidade
A qualidade da água e do ar
O sequestro de carbono
Os serviços ecossistêmicos essenciais, como polinização e regulação climática
Fontes: Semear Digital | Agro em campo