top of page

Esalq recebe missão francesa para cooperação em bioeconomia e inovação sustentável

  • alexandrequeiroz41
  • 18 de jun.
  • 3 min de leitura

No dia 12 de junho de 2025, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) recebeu uma comitiva francesa composta por representantes de renomadas instituições científicas da França.

French Agri Days COP 30
Docentes da Esalq e empresários franceses durante o Seminário French Agri Days COP 30. Crédito: Gerhard Waller

O encontro teve como eixo central a discussão sobre bioeconomia tropical, um dos pilares da agricultura sustentável no século XXI, e contou com a participação do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), do Institut National de Recherche pour l’Agriculture, l’Alimentation et l’Environnement (INRAE), da AgroParisTech e representantes da Embaixada da França no Brasil.


A visita integra as atividades do French Agri Days COP30, iniciativa internacional que visa conectar pesquisadores e instituições em torno de soluções sustentáveis para o clima e a produção agrícola, em preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém (PA) em 2025.


🌿Ciência e sustentabilidade


Durante o evento, os participantes discutiram estratégias para o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, com base no uso inteligente dos recursos naturais dos trópicos. A bioeconomia, neste contexto, foi abordada como uma alternativa econômica baseada na ciência, que promove a valorização da biodiversidade, a inovação biotecnológica e a recuperação ambiental.


Segundo as diretrizes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a bioeconomia representa o uso de recursos biológicos renováveis — como microrganismos, resíduos agrícolas e compostos naturais — para criar produtos e serviços em setores como agricultura, energia, cosméticos e farmacêutica. Países como Alemanha e Estados Unidos já estruturam políticas nacionais nessa direção.


🤝 Parcerias em torno da bioinovação tropical


A visita fortaleceu laços entre a Esalq e centros de excelência científica da França. Além da troca de experiências com pesquisadores locais, os representantes participaram de um seminário temático no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP), onde conheceram as estruturas laboratoriais voltadas para microbiologia, genômica ambiental e agricultura de baixo carbono.


Um dos exemplos mais recentes de aplicação prática da bioeconomia tropical na Esalq é a descoberta de microrganismos da Amazônia com alto potencial para a agricultura regenerativa e desenvolvimento de metabólitos inéditos. Esses organismos estão sendo estudados para aplicação no controle biológico de pragas e na restauração de áreas degradadas, representando a integração entre pesquisa básica, inovação e sustentabilidade.


🧪 ESALQTec e CCARBON


A missão francesa também conheceu os projetos da ESALQTec, incubadora tecnológica da Esalq, que tem promovido o fomento à bioinovação, com destaque para startups voltadas à agricultura regenerativa, produção de bioinsumos e tecnologias verdes.


Outro destaque recente foi a inauguração do Centro de Ciência para Agricultura Tropical Sustentável (CCARBON), lançado no campus da Esalq em junho de 2025. A unidade visa articular esforços em bioeconomia, agricultura de baixo carbono, energias renováveis e restauração ambiental, atuando como polo de desenvolvimento científico com enfoque em políticas públicas e tecnologias aplicadas.

CCARBON
No dia 6 de junho de 2025, foi instalado o novo núcleo administrativo do CCARBON/USP. Foto: Alexandre Queiroz

🌍 Bioeconomia e o papel do Brasil


A missão e o seminário reforçaram o papel estratégico do Brasil, em especial da Esalq/USP, na construção de soluções sustentáveis para o uso do solo em regiões tropicais. Com uma das maiores biodiversidades do mundo e uma sólida base científica, o país tem condições únicas para liderar projetos que integrem conservação, inovação e segurança alimentar.


A bioeconomia tropical, nesse sentido, não é apenas um conceito, mas uma prática em desenvolvimento, com projetos que combinam ciência de ponta, políticas públicas e impacto social.


Fonte: Esalqnet

Inscreva-se na nossa newsletter

bottom of page